Meu Erro, Paralamas do Sucesso, e Olhar 43 do klb, ou RPM.
**Paralamas**
Três rapazes de classe média que tinham em comum o amor pelo rock e pelo reggae/ska – Herbert Vianna, Bi Ribeiro e João Barone – formaram Os Paralamas do Sucesso no inÃcio dos anos 80 inspirados pela sonoridade de grupos como The Police, The Beat e The Specials, que reciclavam os ritmos criados na Jamaica.
Impulsionados pelo talento e pelo interesse no nascente fenômeno do Rock Brasil, logo gravaram o primeiro LP “Cinema Mudo” (83) e estouraram com músicas como “Vital e Sua Moto” e “Patrulha Noturna”.
O segundo LP, “Passo Lento” (84), consolidou a arrancada inicial com os sucessos “Ãculos”, “Ska” e “Meu Erro” e, na apresentação no Rock in Rio em janeiro de 1985, saÃram consagrados em dois shows sem direito a truques cênicos, apenas pela força de sua música.
Depois de correr o Brasil em mais de 150 shows, os Paralamas fizeram uma parada e lançaram o revolucionário “Selvagem?” (86), que deu novos rumos à geração 80 do Rock Brasil. Abandonaram as primeiras influências e começaram a moldar uma sonoridade pessoal reconhecida e aprovada pelos jovens que compraram mais de 750 mil cópias do disco. Em “Selvagem?”, crÃticas sociais (“Alagados”) e polÃticas (“Selvagem”) conviviam com bom humor (“Melô do Marinheiro”), um tributo ao mestre Tim Maia (“Você”) e uma parceria com Gilberto Gil (“A Novidade”).
Nesta época fizeram as primeiras incursões pela América Latina, iniciando um trabalho que os levaria a ser o nome mais reconhecido da música brasileira na década de 90 em paÃses como Argentina, Chile, Uruguai e Venezuela. O sucesso de “Selvagem?” também os credenciou a serem os primeiros de sua geração a participar do festival de Montreux, em 1987, quando aproveitaram para fazer também uma apresentação no Olympia de Paris.
O show de Montreux foi gravado e virou o LP e vÃdeo “D” (87), já com a participação nos teclados do emérito João Fera e do kid abelha George Israel (sax), como convidado especial.
No ano seguinte, “Bora Bora (Cifrada)” estourou os sucessos “O Beco”, “Uns Dias” e “Quase Um Segundo”, ampliou o leque de influências e acrescentou sopros ao som dos Paralamas.
O LP seguinte, “Bang Bang (Cifrada)” (89) consolidaria o novo formato sonoro em canções empolgantes como “Perplexo” e lÃricas como “Lanterna Dos Afogados” e a new bossa “Nebulosa Do Amor”.
Para virar a década, o trio lançou a coletânea “Arquivo” com os sucessos dos anos 80, com direito a uma regravação do primeiro hit, “Vital e Sua Moto” e a inédita “Caleidoscópio”.
A primeira metade dos anos 90 seria dedicada ao experimentalismo e à conquista do mercado latino-americano. O LP “Os Grãos” (91) com uma sonoridade puxada para os teclados e canções de menor apelo popular não foi bem de vendas mas o trio, além de não se abalar, radicalizou geral. Herbert, Bi e Barone passaram três meses em Londres com o produtor Phil Manzanera gravando “O Rio Severino” (94), que uma parte da crÃtica considerou “o Sgt. Pepper's da geração 80” do Rock Brasil. Apesar disso, o rádio não tocou e a saÃda para os Paralamas foi o aeroporto.
Em 92, eles lançaram nos paÃses latino-americanos a coletânea “Paralamas”, com versões em espanhol de seus sucessos, o que abriu ainda mais os mercados que vinham frequentando desde 1986. Eles começaram a ser cada vez mais solicitados para shows e, quando a versão em espanhol de “O Rio Severino”, batizada de “Dos Margaritas”, estourou na Argentina, o grupo foi fundo.
Mas a ótima temporada de “O Rio Severino” no Brasil confirmou que os Paralamas não precisam de disco nas paradas para atrair público e resolveram lançar “Vamo batê lata”. Acoplado veio um CD bônus com quatro músicas. A explosão de uma delas, “Uma Brasileira”, parceria de Herbert e Carlinhos Brown com participação de Djavan, levou o trio de volta ao mega sucesso. Uma segunda, “Luiz Inácio (300 picaretas)”, os levaria ao noticiário polÃtico depois de serem proibidos de tocá-la num show em BrasÃlia, sob alegação de que feria a honra dos nobres deputados da Câmara. A canção se referia a uma declaração do atual presidente brasileiro, na época deputado federal, de que no Congresso Nacional havia alguns homens honrados e 300 picaretas. Herbert pegou o mote e detonou a classe polÃtica da época.
