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4 respostas

Virgulino Ferreira da Silva (Serra Talhada, 4 de junho de 1898 — Poço Redondo, 28 de julho de 1938), vulgo Lampião, foi o mais famoso cangaceiro da História do Brasil.

Lampião nasceu no sítio "Passagem das Pedras" em Vila Bela, atual Serra Talhada, sertão de Pernambuco, em 1898. Uma das versões a respeito da origem de sua alcunha é que, num dos cerrados tiroteios havidos durante assalto noturno, mercê dos continuados tiros o cano de seu rifle ficou em brasa, lembrando a luz mortiça de um lampião. Como o fato se repetisse, ficou conhecido como o Homem do lampião, ou simplesmente Lampião.

Virgulino Ferreira da Silva era o terceiro dos muitos filhos de José Ferreira da Silva e de Maria Lopes. Nasceu em 1898, como consta em sua certidão de batismo, e não em 1897, como citado de várias obras.

A família Ferreira formou-se na seguinte seqüência, por datas de nascimento:

1895 - Antônio Ferreira dos Santos
1896 - Livino Ferreira da Silva
1898 - Virgolino Ferreira da Silva
???? - Virtuosa Ferreira
1902 - João Ferreira dos Santos
???? - Angélica Ferreira
1908 - Ezequiel Ferreira
1910 - Maria Ferreira (conhecida como Mocinha)
1912 - Anália Ferreira
Todos os filhos do casal nasceram no mesmo sítio onde nasceu Lampião, situado a uns duzentos metros da casa de dona Jacosa Vieira do Nascimento e Manuel Pedro Lopes, avós maternos de Virgulino. Por causa dessa proximidade Virgolino residiu com eles durante grande parte de sua infância. Seus avós paternos eram Antonio Ferreira dos Santos Barros e Maria Francisca da Chaga, que residiam no sítio Baixa Verde, na região de Triunfo, em Pernambuco.

A infância de Virgulino transcorreu normalmente, em nada diferente das outras crianças que com ele conviviam. Todas as informações disponíveis levam a crer que as brincadeiras de Virgulino com seus irmãos e amigos de infância eram nadar no Riacho São Domingos e atirar com o bodoque, um arco para bolas de barro. Também brincavam de cangaceiros e volantes, como todos os outros meninos da época, imitando, na fantasia, a realidade do que viam à sua volta, "enfrentando-se" na caatinga. Em outras palavras, brincavam de "mocinho e bandido", como faziam as crianças nas outras regiões mais desenvolvidas do país.

Foi alfabetizado por Domingos Soriano e Justino de Nenéu, juntamente com outros meninos. Freqüentou as aulas por apenas três meses, tempo suficiente para que aprendesse as primeiras letras e pudesse, pelo menos, escrever e responder cartas, o que já era mais instrução do que muitos conseguiam durante toda sua vida, naquelas circunstâncias.

O sustento da família vinha do criatório e da roça em que trabalhavam seu pai e os irmãos mais velhos, e da almocrevaria. O trabalho de almocreve estava mais a cargo de Livino e de Virgulino, e consistia em transportar mercadorias de terceiros no lombo de uma tropa de burros de propriedade da família.

Os trajetos variavam bastante, mas de forma geral iniciavam-se no ponto final da Great Western, estrada de ferro que ligava Recife a Rio Branco, hoje chamada Arcoverde, em Pernambuco. Ali recolhiam as mercadorias a serem distribuídas pelos locais designados por seus contratantes, em diversas vilas e lugarejos do sertão. Esse conhecimento precoce dos caminhos do sertão foi, sem dúvida, muito valioso para o cangaceiro Lampião, alguns anos mais tarde.

Por duas vezes Virgulino acompanhou a tropa até o sertão da Bahia, mais exatamente até as cidades de Uauá e Monte Santo. Nesta última havia um depósito de peles de caprinos que eram, de tempos em tempos, enviadas pelo responsável, Salustiano de Andrade, para a Pedra de Delmiro, em Alagoas, para processamento e exportação para a Europa.

É bom frisar que as peles caprinas não eram compradas pelos Ferreira, apenas transportadas por eles, num serviço semelhante ao do frete rodoviário dos dias atuais.

Em quase todas suas viagens os irmãos tinham a companhia de Zé Dandão, indivíduo que conviveu durante muito tempo com a família Ferreira.

