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O CLIMA
Como toda a região centro-européia, a Alemanha tem clima de transição entre o atlântico (temperaturas suaves, chuvas abundantes e regulares) e o continental (temperaturas baixas no inverno e menos umidade), este último próprio da Europa oriental. O caráter temperado do clima se observa numa amplitude térmica relativamente limitada: a temperatura média oscila entre 20oC em julho e 0oC em janeiro. Contudo, a continentalidade se manifesta na queda gradual das temperaturas médias em direção ao leste e também no sul, no planalto bávaro, onde os invernos são rigorosos.
As precipitações procedem das massas de ar atlântico que penetram pelo oeste e pelo noroeste. Embora o nível de chuvas seja regular ao longo do ano, a influência do anticiclone continental (zona de alta pressão atmosférica) durante o inverno determina uma menor quantidade de precipitações nessa estação. Apesar da relativa homogeneidade climática do território, é possível distinguir certa variação de oeste para leste e de norte para sul, com precipitações maiores nos litorais setentrionais e nas regiões ocidentais; e condições climáticas temperadas no centro, bem como progressivo esfriamento no sul e no sudeste, em conseqüência da altitude e da continentalidade.
HIDROGRAFIA
À exceção do Danúbio, que flui de oeste para leste até desembocar no mar Negro, os demais grandes rios da Alemanha correm de sul para norte. Todos eles são caudalosos e regulares e constituem importantes vias de comunicação fluvial, cujo tráfego é incrementado pela densa rede de canais que os une.
No extremo setentrional do país, em Schleswig-Holstein, a porção alemã da península da Jutlândia apresenta riqueza hidrográfica inferior à da parte dinamarquesa. O canal do imperador Guilherme ou de Kiel, no entanto, supre a carência de cursos fluviais e serve de ligação entre as costas do mar do Norte, nas proximidades da desembocadura do Elba e o litoral báltico. O Elba, o Weser, o Ems e o Reno deságuam no mar do Norte, o Elba, procedente da Boêmia, na República Tcheca, liga as cidades de Dresden, Magdeburgo e Hamburgo. O Weser nasce na floresta da Turíngia e o Ems na de Teutoburgo, ambos apresentam coloração escura, decorrente da existência de turfeiras em suas cabeceiras, e correm lentamente até as desembocaduras. O canal de Mitteland, na Baixa Saxônia, constitui a principal artéria fluvial da região, sulcada por muitos canais que formam uma rede de comunicação entre o Ems, o Weser, o Aller (afluente do anterior), o Elba e o Oder.
O Reno nasce no maciço de São Gotardo, nos Alpes suíços, atravessa o lago Constança, faz a fronteira da Alemanha com a Suíça na direção leste-oeste e com a França de sul para norte; em seguida penetra em território alemão, passando por Espira (Speyer), Mannheim, Mogúncia (Mainz), Bonn, Colônia (Köln) e Düsseldorf, para finalmente desembocar no litoral holandês do mar do Norte. Por conseguinte, liga quatro nações - Suíça, França, Alemanha e Países Baixos , permitindo a navegação até Basiléia, na Suíça. Além disso, a criação de um amplo sistema de canais possibilitou o acesso a partir do Reno a outros grandes cursos fluviais, como o Elba, o Danúbio, o Ródano e o Marne. Em torno do Reno e de seus importantes afluentes (Neckar, Meno, Sarre, Mosela, Lahn e Ruhr) desenvolveram-se grandes centros urbanos, núcleos industriais, zonas agrícolas e minas.
O Danúbio, que se origina da confluência de dois pequenos rios procedentes da floresta Negra, o Brigach e o Breg, percorre os planaltos subalpinos de oeste para leste, pondo em comunicação a Alemanha com a Áustria e a Hungria com a Romênia, mas sua importância comercial é inferior à do Reno. Ao longo de seu curso alemão recebe as águas do Altmühl e do Naab, pela vertente setentrional, e as do Iller (em Ulm, a partir de onde o Danúbio se torna navegável), do Lech, do Isar e do Inn pelo lado sul, a partir das vertentes alpinas. O Oder determina a fronteira com a Polônia, país em que fica sua foz, e seu principal afluente em território alemão é o Neisse. A ação dos fenômenos glaciais sobre a planície setentrional determinou a formação de numerosos lagos, como o Müritz, o Mecklenburgen e o Schwerin, e de pequenos cursos fluviais.
