O Rio de Janeiro é um estado brasileiro localizado na parte leste da região Sudeste. Tem como limites: Minas Gerais (N e NO), Espírito Santo (NE), Oceano Atlântico (L e S), e São Paulo (SO). Ocupa uma área de 43.653 km². Sua capital é a cidade do Rio de Janeiro. Os naturais do estado do Rio de Janeiro são chamados de fluminenses (do latim flūmen, literalmente "rio").
As cidades mais populosas são: Rio de Janeiro, Nova Iguaçu, Niterói, Duque de Caxias, São Gonçalo, São João de Meriti, Campos dos Goytacazes, Petrópolis e Volta Redonda. O Estado é formado por duas regiões morfologicamente distintas: a baixada e o planalto, que se estendem, como faixas paralelas, do litoral para o interior. Paraíba do Sul, Macaé, Guandu, Piraí e Muriaé são os rios principais. Veja lista de rios do Rio de Janeiro. O clima é tropical.
O estado é representado na bandeira nacional pela estrela Beta do Cruzeiro do Sul (β = Mimosa).
História
Capitania Hereditária e Capital do Vice-Reino
O Rio de Janeiro originou-se de partes da capitania de São Tomé e de São Vicente. Entre 1555 e 1567, o território foi ocupado pelos franceses, que pretendiam instalar uma colônia de povoamento, a França Antártica. Visando evitar a ocupação pelos franceses, em 1º de março de 1565, foi fundada a cidade do Rio de Janeiro, por Estácio de Sá.
No século XVII, a pecuária e a cana-de-açúcar impulsionaram o progresso, definitivamente assegurado quando o porto começou a exportar o ouro extraído de Minas Gerais, no século XVIII.
Em 1763, o Rio de Janeiro se tornou a sede do Vice-reino do Brasil e a capital da colônia. Com a mudança da família real para o Brasil, em 1808, a região foi muito beneficiada com reformas urbanas para abrigar a Corte portuguesa. Dentro das mudanças promovidas destacam-se: a transferência de órgãos de administração pública e justiça, a criação de novas igrejas, hospitais, quartéis, fundação do primeiro banco do país - o Banco do Brasil - e a Imprensa Régia, com a Gazeta do Rio de Janeiro.Nos anos seguintes também surgiram o Jardim Botânico, a Biblioteca Real (hoje Biblioteca Nacional) e a Academia Real Militar.
Assim, ocorreu um processo de introdução cultural, influenciada não somente pelas informações trazidas pela chegada da Família Real, mas também pela presença de artistas europeus que foram contratados para registrar a sociedade e natureza brasileira. Nessa mesma época, nasceu a Escola Real de Ciências, Artes e Ofícios.
O Município Neutro
Após a transferência da Corte portuguesa para a cidade do Rio de Janeiro, a autonomia, que a província tanto aspirava, não foi alcançada da mesma forma que as demais, já que ao ministro do Reino, cargo que foi praticamente um substituto para o de Vice-Rei com relação ao Rio de Janeiro, era confiada a sua administração.
Aliado a isto, estava o fato de que a cidade do Rio era a capital do Imperio, o que fazia com que o ministro administrasse a província inteira por meio de "avisos", os quais dirigia às Câmaras Municipais de cidades que, naquela época, cresciam à passos largos devido à ampliação e fortalecimento da lavoura cafeeira, que já sobrepujava à força da lavoura canavieira na região Norte Fluminense.
Estas diferenças que haviam com relação as demais unidades administrativas do fez com que no ano de 1834 a cidade do Rio fosse transformada em Município Neutro, permanecendo como capital do país, enquanto a província passou a ter a mesma organização político administrativa das demais, tem agora sua capital em Vila Real da Praia Grande, que no ano seguinte passou a se chamar Niterói.
Já a cidade do Rio passou a ter uma Câmara Municipal, que cuidaria da vida daquela cidade sem interferência de um presidente de província, e em 1889, após a implantação da República, a mesma continuou como capital, sendo o Município Neutro transformado em Distrito Federal e a província em Estado. Com a mudança da capital para Brasília, em 1960, o município do Rio de Janeiro tornou-se o Estado da Guanabara.
Ascenção e queda do poder cafeeiro
A despeito da grande rotatividade ocorrida no poder da província fluminense logo após a criação do Município Neutro (que lhe deu 85 governantes até o fim do Império), a expansão da lavoura cafeeira trouxe prosperidade nunca antes alcançada nesta região.
Tanto com o surgimento de novos centros urbanos pela província, quanto pelo explendor exibido nas fazendas dos "barões do café" via-se a prosperidade trazida pelo "Ouro Verde", que também trouxe desenvolimento da educação, notado pela construção de várias escolas por todas as cidades.
