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2006-08-04 14:43:30 · 3 respostas · perguntado por nilana o 1 em Ciências e Matemática Biologia

3 respostas

Essa toxina é produzida por uma bactéria, Vibrio kholerae. Essa bactéria ficou mais conhecida em meados da década de 90, devido a uma epidemia dessa bactéria no Brasil, principalmente no Rio de Janeiro. Ela pode se desenvolver na água (rio, esgoto) e também contaminar alimentos, a toxina por ela produzida causa diarréia, vômitos, febre podendo causar uma séria desidratação na pessoa contaminada.

2006-08-04 14:55:45 · answer #1 · answered by Gatinha 1 · 0 0

Nilana: A enterotoxina colérica é a causa principal da diarréia aquosa súbita, sem dor, vômitos ocasionais, desidratação rápida etc
A causa é um bacilo móvel, chamado "vibrio cholerae", que atua sobre as células epiteliais do intestino delgado.
Os bacilos ,penetram no organismo humano por via oral e logo de ultrapassar a barreira gástrica,colonizam o intestino delgado , produzindo a toxina colérica, seu principal fator de "virulência"
Bom, espero ter respondido a tua pergunta amiga!

2006-08-04 22:10:51 · answer #2 · answered by mailen dessiré 5 · 0 0

Descrição da doença - doença infecciosa intestinal aguda, de transmissão predominantemente hídrica, que se caracteriza, em sua forma mais evidente, por diarréia aquosa súbita, profusa e sem dor, vômitos ocasionais, desidratação rápida, acidose e colapso circulatório. A infecção assintomática é muito mais freqüente do que a aparição do quadro clínico, especialmente no caso do biotipo El Tor, onde são comuns os casos leves, somente com diarréia, particularmente em crianças. Em casos graves não tratados, a pessoa pode morrer em horas e a taxa de mortalidade exceder 50%. Com tratamento adequado a taxa é menor que 1%. O vibrião colérico produz enterotoxina que parece ser totalmente responsável pela perda maciça de líquidos O V. cholerae, ao penetrar no intestino delgado, em quantidade suficiente para produzir infecção , inicia processo de multiplicação bacteriana, elaborando a enterotoxina que induz a secreção intestinal, associada à secreção de AMP-cíclico intestinal





Agente etiológico e toxina - o Vibrio cholerae, ao exame microscópico de esfregaços corados pelo método de Gram é um bacilo Gram negativo e se apresenta na forma de bastonete encurvado. É um bacilo móvel. Pertence ao gênero Vibrio e à família Vibrionaceae. Pode ser classificado em 2 biotipos: o clássico e El Tor. Dependendo da constituição antigênica o Vibrio cholerae O1 pode ser dividido em 3 sorotipos: Inaba, Ogawa e Hikojima. Cepas toxigênicas destes microrganismos elaboram a mesma enterotoxina, de tal forma que o quadro clínico é semelhante. Em uma epidemia tende a predominar um tipo particular.

Toxina colérica: A enterotoxina colérica é a causa principal da diarréia maciça causada pelo V.cholerae. A patogênese da cólera está intimamente associada à produção e ação desta toxina sobre as células epiteliais do intestino delgado. Os bacilos penetram no organismo humano por via oral e, após ultrapassarem a barreira gástrica, colonizam o intestino delgado produzindo a toxina colérica, seu principal fator de virulência. Cada molécula da toxina colérica é constituída de cinco subunidades B e uma subunidade A. A subunidade B é responsável pela ligação da toxina a um receptor da célula intestinal e a subunidade A é a parte enzimaticamente ativa que atua sobre as células da mucosa intestinal provocando desequilíbrio hidroeletrolítico, resultando na secreção abundante de líquido isotônico.


Modo de transmissão - o Vibrio cholerae eliminado pela fezes e vômitos de pessoas infectadas, sintomáticas ou não, pode transmitir-se a outras pessoas de 2 modos:


transmissão indireta - via mais freqüente e responsável pelas epidemias. A ocorrência de casos é devida à ingestão de água ou de alimentos contaminados.


transmissão direta - menos freqüente, potencialmente pode ocorrer em ambiente domiciliar ou institucional, através das mãos contaminadas (do próprio infectado ou de alguém responsável por sua higiene pessoal ou de sanitários), levadas à boca.

