Os mortos
viverão
de novo?
Criança num cemitério
Nesta série:
* Aconteceu uma tragédia
* A ressurreição — uma perspectiva gloriosa
Assuntos relacionados:
* É possível entendermos por que morremos?
* Deseja viver para sempre?
Criança num cemitério
Aconteceu uma tragédia
OWEN, um menino de dois anos e meio, estava brincando no banheiro de casa. Ele conseguiu subir até o armário onde se guardavam remédios, o qual os pais achavam estar além de seu alcance. Owen viu um frasco lá dentro que chamou sua atenção. Ele o abriu e bebeu o líquido. Daí, aconteceu uma tragédia.
Criança com medicamentos abertos
O frasco continha um ácido corrosivo que, lamentavelmente, causou a morte de Owen. Seus pais ficaram inconsoláveis. Seu pai, Percy, procurou ajuda na igreja que freqüentava. “Por que aconteceu isso?”, perguntou. O clérigo respondeu: “Deus queria mais um anjinho no céu.” Arrasado, o pai, em luto, achava que isso era totalmente injusto. Será que Deus queria mesmo que acontecesse essa tragédia? Desiludido, Percy decidiu abandonar a igreja.
Pensando no que tinha acontecido, Percy se perguntava: “Será que meu filhinho ainda está sofrendo? Será que vou vê-lo outra vez?”
Talvez você também já tenha se perguntado o que acontece na morte e se será possível encontrar-se no futuro com pessoas queridas que faleceram. A Palavra de Deus, a Bíblia, responde a essas perguntas. Encontram-se em suas páginas respostas claras e consoladoras para todos os que já enfrentaram tragédias similares. Ainda mais importante, revela uma perspectiva gloriosa prometida por Deus: a ressurreição.
Leia o artigo seguinte para saber mais sobre essa maravilhosa esperança.
Os mortos
viverão
de novo?
Criança num cemitério
Nesta série:
* Aconteceu uma tragédia
* A ressurreição — uma perspectiva gloriosa
Assuntos relacionados:
* É possível entendermos por que morremos?
* Deseja viver para sempre?
Criança num cemitério
A ressurreição
Uma perspectiva gloriosa
A CRENÇA na ressurreição é muito difundida. O Alcorão, livro sagrado do islamismo, dedica um capítulo inteiro à ressurreição. A sura 75 diz em parte: “Juro pelo dia da Ressurreição . . . Supõe o homem que nunca juntaremos seus ossos? . . . Diverte-se: ‘Quando será o dia da Ressurreição?’ Não será esse Deus capaz de ressuscitar os mortos?” — Sura 75:1-6, 40, tradução de Mansour Challita.
“O zoroastrismo”, observa The New Encyclopædia Britannica, “crê na derrubada final do Mal, numa ressurreição geral, num Derradeiro Julgamento e na restauração dum mundo purificado para os justos”.
A Encyclopaedia Judaica define a ressurreição como “a crença em que, no fim, os mortos serão revivificados nos seus corpos e viverão de novo na Terra”. A mesma obra de referência também diz que a crença adotada pelo judaísmo, de que o homem tem uma alma imortal, cria um problema. Admite: “Basicamente, as duas crenças, da ressurreição e da imortalidade da alma, são contraditórias.”
O hinduísmo ensina que o homem passa por uma série de renascimentos ou reencarnações. Para que isso fosse verdade, o homem teria de ter uma alma que continuasse vivendo após a morte. O livro sagrado hindu Bhagavad Gita declara: “Aquilo que ocupa toda a parte do corpo é indestrutível. Ninguém pode destruir a alma imperecível.”
O budismo difere do hinduísmo por negar a existência de uma alma imortal. Apesar disso, atualmente muitos budistas no Extremo Oriente crêem na transmigração de uma alma imortal.*
Confusão no ensino da ressurreição
Os serviços funerários realizados na cristandade muitas vezes fazem referência não só à alma que continua vivendo após a morte, mas também à ressurreição. Por exemplo, alguns clérigos costumam citar as palavras: “Visto que agradou ao Deus Todo-Poderoso na sua grande misericórdia levar a si a alma de nosso querido irmão que faleceu, nós por isso entregamos o corpo dele ao solo; terra à terra, cinzas às cinzas, pó ao pó; na esperança segura e certa da Ressurreição para a vida eterna, por meio de nosso Senhor Jesus Cristo.” — The Book of Common Prayer (Livro de Oração Comum).
