Oi Lilica, tudo bem? Mando algumas informações sobre kula, bem diferente do que já foi postado aqui...espero que seja útil, um abraço e até mais.
O kula é um sistema intertribal de trocas praticado na Melanésia e existente ainda hoje, envolvendo transações locais e em todo o arquipélago. Colares e braceletes de conchas, oferecidos com um certo intervalo de tempo, percorrem depois um mesmo circuito fechado, mas em sentido inverso. Após certo período, os objetos recebidos são repostos em circulação; seu valor reside na continuidade da transmissão. A posse provisória fornece prestígio e renome. Potlatch, por sua vez, significa dádiva ou dar e é parte do contexto cerimonial das populações ameríndias da costa noroeste da América do Norte.
O termo designa manifestações organizadas em casamentos e funerais, por exemplo, e em situações de rivalidade entre chefes que tentam manter sua posição social. Bens de prestígio (principalmente tecidos) são entregues e refeições são oferecidas por um hóspede a seus convidados; isso permite que um indivíduo adquira ou mantenha influência política e posição social. O donatário tem a obrigação de retribuir ao doador o equivalente ao que foi recebido.
A primeira forma de troca mencionada, o kula, foi qualificada por Marcel Mauss, fundador da antropologia francesa, de "fenômeno social total". O kula e o potlatch estiveram no centro da análise publicada por Mauss entre 1923 e 1925, intitulada Ensaio sobre a dádiva - Forma e razão da troca nas sociedades arcaicas. Nessa obra, ele formulou a regra fundamental da troca: uma tripla obrigação que consiste em dar, receber e retribuir. Essa norma permite, em todas as sociedades, o estabelecimento e a manutenção de relações sociais. Assim, quando entramos em um sistema de trocas, somos inseridos em um ciclo do qual é difícil sair sem prejuízo social: renunciar à reciprocidade pode levar à ruptura do vínculo. É claro que o presente é também um instrumento de poder, uma vez que pode ser impossível retribuir o que recebemos. Nesse caso, assumimos o papel de eternos devedores, a menos que recusemos receber.
O lugar central da dádiva nas sociedades tradicionais levou alguns antropólogos a opor as sociedades de dádiva às de mercadorias, ou ainda, as tradicionais às industriais, sendo que nestas últimas as trocas de mercadorias por meio do dinheiro desempenham papel fundamental. Essa oposição, que esquematiza as relações de troca, foi criticada. É difícil hoje sustentar essa diferença: dádiva e mercadoria estão, em nossa sociedade, estreitamente ligadas, sem que a primeira possa ser considerada um vestígio arcaico. Elas podem até mesmo ser intercambiáveis, como a moeda que é às vezes dom e outras, mercadoria. Da mesma forma, em nossas sociedades a mercadoria pode ser posta a serviço do dom, como durante o Natal.
É isso ai Lilica, espero que goste deste artigo sobre kula!!
2006-07-31 02:14:11
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answer #1
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answered by Júnior 4
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Oi Lilica
O Kula é um sistema de trocas simbólicas realizada pelos nativos das ilhas Trobriand Na Polinésia e brilhantemente descrito na etnografia de B. Malinowski, "Argonautas do Pacífico Ocidental".
Eles realizam as tracas de comercio durante um outro tipo de troca que os acompanha.
1º] Constroem colares de coral vermelho e pulseiras de coral e conchas brancos.
2º] Saem com seu barcos levando esses "presentes" e produtos para as trocas comerciais e visitam as ilhas vizinhas numa sequência lógica.
3º] Ninguém guarda o colar ou pulseira tracado. Continua trocando sempre.
4º] Os colares caminham entre as ilhas do arquipélago no sentido horário enquanto as pulseiras giram no sentido contrário, representando, sem que eles saibam ou se interessem por isso, um movimento de ações comerciadas nas Bolsas Mercantis de Futuros [fiz essa comparação quando estudei os trabriandeses].
5º] As trocas comerciais só podem ser feitas durante o processo do Kula, pois para eles a troca em sí é mais importante que a negociação.
6º] Ninguém se vangloria de ter feito um bom negócio nem se lamenta por ter levado desvantagem. O Kula para eles é sempre um bom negócio para todos.
7º] O Kula não pode ser estudado superficialmente senão nós não o entendemos porque os valores do povo trobriandês são completamente diferentes dos nossos. Por exemplo: Eles desconhecem o lucro.
8º] Seria bom que você comparasse o Kula de Malinowski com o o "Valor Simbólico da Mercadoria" de Marx.
Espero que você esteja fazendo Antropologia. É muito legal
Aconselho que você leia as duas indicações abaixo (fonte).
Bjs
2006-07-31 02:41:14
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answer #2
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answered by Químico 7
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KULA É UMA PERSONAGEM DO THE KING OF FIGTHERS!
2006-08-05 11:52:48
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answer #3
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answered by Evandro 2
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É quando se diz vai ali ou kulá???
2006-08-07 05:18:07
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answer #4
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answered by Anonymous
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Nem desconfio; é de comer ou de usar?
2006-08-05 08:31:04
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answer #5
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answered by Naonda do YR 7
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eu sei o q é cullo.
2006-08-05 08:20:38
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answer #6
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answered by ? 4
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Retirado do "VOCABULÀRIO KIMBUNDU-PORTUGUÊS"
Árvore de cuja casca se extrai uma tinta vermelha usada nos rituais da puberdade femininos e em cosmética;
a palavra tacula designa também a própria tinta
Abs.,
2006-07-31 02:12:05
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answer #7
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answered by CG 4
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É o resultado da pressa; o sujeito quer escrever Lula, erra a tecla e pronto!
2006-07-31 02:10:45
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answer #8
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answered by felipe_urania 2
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É o primo do Lula, espero que pelo ou menos esse seja mais competente.
2006-07-31 02:06:10
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answer #9
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answered by Mineiro 3
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