Período de incubação - em geral de 2 a 3 dias, com extremos de apenas algumas horas até 5 dias.


Conduta médica e diagnóstico – a infecção pode variar desde a ausência de sintomas (mais freqüente) até à sintomatologia clássica que são os quadros mais graves. O quadro clássico de cólera corresponde aos casos com diarréia súbita e intensa, líquida (com aspecto de água de arroz), sem sangue, sem febre, acompanhada ou não de vômitos e cãibras musculares. Na ausência de tratamento adequado, a perda de água e eletrólitos pode que conduzir a estado de desidratação profunda.

A. a anamnese deve ser dirigida, buscando verificar a estada recente do paciente em regiões endêmicas ou epidêmicas ou a contato com pessoas recém-chegadas destas áreas, alimentos ingeridos no período, existência ou não de saneamento básico no local de moradia e condições de vida.

B. os exames laboratoriais consistem habitualmente do cultivo de fezes e/ou vômito, com o objetivo de isolar e identificar bioquimicamente o Vibrio cholerae, bem como, realizar sua caracterização sorológica.

C. o diagnóstico diferencial deve ser feito com:

a. As demais diarréias agudas de outras etiologias que podem evoluir com síndrome coleriforme, como por exemplo, as causadas por E.coli enterotoxigênica.

b. Síndromes disenteriformes causadas por amebas e bactérias, enterite por vibriões não aglutináveis, febre tifóide e forma álgica da malária maligna ou tropical.

c. Diarréia por bactérias: E.coli, Shigella, Salmonella não Typhi, Campylobacter, Yersínia, etc..

d. Diarréia por vírus: Rotavírus, Adenovírus entéricos.

e. Diarréia por protozoários: Giardia lamblia, Entamoeba histolytica, Criptosporidium. Podem também ser concomitantes à infecção pelo Vibrio cholerae.

f. Diarréia por helmintos: Strongylóides stercoralis e Schistossoma mansoni, na forma toxêmica.

g. Diarréia na AIDS.

h. Outras doenças de veiculação hídirca- alimentar: principalmente por S. aureus, C. botulinum e B. cereus.





Tratamento- O tratamento é simples e barato e deve ser administrado preferencialmente no local do primeiro atendimento. Em situações epidêmicas devem-se adequar os serviços de saúde para que atendam e tratem os doentes de sua área geográfica, evitando transferi-los. A prevenção dos óbitos está na dependência da qualidade e rapidez da assistência médica prestada, daí a importância da descentralização.

Os medicamentos antidiarréicos, antiespasmódicos e corticosteróides não devem ser usados.


- Hidratação: a base do tratamento para cólera é a reposição imediata de líquidos com volume suficiente de soluções hidroeletrolíticas para compensar a desidratação, acidose e hipocalemia. Formas leves e moderadas deve-se proceder à hidratação oral, com soro de reidratação oral (SRO)




- Antibioticoterapia: será reservada às formas graves da doença. O quadro abaixo apresenta as principais drogas e posologias:


Paciente
Droga
Posologia

Menores de 8 anos
*SMX(50mg/kg/dia)+

TMP(10mg/kg/dia)
12 em 12 hs, por 3 dias

8 anos ou mais
Tetraciclina (500 mg/dose)
6 em 6 hs, por 3 dias

Gestantes e nutrizes
Ampicilina (500 mg/dose)
6 em 6 hs, por 3 dias


Fonte: Manual de Tratamento da Cólera- M.S.

* SMX – Sulfametoxasol; TMP - Trimetoprima

Complicações - a doença pode provocar insuficiência renal aguda, aborto e parto prematuro, hipoglicemia ( mais grave em crianças), e outras complicações mais raras como, colecistite e úlcera de córnea. O atendimento rápido e adequado reduz a taxa de letalidade para menos de 1%.

2006-08-04 21:50:35 · answer #3 · answered by Mari 3 · 0 0

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