O nome foi mudado para Brasil aproximadamente 30 anos após o descobrimento, portanto, em torno de 1530.
Isso de acordo com o trecho do livro transcrito abaixo.
ALGUNS PORMENORES SOBRE O DESCOBRIMENTO DO BRASIL
texto retirado do livro
"Revelações Inéditas da Hístória do Brasil"*
de Roselis von Sass - Editora Ordem do Graal na Terra
"Quando Pedro Álvares Cabral, à testa de suas treze aventureiras naus, aportou nas costas do Brasil atual, teve, assim como o astrônomo da frota, João Matias, uma curiosa impressão.
-A sensação que tenho, disse, é como se estivéssemos tocando um porto já bem conhecido de uma terra natal! João Matias acenou com a cabeça, concordando que exatamente isso era o que também vinha sentindo. O mesmo e estranho efeito dominava parte da tripulação. Dessa maneira nem Cabral nem João Matias poderiam recriminar o fato de alguns de seus homens terem deixado de retornar a bordo, ao levantar dos feros, para a viagem de regresso a Portugal.
Cabral tentou logo de achar um nome para a terra recém-descoberta. O mesmo fizeram João Matias e os padres franciscanos que faziam parte da comitiva. Um dia, de manhã, João Matias, manifestando seu ponto de vista, declarou que a nova terra, ou a ilha, deveria chamar-se " Vera Cruz", no que foi apoiado por Cabral igualmente desejoso de uma denominação que se referisse ao símbolo da cruz. Os franciscanos, por sua vez, também ficaram contentes com o nome escolhido. Na nova terra, a cruz, o nome de Cristo e o seu sacrifício pela humanidade teriam de ser pregados necessariamente aos nativos. João Matias, entretanto, ressalvou logo que, a dizer a verdade, não havia propriamente pensado na cruz de Cristo ao fazer aquela sugestão, que lhe ocorrera intuitivamente, todavia para não ser desonesto queria, também, relatar o fato de ter visto, na tarde anterior, uma cruz refletida na fulguração do sol poente. Os franciscanos não levaram muito a sério esse depoimento da visão de uma cruz no disco solar, porém Cabral sorriu em silêncio, porque também ela havia presenciado, do seu posto na nau capitânia, aquele estranho por do sol com o signo da cruz.
Eis por que o Brasil foi primeiramente denominado Ilha de Vera Cruz. Anos depois, quando já se sabia que não se tratava apenas de uma ilha, foi, então, essa designação modificada de modo que, daí por diante, só se falava em Terra de Vera Cruz. Mas esse nome não iria perdura muito. Mal decorridos trinta anos do descobrimento da terra de Vera Cruz, já em Portugal se propagara o nome de terra dos Brasis.
Todo o leitor da Mensagem do Graal não ignora que existe um significado muito sério relacionado com os nomes, quer se trate do nome de pessoas, de animais, plantas ou de países. Todo o nome é, a seu modo, um filtro que dá passagem a vibrações da Luz de uma certa e determinada significação. Assim sendo, a denominação Brasil, no sentido da Luz, quer dizer: terra virgem, terra imaculada.
De onde se originou propriamente o nome Brasil, prosseguem até hoje os historiadores em infindáveis controvérsias, sendo que, agora, já pé possível dar uma explicação a respeito.
Um belo dia aportaram nas costas do norte do Brasil algumas embarcações. Dentre os passageiros desses navios havia um grupo de mercadores que vieram em busca da nova colônia de Portugal, a fim de realizar transações lucrativas com os indígenas. Logo depois de sua chegada aqui, os tais mercadores entraram em contato com a pequena tribo dos tapicaris. Como estes indígenas até ali não conheciam qualquer espécie de forasteiros, nem tinham sofrido da parte deles quaisquer maus tratos, receberam os desconhecidos sob mostras de amizade, como hóspedes bem -vindos. Os mercadores, por sua vez, que eram em sua maioria homens bem-intencionados, alegraram-se com o bom acolhimento que lhes era dispensado, permanecendo durante várias semanas na aldeia dos índios. Nesse maio tempo tiveram oportunidade de partilhar de várias festividades peculiares da tribo, inclusive da que era dedicada aos seres ou gênios da floresta. Essa festividade revestia-se de uma importância toda especial para os índios, uma vez que entre eles as selvas eram tidas no mais alto apreço. Foi precisamente durante uma dessas festas que os mercadores, pela primeira vez, ouviram falar na história e na canção do gênio da floresta Mbrasil.
