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2 respostas

Da velha fobica ao incrementado trio Fobicão, mais de meio século de carnavais já se passou. O antigo Ford 29 equipado com dois alto-falantes - que sacudiu a folia momesca baiana de 1950 - evoluiu para um caminhão cinco vezes maior, com 18 metros de comprimento e 40 megawatts de som, com gerador capaz de alimentar uma cidade de 20 mil habitantes. Em 2002, bem mais provido de apetrechos eletrônicos de última geração, o histórico trio de Armandinho, Dodô e Osmar vem com um novo exemplar da guitarra baiana, projetada exclusivamente para este ano. Mas o grande mérito do Fobicão ainda é manter a tradição de arrastar uma multidão sem cordas na maior festa popular do mundo.

Os herdeiros musicais da família Macêdo desfilam no circuito Dodô (Barra/Ondina) . No circuito Osmar (Campo Grande), o Fobicão se apresenta, seguindo o percurso da avenida até a proximidade do busto de Osmar, na Praça Castro Alves. Na Quarta-feira de Cinzas, o Fobicão marca presença no encontro de trios, na Barra.

"No Carnaval, o som tem que ser trieletrizante. Ou seja, pega-se uma música de sucesso e coloca-se no ritmo do trio elétrico, como o fazem muito bem Margareth Menezes e o Ara Ketu", considera o guitarrista. Tudo o mais, opina, é "manipulação empresarial". "Só faz ferir as características do Carnaval". Na tentativa de preservar o verdadeiro sentido da folia momesca, os irmãos Armandinho, Aroldo, André e Betinho mantêm o repertório recheado de clássicos do trio que já foi liderado por Dodô e Osmar, além de releituras de músicas atuais, como Festa, sucesso na voz de Ivete Sangalo.

A reforma do Fobicão, de acordo com Armandinho, não representa qualquer mudança de seu perfil musical originário. A melhoria das aparelhagens de som é conseqüência natural da evolução do Carnaval. Uma das novidades reservadas para este ano é a guitarra baiana de Armandinho, fabricada por um luthier sergipano. A cada ano, conta Armandinho, o instrumento é aperfeiçoado, tanto no design como na capacidade sonora. "Essa possui melhor captação eletrônica e maior potência. Isso possibilitará um som mais brilhante", explicou Aroldo Macêdo.

Projetado pelo designer Pedrinho Rocha, o trio de Armandinho, Dodô e Osmar é patrocinado pela Ford e pelo governo do Estado da Bahia. Com a temática 1950 - Assim nasceu o trio elétrico, o Fobicão recebeu este ano um visual grafitado, com círculos coloridos em forma de confetes, assinado pelo artista plástico Denis Sena.

Já são cinco carnavais sem a presença de Osmar, o patriarca dos Macêdo. "Como todo ano, vamos fazer a nossa homenagem a meu pai e oferecer, como de praxe, troféus às pessoas importantes para a realização da festa", contou Armandinho, citando os homenageados deste ano: o secretário de Cultura e Turismo, Paulo Gaudenzi, o comandante da Polícia Militar, Jorge Luís, e o artista Pedrinho da Rocha. Lá do céu, Dodô e Osmar, os inventores do trio elétrico, certamente estão felizes pela resistência cultural da família Macêdo.


A ROTA DE ARMANDINHO


O clã dos Macêdo (os músicos Armandinho, Betinho, André e Aroldo) leva hoje o trio Fobicão para o circuito Osmar (Campo Grande), depois das 18h. Amanhã, a partir das 20h, e na terça, por volta das 23h, é a vez do circuito Dodô (Barra). Na Quarta de Cinzas, o Fobicão marca presença no encontro de trios, na Barra.

Em Salvador a folia começa bem antes do carnaval, nos bailes, ensaios dos tradicionais blocos afros e dos Afoxés

Além da tradicional festa na rua (onde as pessoas cantam e dançam), na Bahia, especialmente em Salvador, é comum o uso de trios elétricos, gigantescos carros de som que percorrem as ruas da cidade por vários dias e contam com a participação de músicos famosos como Gilberto Gil, Caetano Veloso, Ivete Sangalo, Daniela Mercury, Chiclete com Banana, Asa de Águia, Olodum, e muitos outros.

Uma composição de Caetano Veloso diz: Atrás do trio elétrico só não vai quem já morreu. Essa frase dá uma idéia do que seja o carnaval de Salvador.

O carnaval de Salvador, por atrair anualmente dois milhões de pessoas, figura no Guinness como o maior carnaval de rua do mundo, juntamente com o carnaval de New Orleans de 1999.

O carnaval baiano é praticamente uma indústria cultural a parte. Não envolve apenas a festa de carnaval, mas também as micaretas, "carnavais" fora de época que contam com a presença dos trios elétricos tradicionais em Salvador.

O faturamento dos trios é maior nas micaretas que no próprio Carnaval baiano, que embora seja a maior festa de trios elétricos do país, é utilizado mais como uma vitrine para garantir prestígio às bandas para os shows nas micaretas do resto do ano.

A música surgida destas festas chama-se axé, e é um dos gêneros campeões de popularidade (aferida nas vendas de álbuns e em execuções nas rádios) junto à população brasileira.

Em 2006, a música mais tocada no carnaval de Salvador foi "Café com Pão", uma composição de Jauperi, cantor e compositor que, junto com Pierre Onassis - outro cantor e compositor baiano, lançou a banda Afrodisíaco, um sucesso imediato em todo o Brasil. A banda teve de alterar o nome devido a questões judiciais (já havia uma banda do Paraná com essa nomenclatura), passando a chamar-se "Vixe Mainha".

2006-07-30 14:21:52 · answer #1 · answered by Anonymous · 1 0

Bahia, urgente? Isto é um oxímoro!

2006-07-30 21:28:09 · answer #2 · answered by chefeclin 7 · 0 0

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