A mãe de Virgulino já era um pouco diferente, mais realista em relação ao ambiente em que viviam. De maneira geral José Ferreira desarmava os filhos na porta da frente e dona Maria os armava na porta de trás dizendo: "Filho meu não é para ser guardado no caritó. Não criei filho para ser desmoralizado".

Tabela de conteúdo [esconder]
1 O cangaceiro
2 A morte
3 O sertão
4 A fama
5 Cordel sobre Lampião



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O cangaceiro
Lampião comandou um grupo de bandidos fiéis e corajosos, mas extremamente cruéis. Um deles, Corisco, após sua morte, tornou-se seu sucessor. Lampião teve uma vida difícil; seu pai foi morto quando Virgulino ainda era adolescente, numa busca policial, pelo alagoano José Lucena Maranhão, quando o destacamento procurava Virgulino, Levino e Antônio, os três irmãos já envolvidos com crimes. A ação policial desastrada o levou definitivamente a assumir a atitude de bandido, e por volta de 1916 se juntou a um bando de cangaceiros chefiados por um primo seu, Sebastião Pereira, vulgo "Sinhô" Pereira. Já em 1919 liderava o grupo, e sua fama corria o país inteiro. Era o personagem preferido de literatura de cordel, onde era mostrado como um grande "herói", infalível e indomável. Relatos de suas façanhas contra as polícias chegavam aos ouvidos dos políticos, que patrocinaram uma caçada para persegui-lo e matá-lo.

Vários coronéis do sertão ofereciam armas, munição e abrigo em suas terras ("coiteiros") ao cangaceiro, em troca de ajuda para sua segurança e na luta contra inimigos, assim como participação no butim dos saques. Lampião se tornou uma "lenda" depois de morto. Desenvolveu-se, depois da sua morte, a falsa noção de que ele era uma espécie de revolucionário marxista (documentos da "III Internacional" à época falam dos cangaceiros como "partisans", i.e., guerrilheiros), que combatia as injustiças sociais no sertão, e que tirava dos ricos para dar aos pobres. Na verdade ele parece ter sido apenas um bandido comum, extremamente cruel e sanguinário, capaz das piores atrocidades contra as populações rurais no nordeste, e que sempre viveu em conluio com latifundiários. Extremamente vaidoso, gostava de perfumes franceses, roupas com enfeites e chapéus enormes adornados com moedas de prata, e confeccionava suas próprias alpercatas, bornais e cartucheiras, feitos de couro.

Apesar de suas atrocidades, era religioso e trazia sempre no bornal um rosário e uma imagem de Nossa Senhora da Conceição. Conta-se, aliás, que em 1926 teria recebido a patente de capitão da Guarda Nacional pelas mãos do Padre Cícero a fim de combater a Coluna Prestes que, naqueles dias agitados, passava pelo território Ceará|cearense - um mito que parece ter como objetivo realçar o prestígio de Lampião ao associá-lo ao maior taumaturgo nordestino.

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A morte
Em 28 de julho de 1938, no município de Poço Redondo, Sergipe, na fazenda Angico, Lampião foi morto por um grupamento da polícia militar alagoana chefiado pelo tenente João Bezerra, juntamente com dez de seus cangaceiros, entre os quais se encontrava sua companheira, Maria Bonita. Foram todos decapitados e suas cabeças, levadas como comprovante de suas mortes, foram expostas nas escadarias da igreja matriz de Santana do Ipanema. De lá foram conduzidas a Maceió e depois para Salvador. Foram mantidas, até a década de 1970, como "objetos de pesquisa científica" no Instituto Médico Legal de Salvador (Instituto Nina Rodrigues).

Uma semana depois do massacre de Angicos, o cangaceiro Corisco, o "Diabo Louro", que havia se separado de Lampião, constituindo um bando à parte, desfechou ataques fulminantes sobre cidades à margem do Rio São Francisco como vingança pela morte de seu amigo. Enviou algumas cabeças cortadas ao prefeito do povoado de Piranhas, com um bilhete: "Se o negócio é de cabeças, vou mandar em quantidade". Corisco foi morto em julho de 1940.