Com isso convivia, porém, o trabalho escravo, base de sustentação da sociedade cafeeira fluminense e que crescia sem parar à medida que as lavouras se ampliavam pelo Vale do Paraíba. Nesse período, a província se tornou a mais rica e poderosa no país e sua principal exportadora.
Essa situação perdurou até por volta de 1888. Com a abolição da escravatura, a aristocracia fluminense se empobrece, já que não tem mais sua mão-de-obra e ainda vê a exaustão do solo e a redução das safras colhidas ano após ano.
O Estado do Rio e a República Velha
A decadência foi a tônica na província nos últimos dias do regime imperial. Na luta pela República, vários foram os fluminenses que se distinguiram, cabendo citar Antônio da Silva Jardim, Lopes Trovão, Rangel Pestana, entre outros. Também forte foi a presença na campanha abolicionista.
Com a proclamação da República, logo ocorreram problemas políticos que foram, com o tempo, lhe retirando a grandeza e o destaque conseguidos durante o Império.
Após a aprovação da nova Constituição estadual, em 9 de abril de 1892, a capital foi transferida para a cidade de Petrópolis, devido às agitações que ocorreram durante o governo do Marechal Floriano Peixoto nas cidades do Rio e de Niterói, e também à Revolta da Armada, ocorrida naquela época.
Após diversos anos em que lutas políticas fazerem o Estado perder o rumo administrativo, fato comprovado pela dualidade de Assembléias Legislativas por três períodos, estas fazem aumentar ainda mais a crise econômica fluminense, que se arrasta de tal maneira a transformar, gradualmente, suas plantações de café em pastagens para a pecuária e a fazer com que o mesmo não acompanhe o desenvolvimento industrial experimentado por São Paulo.
A Revolução de 30 e o Estado Novo
Com a chegada de Getúlio Vargas ao poder, vários interventores foram nomeados o que não alterou o quadro sócio-econômico fluminense até que, em 1937, é nomeado Êrnani do Amaral Peixoto, genro de Vargas e que pôde realizar muito pelo Estado, dando incentivo ao seu desenvolvimento industrial, com a construção, da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) em Volta Redonda, no Vale do Paraíba Fluminense e da Fábrica Nacional de Motores (FNM), em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, bem como a expansão da malha rodoviária estadual.
A redemocratização e a Revolução de 1964
Com a queda de Vargas, Amaral Peixoto foi afastado do comando do Estado e cinco interventores sucederam-se no governo fluminense até a eleição de Edmundo Macedo Soares e Silva, construtor da usina de Volta Redonda, que reorganizou a administração e as finanças estaduais, bem como continuou o incentivo à industrialização e à produção agropecuária.
Foi sucedido, entretanto, por Amaral Peixoto, que dá nova força à expansão industrial e rodoviária, datando desse período a criação da Companhia Nacional de Álcalis.
Até o ano de 1964, os governos estaduais procuram dinamizar a economia fluminense, reformando a estrutura do estado e dando nova feição à cidade de Niterói.
Após a Revolução de 1964, o governador Badger da Silveira, recém eleito em 1963, é afastado do cargo, sendo substituído pelo General Paulo Torres que trata de criar a Companhia de Desenvolvimento do Estado do Rio de Janeiro (CODERJ).
Segue-se a ele Jeremias Fontes e Raimundo Padilha, que seria o último governador do Estado do Rio antes da fusão com o da Guanabara, datando do seu governo a conclusão da Ponte Rio-Niterói e o início da construção da usina nuclear de Angra dos Reis.
O novo Estado do Rio
Após a edição da Lei Complementar nº20 em 1974, assinada pelo presidente Ernesto Geisel, fundiram-se os Estados da Guanabara e do Rio de Janeiro em 15 de março de 1975. A capital do novo Estado do Rio de Janeiro passou a ser a cidade do Rio de Janeiro, voltando-se a situação político-territorial anterior a 1834, ano da criação do Município Neutro. Foram mantidos ainda os símbolos do antigo Estado do Rio de Janeiro, enquanto os símbolos do antigo Estado da Guanabara passaram a ser os símbolos do Município do Rio de Janeiro.
Alguns alegam que a motivação por trás do presidente Geisel para a fusão foi neutralizar a força oposicionista do MDB no Estado da Guanabara. O antigo Estado do Rio de Janeiro, tradicionalmente, sempre foi considerado um pólo de conservadorismo, vide governos sucessivos do PSD e posteriormente da ARENA o que levou à conclusão que este viria a neutralizar a oposição emedebista guanabarina, evitando maiores problemas para o governo militar.
Atualmente, há 92 municípios no estado, contando com a cidade do Rio de Janeiro.
2006-08-07 08:33:07
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answer #1
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answered by Pandora 5
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