RELEVO
Do ponto de vista do relevo, o território alemão faz parte de um conjunto mais amplo que se estende por toda a área centro-européia. De fato, não existem fronteiras naturais bem diferenciadas com os países vizinhos, a não ser na parte meridional. São três as regiões naturais em que se divide o território: a planície setentrional, a região dos maciços centrais e a área alpina.
Planície setentrional: A região norte, parte da planície setentrional européia, compreende os Lander de Schleswig-Holstein, Mecklenburgo e Baixa Saxônia, os pequenos estados de Bremen e Hamburgo, a parte norte-ocidental da Renânia do Norte-Vestfália e a parte setentrional da Saxônia-Anhalt e Brandenburgo. Essa planície se formou em decorrência da erosão e da sedimentação derivadas das glaciações quaternárias. De grande importância agrícola e mineira (especialmente por seu gás natural), essa região caracteriza-se por acidentes que rompem a monotonia da planície.
Os cursos dos rios Weser, Aller, Elba, Havel, Spree e Oder seguem parcialmente o leito de antigos vales, formados pela fusão da calota glacial e orientados em linhas paralelas de sudeste para noroeste. No leste de Schleswig-Holstein e em Mecklenburgo, o terreno ondula-se ligeiramente e forma as chamadas colinas bálticas, constituídas por sedimentos procedentes das morenas (acumulações de pedra e barro) glaciais. Outras colinas mais baixas se estendem pelas zonas ocidental e meridional da planície, onde existem algumas terras de loess (sedimentos da era glacial que formam solos muito férteis).
No setor setentrional da região, assim como no oeste de Schleswig-Holstein e na Baixa Saxônia, estende-se um terreno arenoso e ondulado em que abundam os pântanos tufosos. No litoral do mar do Norte aparecem os Marschen, bancos arenosos cuja configuração se assemelha à dos pôlderes holandeses, as ilhas Frísias setentrionais e orientais formam um cordão litorâneo paralelo a esses bancos de areia.
Maciços centrais (Mittelgebirge Os montes Weser e a floresta de Teutoburgo são as primeiras elevações que limitam, em direção ao sul a planície setentrional. Com eles se inicia a grande região central, constituída por um conjunto de maciços separados por depressões fluviais. O Hesse, o Palatinado Renano, o Sarre, a Turíngia, a parte meridional da Renânia do Norte-Vestfália, da Baixa Saxônia, da Saxônia-Anhalt e da Saxônia, assim como a parte setentrional da Baviera e de Baden-Württemberg, encontram-se dentro dessa variada e compartimentada região.
Os maciços característicos da região se formaram em conseqüência dos dobramentos hercinianos, originados durante a segunda fase da era paleozóica. Mais tarde, por efeito da erosão, as montanhas se transformaram num planalto ondulado, que se fraturou em conseqüência da orogenia dos Alpes, dando origem a soerguimentos chamados Horst e fossas tectônicas.
No sudoeste da região encontra-se o maciço granítico da floresta Negra, que continua ao norte com o Odenwald; ambos formam a abrupta vertente oriental do vale do Reno. A oeste estende-se o maciço xistoso renano Schiefergebirde, cujos principais blocos (Eifel, Hunsrück, Westerwald e Taunus) são separados pelos vales dos rios Reno, Mosela e Lahn. No curso alto de Weser, os maciços de Rhön e Vogelsberg apresentam marcas de fenômenos vulcânicos do período terciário. No centro do país encontra-se o maciço do Harz e na direção leste alinham-se a floresta da Turíngia e os montes Metálicos (Erzgebirge), e no leste da Baviera erguem-se as florestas da Boêmia e da Baviera.
Sulcam esse conjunto de maciços diversas bacias sedimentares e corredores, que em geral procedem de fossas tectônicas surgidas durante a orogenia alpina. Além da bacia do Reno, as mais importantes são as da Suábia e da Francônia, regiões históricas situadas respectivamente em Baden- Württemberg e no norte da Baviera, atravessadas pelos rios Neckar e Meno (Main). Entre a bacia do Reno e o vale do Danúbio, a sudeste, erguem-se os Jura da Suábia e da Francônia, mesetas calcárias com pronunciadas encostas cobertas de florestas.