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O sertão
Aqui se conta a história de Lampião, o famoso capitão Virgolino Ferreira, também conhecido como o "Rei do Cangaço". Não toda ela, pois não é fácil abranger de forma completa a saga de um brasileiro que pode ser equiparado, em fama e feitos, aos famosos personagens do velho oeste americano. Para facilitar o entendimento, ainda que parcial, é necessário situar a história e seu personagem principal no meio físico em que nasceu, viveu e morreu.

Descrever o Nordeste, por onde andou Lampião, sem entrar na costumeira lista de nomes de vegetais, tipos de solo e outros detalhes semelhantes, é uma tarefa ingrata. Resultaria desnecessária para quem já conhece a região e incompleta para quem nunca esteve lá.

Embora aparentemente agreste o nordeste é de natureza rica e variada. Ou talvez seja melhor dizer que é um misto de riqueza e pobreza, com imensa quantidade de espécies em sua fauna e flora, embora de clima seco durante a maior parte do ano. Chove muito pouco, o chão é seco e poeirento. A vegetação é rasa e, na maior parte do ano, de cor cinza. De vez em quando surgem árvores cheias de galhos, também secos, freqüentemente cobertos de espinhos que, se tocarem a pele, ferem. Raramente se encontra um local onde haja água, mas onde ela se apresenta a vegetação é muito mais verde, apesar de não radicalmente diferente de no restante da região. Saindo da planície e subindo para as partes mais altas, atingindo as serras e os serrotes, o ar tornar-se mais frio e as pedras desenham a paisagem.

Não há estradas, só caminhos, abertos e mantidos como trilhas identificáveis pela passagem dos que por ali circulam, geralmente a pé.

Em breves palavras, esse era o ambiente em que Virgulino Ferreira passou toda sua vida. Pode-se dizer que muito pouco mudou desde então.

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A fama
Lampião e tudo que se sabe dele, tanto na época como até hoje, se deve a cobertura jornalística e cinematográfica feita através de filmes e fotos, que um intrépido correspondente árabe do Jornal Globo e Aba Filmes, chamado Benjamim Abraão dispensou ao bando de Lampião Na época, sem nenhuma ajuda transportando os equipamentos no lombo de burros, o cinegrafista fez uma cobertura tão completa dos passos do bando no meio do cangaço a ponto de ridicularizar as autoridades da capital que inutilmente tentavam abate-los. Logo após conseguirem a morte do Lampião o jornalista é assassinado misteriosamente e parte de seu acervo de filmes é apreendido e permanece arquivados do DIP. Seus filhos ainda vivos sustentam que a morte foi encomendada por Getulio Vargas. [Necessita de fonte]

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Cordel sobre Lampião
Versos de Gonçalo Ferreira da Silva, do cordel "Lampião - O Capitão do Cangaço":
O século passado estava
dando sinais de cansaço,
José e Maria presos
por matrimonial laço
em breve seriam pais
do grande rei do cangaço.
No dia quatro de junho
de noventa e oito, a pino
estava o Sol, e Maria
dava à luz um menino
que receberia o nome
singular de Virgulino.

Maria Bonita era o apelido de Maria Gomes de Oliveira, a primeira mulher a participar de um grupo de cangaceiros.

Maria Bonita nasceu em 8 de março de 1911 e depois de um casamento frustrado, tornou-se a mulher de Lampião, conhecido como o "Rei do Cangaço", em 1929, mas ainda morando na fazenda dos pais. Um ano depois, em 1930, Maria Bonita é chamada por Lampião para fazer efetivamente parte do bando de cangaceiros, com quem viveria por longos oito anos.

Com o cangaceiro, Maria Bonita teve uma filha de nome Expedita e teve também três abortos. Morreu em 28 de julho de 1938, quando foi degolada pela milícia armada oficial.

2006-07-26 07:58:13 · answer #1 · answered by Anonymous · 0 1

NA BIBLIOTECA OU ENTÃO NO MUSEU DO LIVRO.

2006-07-26 15:09:56 · answer #2 · answered by LOBO-SOLITARIO usp 3 · 0 0

Acesse o site abaixo:

http://www.sampa.art.br/SAOPAULO/Biog%20Lampi%C3%A3o.htm

2006-07-26 14:50:57 · answer #3 · answered by Anonymous · 0 0

na biblioteca seu preguiçoso!!!!!!

2006-07-26 14:48:57 · answer #4 · answered by É NOIS 2 · 0 0

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