Essa declaração pode fazer com que alguém se pergunte se a Bíblia ensina a ressurreição ou a doutrina de uma alma imortal. No entanto, note o comentário do Professor Oscar Cullmann, protestante francês. Ele escreveu no seu livro Immortalité de l’âme ou Résurrection des morts? (Imortalidade da Alma ou Ressurreição dos Mortos?): “Há uma diferença enorme entre a expectativa cristã da ressurreição dos mortos e a crença grega na imortalidade da alma. . . . Embora o cristianismo mais tarde conciliasse essas duas crenças e hoje o cristão mediano confunda-as completamente, não vejo motivo para se ocultar o que eu e a maioria dos eruditos consideramos ser a verdade. . . . A vida e o teor do Novo Testamento estão totalmente dominados pela fé na ressurreição. . . . O homem inteiro que está realmente morto é trazido de volta à vida por um novo ato criativo de Deus.”
Não é de admirar que as pessoas em geral tenham dúvidas sobre a morte e a ressurreição. Para resolver essa confusão, temos de examinar a Bíblia, que apresenta a verdade revelada pelo Criador do homem, Jeová Deus. A Bíblia registra diversas ressurreições. Examinemos quatro delas e vejamos o que revelam.
“Mulheres receberam os seus mortos pela ressurreição”
Elias carregando um menino que havia morrido
Elias pediu que Jeová restaurasse a vida a um menino
Na sua carta a judeus que haviam se tornado cristãos, o apóstolo Paulo disse que mulheres de fé “receberam os seus mortos pela ressurreição”. (Hebreus 11:35) Uma delas morava em Sarefá, uma cidade fenícia perto de Sídon, na costa do Mediterrâneo. Era uma viúva que recebeu hospitaleiramente o profeta Elias e lhe deu alimentos, embora fosse uma época de muita fome. Lamentavelmente, o filho dessa mulher ficou doente e morreu. Elias de imediato carregou-o ao quarto de terraço onde estava hospedado e pediu que Jeová restaurasse sua vida. Aconteceu um milagre, e o menino “reviveu”. Elias entregou-o à mãe e disse: “Vê, teu filho está vivo.” Qual foi a reação da viúva? Ela disse, feliz: “Agora sei deveras que és homem de Deus e que a palavra de Jeová na tua boca é verdadeira.” — 1 Reis 17:22-24.
Quase 100 quilômetros ao sul de Sarefá, morava um casal generoso, que costumava acolher o profeta Eliseu, sucessor de Elias. A esposa era uma mulher de destaque na sua cidade, Suném. Ela e o marido concordaram em preparar um quarto no terraço da casa para hospedar Eliseu. A tristeza deles, em razão de não terem filhos, deu lugar à alegria quando a mulher teve um filho. Ao passo que o menino crescia, ele freqüentemente se juntava aos ceifeiros e ao seu pai no campo. Certo dia aconteceu uma tragédia. O menino gritou que estava com dor de cabeça. Um ajudante o levou depressa para casa. A mãe segurou o menino no colo, mas ele acabou morrendo. Abalada, a mãe decidiu visitar Eliseu em busca de ajuda. Ela e um ajudante viajaram para o noroeste, em direção ao monte Carmelo, onde Eliseu se encontrava.
Eliseu ressuscitando um menino
Jeová usou Eliseu para ressuscitar o filho da sunamita
Eliseu ressuscitando um menino
Em resposta, o profeta mandou na frente Geazi, seu ajudante, que constatou que o menino realmente já estava morto. Eliseu e a mulher foram logo depois. Mas o que aconteceu quando finalmente chegaram a Suném? O relato em 2 Reis 4:32-37 diz: “Por fim entrou Eliseu na casa, e eis que o rapazinho estava morto, deitado no seu leito. Então entrou e fechou a porta atrás de ambos, e começou a orar a Jeová. Finalmente subiu e se deitou sobre o menino, e pôs a sua própria boca sobre a boca dele, e seus próprios olhos sobre os olhos dele, e as suas próprias palmas sobre as palmas das mãos dele, e ficou abaixado sobre ele, e a carne do menino aqueceu-se gradualmente. Depois começou a andar novamente na casa, uma vez para cá e outra vez para lá, após o que subiu e se abaixou sobre ele. E o rapazinho começou a espirrar tantas quantas sete vezes, após o que o rapazinho abriu os seus olhos. Ele chamou então a Geazi e disse: ‘Chama esta sunamita.’ De modo que a chamou e ela entrou até ele. Então ele disse: ‘Levanta teu filho.’ E ela passou a entrar e a lançar-se aos seus pés e a curvar-se diante dele para a terra, após o que levantou seu filho e saiu.”