Sete das mais lindas virgens dos tapicaris dançavam com passos rítmicos, cantando a canção de Mbrasil, que fez seu sangue correr pelas ibirapitangas. Repetidas vezes entoavam as virgens o nome do grande gênio das selvas, cuja morada era dentro da própria árvore. Depois de um grupo de velhas Ter colocado em cima de um tronco uma espécie de porongo cheio de certo líquido, sete homens ricamente adornados de penas multicolores se aproximavam, empunhando cada qual uma longa lança de madeira. Era chegada, então, a vez dos homens principiarem, por sua vez, uma espécie de dança em torno do tronco, mergulhando a ponta de suas lanças no referido líquido, à medida que a dança se desenvolvia. Então as pontas das lanças, embebidas no líquido, reluziam com um colorido vermelho vivo, que é próprio da árvore ibirapitanga.
Sempre de novo recomeçavam as danças com incessantes e novas melodias. Sem esmorecer, as sete virgens intercalavam seu cântico de louvor nos sucessivos e rápidos intervalos, entoando um veemente estribilho:
" Mbrasil, Mbrasil, teu sangue corre pelas árvores do ibirapitanga..." Aqui e acolá os mercadores procuravam dançar em torno delas, cantando, e se algum deles tentava, porventura, reter uma delas pelo braço, elas redobravam na invocação do nome Mbrasil, e se esgueiravam, rindo e rindo, dando continuidade a dança.
As festividades duravam habitualmente de um por do sol até o raiar do dia seguinte. Ao despontar a aurora, porém, homens e mulheres conjuntamente erguiam um cântico de gratidão em honra ao senhor do sol, que lhes propiciava calor e vida.
Os portugueses, sempre de novo, admiravam-se da disciplina e da ordem que, sob todos os pontos de vista, reinavam entre "os selvagens", achando a expressão "selvagens" absolutamente descabida com relação a essa gente.
Foi, contudo, nessa festividade indígena, que os mercadores ouviram, pela primeira vez, menção do nome Mbrasil. E foi, também, depois dessa festividade, que ficaram conhecendo a árvore de cerne vermelho, que produz uma tinta característica de colorido vermelho vivo. Essa árvore é a ibirapitanga, sangue de Mbrasil, gênio da floresta. Ora, como o nome Mbrasil era sempre mencionado em conexão com a madeira de cor vermelha e o seu extrato, da mesma cor, ficaram os mercadores com a idéia de que esse era o nome da madeira, não só da madeira como o nome das próprias virgens tapicaris, uma vez que as dançarinas, na dança ritual, batiam no peito e sorridentes proferiam o nome do gênio da floresta. Com isso queriam dizer que nesse ano elas eram as virgens de honra desse gênio da floresta.
Mbrasil, Brasil! Esse nome ficou de tal maneira entranhado na mente dos mercadores, que eles, carregados de haveres de toda espécie, retornando às suas embarcações, de outra coisa não falavam senão dos Brasis. Chegando a Portugal, toda a vez que lhes tocava falar da nova colônia, era à terra dos Brasis, a que se referiam. Como tivessem trazido consigo grande quantidade de tal madeira, e essa tivesse ficado conhecida no comércio com o nome de "Brasil", essa designação se alastrou rapidamente, tornando-se mais conhecida em Portugal do que o próprio nome Vera Cruz. Para a interpretação dos indígenas, um dos gênios das selvas era Mbrasil, porém no sentido da Luz, o conjunto das duas sílabas Brasil significa: terra virgem, país indevassado."
2006-08-19 09:02:52
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answer #3
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answered by Iceman 4
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