Na câmara real, sob um manto de total escuridão, vivem os reprodutores: o rei e a rainha. A rainha é gigante comparada a seu diminuto marido. Seu abdômen, inchado de ovos, é evidência de sua prodigiosa capacidade reprodutiva. Calcula-se que possa pôr de 4.000 a 10.000 ovos por dia. Não é de admirar que alguns chamem a rainha “de máquina automática de pôr ovos”.
O casal, porém, não desfruta de muita privacidade, sendo assistido por uma equipe de operários. Em volta da rainha, os operários cuidam das necessidades imediatas dela e a alimentam. à medida que os ovos são produzidos, os operários os carregam nas mandÃbulas para a câmara-berçário.
Amigos ou inimigos?
Embora poucos neguem que esses insetos sejam fascinantes, a maioria das pessoas ainda os vê como pragas — como inimigos! O Dr. Richard Bagine, chefe do Departamento de Zoologia dos Invertebrados do Museu Nacional do Quênia, disse a Despertai!: “à verdade que as pessoas encaram os cupins como um dos insetos mais destrutivos. Mas os cientistas vêem os cupins de um modo diferente. Em seu habitat, os cupins são membros úteis da comunidade vegetal e animal.
“Em primeiro lugar, eles decompõem a matéria de plantas mortas em componentes mais simples. Desse modo, os cupins reciclam os nutrientes de que as plantas necessitam. Segundo: são uma fonte importante de alimento. São comidos por quase todas as espécies de ave e por muitos mamÃferos, répteis, anfÃbios e outros insetos. Muitas pessoas no oeste e no norte do Quênia também gostam de seu sabor doce e suculento; são muito ricos em gorduras e proteÃnas. Terceiro: ajudam a compor o solo. Os cupins misturam o subsolo com o solo ao construir e reparar seus ninhos. Transformam porções grandes de plantas mortas em parcelas menores, formando humo. Movendo-se através do solo, fazem passagens para o ar e para a água necessários à s raÃzes das plantas. Assim, os cupins melhoram a textura, a estrutura e a fertilidade do solo.”
Mas por que os cupins invadem as casas? Diz o Dr. Bagine: “Na verdade, foram as pessoas que se mudaram para o habitat dos cupins e eliminaram a maior parte dos recursos da flora usados pelos cupins. Os cupins precisam comer para sobreviver, e geralmente se alimentam de plantas mortas. Quando essas lhes são tiradas, os cupins se alimentam de edificações feitas pelo homem, como casas e celeiros.”
Assim, embora o cupim seja à s vezes visto como praga, com certeza não é nosso inimigo. Aliás, é um notável exemplo do talento criativo de Jeová. (Salmo 148:10, 13; Romanos 1:20) E no vindouro novo mundo de Deus, quando o homem aprender a viver em harmonia com o mundo animal, sem dúvida passará a ver o minúsculo cupim como amigo, não como inimigo. — IsaÃas 65:25.
2006-08-12 21:00:52
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answer #9
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answered by David 4
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