Assim como a viúva em Sarefá, a mulher de Suném sabia que aquilo que tinha acontecido foi resultado do poder de Deus. As duas mulheres ficaram radiantes quando Deus devolveu a vida aos seus filhos que tanto amavam.
Ressurreições durante o ministério de Jesus
Uns 900 anos mais tarde, houve uma ressurreição não muito longe de Suném, ao norte, fora da aldeia de Naim. Saindo de Cafarnaum e ao chegarem perto do portão de Naim, Jesus Cristo e seus discípulos se depararam com um cortejo fúnebre. Jesus viu uma viúva que havia perdido o filho único e disse-lhe que parasse de chorar. Lucas, que era médico, descreveu o que aconteceu a seguir: “Com isso [Jesus] se aproximou e tocou no esquife, e os portadores ficaram parados, e ele disse: ‘Jovem, eu te digo: Levanta-te!’ E o morto sentou-se e principiou a falar, e ele o entregou à sua mãe.” (Lucas 7:14, 15) Os que presenciaram esse milagre glorificaram a Deus. A notícia da ressurreição se espalhou para o sul, até a Judéia e regiões vizinhas. É interessante que quando os discípulos de João Batista ficaram sabendo do ocorrido, contaram-lhe o milagre. João, por sua vez, mandou-os a Jesus para lhe perguntar se Ele era o esperado Messias. Jesus disse-lhes: “Ide e relatai a João o que vistes e ouvistes: os cegos estão recebendo visão, os coxos estão andando, os leprosos estão sendo purificados e os surdos estão ouvindo, os mortos estão sendo levantados, os pobres são informados das boas novas.” — Lucas 7:22.
Jesus ressuscitou o filho de uma viúva de Naim
Jesus ressuscitando o filho da viúva de Naim
O milagre da ressurreição mais conhecido de Jesus foi o de Lázaro, seu amigo íntimo. Nesse caso, Jesus chegou na casa da família algum tempo depois da morte de Lázaro. Quando Jesus finalmente chegou em Betânia, Lázaro já estava morto havia quatro dias. Quando Jesus mandou que retirassem a pedra que cobria a entrada da caverna onde Lázaro tinha sido sepultado, Marta objetou a isso, dizendo: “Senhor, ele já deve estar cheirando, porque já faz quatro dias.” (João 11:39) No entanto, a deterioração de seu corpo não impediu que Lázaro fosse ressuscitado. Às ordens de Jesus, “o homem que estivera morto saiu com os pés e as mãos amarrados com faixas, e o seu semblante enrolado num pano”. As ações posteriores dos inimigos de Jesus provaram que, de fato, Lázaro estava vivo outra vez. — João 11:43, 44; 12:1, 9-11.
A que conclusão chegamos ao analisar esses quatro episódios de ressurreição? Cada um dos ressuscitados voltou a viver exatamente como era antes. Todos foram reconhecidos, inclusive pelos parentes mais achegados. Nenhum dos ressuscitados falou sobre o que havia acontecido enquanto estavam mortos e ninguém disse que havia viajado para outro mundo. Pelo visto, todos voltaram com boa saúde. Para eles, era como se tivessem dormido um pouco e depois acordado, assim como Jesus deu a entender. (João 11:11) No entanto, todos eles, depois de algum tempo, morreram de novo.
Reencontrar as pessoas que amamos é uma gloriosa perspectiva
Pouco depois da morte trágica de Owen, mencionado no artigo anterior, seu pai visitou um vizinho. Encontrou ali na mesa um convite impresso que anunciava um discurso público organizado pelas Testemunhas de Jeová. O título “Onde estão os mortos?” chamou-lhe a atenção. Era exatamente isso que estava querendo saber. Ele assistiu ao discurso e obteve verdadeiro consolo da Bíblia. Aprendeu que os mortos não estão sofrendo. Em vez de serem atormentados num inferno de fogo ou de serem levados por Deus para se tornarem anjos no céu, os mortos, incluindo Owen, estão na sepultura aguardando o tempo de despertarem na ressurreição. — Eclesiastes 9:5, 10; Ezequiel 18:4.
A ressurreição fará com que as pessoas se reencontrem com seus familiares queridos
Representação da futura ressurreição no Paraíso na Terra
* Veja o livro O Homem em Busca de Deus, páginas 150-4, publicado pelas Testemunhas de Jeová.
Publicado em A Sentinela de 1.º de maio de 2005
2006-08-12 10:25:28
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answer #1
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answered by Anonymous
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