Inaugurada em 1974, a Ponte Presidente Costa e Silva, mais conhecida como Ponte Rio-Niterói, é uma das maiores pontes do mundo com seus 13 quilômetros de extensão e até 70 metros de altura no trecho do Vão Central.
É, também, a principal ligação da capital com Niterói e o interior do Estado do Rio de Janeiro, sobretudo o pólo turístico da Região dos Lagos.
Com fluxo médio de 135 mil veículos por dia, transportando cerca de 400 mil pessoas, a Ponte beneficia o intercâmbio comercial da região, facilita o escoamento da produção regional e contribui para o desenvolvimento turístico o Estado.
Fundada em 1995, a Ponte S/A foi a primeira concessionária a compor o Sistema CCR e a primeira rodovia concedida do Brasil. A escolha da Ponte Rio-Niterói para iniciar o Programa Nacional de Concessões de Rodovias deu-se por motivos técnicos e operacionais urgentes. Em decorrência da falta de recursos para sua conservação e manutenção, a ponte apresentava claros sinais de cansaço estrutural. Além disso, a crescente demanda de tráfego resultava em sérios problemas operacionais.
A Ponte S/A executou um amplo programa de conservação e manutenção estrutural e de modernização operacional. Com a implantação de novas tecnologias e equipamentos, equipes treinadas e serviços de atendimento aos usuários, a concessionária transformou a Ponte Rio-Niterói em uma das mais modernas e seguras rodovias do país, preparada para as demandas e desafios do século 21.
Desta forma, a Ponte S/A cumpre a missão estratégica de proporcionar suporte em infra-estrutura e operação rodoviária de qualidade na Ponte Rio-Niterói, contribuindo para a melhoria do transporte e o desenvolvimento do Estado do Rio de Janeiro e do Brasil.
DESAFIOS VENCIDOS
Em 2000, a Concessionária Ponte S/A executou a maior intervenção de operação e obras da história da Ponte Rio-Niterói: os caixões metálicos da superestrutura do Vão Central foram reforçados internamente e, por fora, a substituição do pavimento asfáltico por concreto armado constituiu uma laje de reforço estrutural adicional, com excelente trafegabilidade e baixíssima manutenção.
Essa intervenção era uma necessidade estrutural e um clamor público desde os primeiros anos de funcionamento da ponte. Para o patrimônio público rodoviário é a garantia de uma vida útil a perder de vista.
Paralelamente, a passagem dos grandes caminhões com três eixos ou mais foi restrita ao horário de 22h às 4h, o que permitiu o redimensionamento das pistas para implantação de uma quarta faixa de rolamento, nos dois sentidos, no trecho entre a Praça do Pedágio e o Vão Central. Estas medidas proporcionaram uma excelente performance operacional e o aumento da capacidade da ponte de 6 mil para quase 7,5 mil veículos/hora (no pico da manhã), acabando com as retenções que ocorriam rotineiramente neste período nos acessos de Niterói.
Para garantir os ganhos operacionais obtidos com a troca do pavimento do Vão Central, a restrição ao horário de tráfego dos veículos pesados e a quarta faixa de rolamento nas pistas, no trecho entre a Praça do Pedágio e o Vão Central, teve início a implantação do projeto das bases operacionais avançadas.
As primeiras foram construídas na Ilha do Caju, em ambas as pistas. Junto às bases, foi construída, sob as pistas da ponte, uma alça de ligação operacional. As duas bases interligadas e dotadas de equipes e equipamentos tornam ainda mais rápidos os atendimentos do SOS Usuário (médico e mecânico) e melhoram as condições gerais de operação da via. A Ilha do Caju fica entre a Praça do Pedágio e a Ilha de Mocanguê, trecho mais crítico da Ponte Rio-Niterói, onde ocorrem 40% dos incidentes.
TECNOLOGIA INÉDITA
Revitalizada e com seus principais desafios de operação e manutenção vencidos, a Ponte Rio-Niterói recebeu mais uma importante contribuição da engenharia em benefício de sua saúde estrutural: o sistema de Atenuadores Dinâmicos Sincronizados (ADS) instalado no interior dos caixões metálicos para neutralizar as oscilações da estrutura do Vão Central sob fortes ventos. A solução inovadora foi desenvolvida pela Coordenação dos Programas de Pós-Graduação em Engenharia e Tecnologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppetec/UFRJ).
O sistema ADS é composto de 32 conjuntos de molas e contrapesos em aço que totalizam 120 mil quilos. Estão distribuídos simetricamente no meio dos caixões do vão central, para reduzir a freqüência de oscilação da estrutura de 13 mil toneladas do maior vão em viga reta contínua do mundo.
PMVs: INFORMAÇÃO ATUALIZADA DO TRÂNSITO PARA OS USUÁRIOS
Como parte do Projeto de Melhorias Físicas e Operacionais da Ponte Rio-Niterói, a Concessionária Ponte S/A prosseguiu com a modernização dos sistemas operacionais e de controle de tráfego e substituiu os 12 Painéis de Mensagens Variáveis (PMVs) espalhados pela Ponte e acessos. Os novos painéis têm recursos gráficos inovadores (símbolos e desenhos), melhor definição de imagem e maior visualização das mensagens, com possibilidade de leitura a uma distância de mais de 900 metros.
Além dos existentes na rodovia, a Ponte S/A instalou, também, quatro painéis nos acessos Niterói (Av. Jansen de Mello, Alameda São Boaventura, Av. do Contorno e Roberto Silveira) e dois nos acessos Rio (Av. Brasil e Av. Rio de Janeiro).
PONTE É REFERÊNCIA MUNDIAL
As inovações nos processos de manutenção e operação da Ponte despertam forte interesse acadêmico e de instituições de engenharia e transportes do Brasil e do mundo. Regularmente, a Ponte Rio-Niterói é visitada por profissionais, turmas de Engenharia de diversas universidades brasileiras e de escolas da região, futuros motoristas e usuários da Ponte, assim também como especialistas e visitantes de várias partes do mundo.
Os cases da obra do pavimento de concreto do Vão Central e da monitoração das estruturas de concreto da Ponte Rio-Niterói foram apresentados na Conferência Internacional do Ibracon ¿ ACI (American Concrete Institute), na Associação Brasileira dos Departamentos de Estradas de Rodagem e no Clube de Engenharia do Rio de Janeiro. Na área acadêmica, os cases foram objeto de discussão na Semana de Engenharia da Universidade Federal Fluminense, nas Universidades Federais da Paraíba, do Ceará e de São Paulo. A ponte recebeu também visitantes dos ministérios dos transportes do Peru e da China.
Os chineses enviaram ao Rio duas missões técnicas. Depois da visita levaram um engenheiro (consultor da Ponte S/A) para ministrar um seminário técnico em Pequim, exclusivo sobre a manutenção estrutural da Ponte Rio-Niterói.
2006-07-26 14:11:31
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answer #1
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answered by Anonymous
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De uma coisa eu sei, na época disseram que depois de 20 anos a ponte passaria a não cobrar pedágio, mais ao invés disso venderam-na, outra coisa deveria ter um monumento aos trabalhadores que perderam a vida para construí-la, e olha que não foram poucos.
2006-07-26 14:20:35
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answer #3
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answered by Bombeiro 3
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