Em 95, os Paralamas iniciaram uma arrancada no VÃdeo Music Brasil da MTV que os levaria a arrebanhar 11 prêmios até 1999. Naquele ano, o clipe de “Uma Brasileira” ganhou os prêmios de melhor clipe pop e o da escolha da audiência.
Dali em diante os Paralamas navegaram em ritmo de sucesso com mais dois discos de estúdio, “Nove Luas” (96), de “Lourinha Bombril” (prêmios de melhor do ano, melhor edição e direção no VMB), da linda “Busca Vida” (melhor do ano no VMB) e “Hey Na Na” (98), de “Ela Disse Adeus” (cinco prêmios no VMB: melhor do ano, melhor clipe pop, melhor direção, fotografia e direção de arte) e de “O Amor Não Sabe Esperar” com a participação de Marisa Monte. O clipe de “Depois Da Queda, O Coice” ganhou o VMB de melhor edição.
Em 99, foi a vez de um projeto que eles acalentaram a década inteira, o “Acústico MTV”. Em vez de fazer uma revisão de carreira através dos sucessos, preferiram um repertório dominado por músicas significativas que não receberam a devida atenção (“Bora Bora (Cifrada)”, “Vai Valer” e “O trem da juventude”) com homenagens a Chico Science e à Legião Urbana, a inédita “Sincero Breu” e “Um Amor, Um Lugar”, gravada antes por Fernanda Abreu. Mesmo sem conter o óbvio, o CD vendeu mais de 500 mil cópias e ganhou o Grammy Latino de melhor disco de rock na seção brasileira da premiação.
A vitoriosa temporada do “Acústico” se estendeu até o final de 2000, quando o trio lançou a coletânea “Arquivo 2”, que trazia a inédita “Aonde Quer Que Eu Vá”, parceria de Herbert com Paulo Sérgio Valle, um dos grandes compositores da MPB.
Na época, os Paralamas anunciaram uma parada de seis meses para férias e uma reformulação no som do grupo, após quase duas décadas de carreira. Os planos apontavam para um próximo disco que seria de rock e, primordialmente, em trio.
Este CD foi gravado, chama-se “Longo Caminho”, mas o trágico acidente que Herbert sofreu em 4 de fevereiro de 2001 quase deixou a música brasileira de luto mais uma vez. A queda do ultraleve na baÃa de Angra dos Reis quando ele estava a caminho da casa de Dado Villa Lobos matou sua mulher, Lucy Needham Vianna e o deixou entre a vida e a morte. O paÃs inteiro acompanhou a luta de Herbert pela sobrevivência no hospital Copa D'Or em Copacabana, Rio de Janeiro.
Tem sido uma jornada difÃcil desde então devido à s seqüelas do acidente: Herbert está numa cadeira de rodas e ainda não recuperou plenamente as funções cerebrais, mas nada disso o incapacitou para a música e já em outubro do ano passado, ensaios com a banda completa se realizavam no estúdio de sua casa. O resultado foi tão bom que levou gradualmente ao novo CD, com repertório composto antes do acidente.
Fazer música é o melhor remédio para Herbert Vianna. Os Paralamas do Sucesso estão de volta.
**Letra**
Os Paralamas do Sucesso - Meu Erro
Eu quis dizer
Você não quis escutar
Agora não peça
Não me faça promessas
Eu não quero te ver
Nem quero acreditar
Que vai ser diferente
Que tudo mudou
(chorus)
Você diz não saber
O que houve de errado
E o meu erro foi crer que estar ao seu lado bastaria
Ah meu deus era tudo o que eu queria
Eu dizia o seu nome
Não me abandone jamais
Mesmo querendo eu não vou me enganar
Eu conheço os seus passos
Eu vejo os seus erros
Não há nada de novo
Ainda somos iguais
Então não me chame
Não olhe pra trás
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KLB - Olhar 43
Seu corpo é fruto proibido
à a chave de todo pecado
E da libido, e prum garoto introvertido
Como eu, é pura perdição
à um lago negro o seu olhar
à água pura de beber, se envenenar
Nas suas curvas derrapar, sair da estrada
E morrer no mar. (no mar)
à perigoso o seu sorriso,
à um sorriso assim jocoso, impreciso,
Diria misterioso, indecifrável, riso de mulher
Não sei se é caça ou caçadora,
Se é Diana ou Afrodite, ou se é Brigite,
Stephani de Mônaco, aqui estou
Inteiro ao seu dispor. (princesa)
Pobre de mim, invento rimas assim
Pra você, e um outro vem em cima
E você nem pra me escutar
Mas acabou, não vou rimar
coisa nenhuma
Agora vai como sair
Eu já não quero nem saber
Se vai caber ou vão me censurar (o que será?)
E pra você eu deixo apenas
O meu olhar 43,
Aquele assim meio de lado
Já saindo, indo embora, louco por você (princesa)
......
xaOxaO
â¥SeGibbâ¥
2006-08-15 14:58:02
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answer #7
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answered by SeGibb 1
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