Alemanha alpina e subalpina A região alpina e subalpina se estende pelo sul do país, a leste do lago Constança e ao sul do Danúbio, nos Lander da Baviera e de Baden-Württemberg. A cordilheira alpina propriamente dita só ocupa uma pequena faixa na fronteira com a Áustria, onde forma três conjuntos diferenciados de oeste para leste: os Alpes da Argóvia (Aargau), que margeiam a bacia do Iller; os Alpes bávaros, onde fica o Zugspitze (2.964m), ponto culminante da Alemanha; e os Alpes de Berchtesgaden, no extremo sul-oriental do país. Nessas regiões a paisagem é tipicamente alpina, com grandes lagos e vales de origem glacial. As formações montanhosas se compõem de dobramentos de sedimentos calcários da era mesozóica e não alcançam as grandes altitudes da vertente central austríaca e suíça.
Ao norte das montanhas estende-se uma zona subalpina conhecida como planalto bávaro, região fria com cerca de 500m de altitude média, cuja morfologia é de tipo glacial, com abundantes morenas originadas na glaciação alpina quaternária. Zugspitze: o ponto mais alto da Alemanha
VEGETAÇÃO
A Alemanha possui paisagens variadas: de praias a picos nevados o ano inteiro. Difícil é encontrar alguma extensão de terra não explorada economicamente, seja com agricultura, silvicultura, pecuária ou turismo.
Campos, litoral e ilhas no norte
Planícies e colinas marcam o norte. Raros locais ultrapassam os 200 metros de altitude. A vegetação de campo predomina, mas há também pântanos e charnecas.
No litoral, a terra recorta-se em diferentes paisagens. A costa noroeste, no Mar do Norte, caracteriza-se pelo típico mar de baixios (Wattenmeer). Na maré baixa, a água recua quilômetros e pode-se ir a pé pela lama do fundo marinho às ilhas das Frísias Oriental e do Norte. A sedimentação vem trazida pelos rios Elba, Weser e Ems, entre outros, que desembocam nesta parte do litoral, e fica retida entre a costa e as ilhas.
Maciço central
Da região industrial do Ruhr, de Hanôver, Leipzig e Dresden para o sul, o relevo alemão torna-se montanhoso. Serras e planaltos, cortados por inúmeros rios e recôncavos, dominam até as fronteiras com Bélgica, Luxemburgo, França, Suíça, Áustria e República Tcheca. O maciço Mittelgebirge estende-se de leste a oeste pelo centro da Alemanha. Conforme a região e seus altos e baixos, estas montanhas centrais foram batizadas com diferentes nomes.
Variação no sul
Mais alto ainda é o cume da Floresta Negra. A serra que acompanha à direita a planície do Vale do Reno no sudoeste alemão tem nos 1493 metros do Feldberg seu ponto mais elevado. Com numerosos bosques e campos, a Floresta Negra é um dos principais destinos turísticos do país.
2006-08-06 06:26:22
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answer #1
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answered by ξξξξ Yuri A.M.S. ξξξξ 3
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Nome oficial: República Federal da Alemanha. Em alemão: Bundesrepublik Deutschland. Em inglês: Federal Republic of Germany.
Capital: Berlim.
Tipo de governo: República parlamentarista.
Divisões administrativas: 16 estados: Baden-Wuerttemberg, Bayern, Berlim, Brandenburg, Bremen, Hamburgo, Hessen, Mecklenburg-Vorpommern, Niedersachsen, Nordrhein-Westfalen, Rheinland-Pfalz, Saarland, Sachsen, Sachsen-Anhalt, Schleswig-Holstein, Thueringen.
Relevo: Planícies no norte, planaltos no centro e os Alpes da Baviera no sul.
Área total: 357.021 km².
Ponto mais alto: Zugspitze 2.963 m.
Clima: temperado.
Portos: Berlim, Bonn, Brake, Bremen, Bremerhaven, Colônia, Dresden, Duisburg, Emden, Hamburgo, Karlsruhe, Kiel, Luebeck, Magdeburg, Mannheim, Rostock e Stuttgart
2006-08-06 06:18:47
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answer #3
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answered by José Leonides 3
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