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Os filósofos chamam-se Avicena e Averróis, o que sei é que este último viveu na Espanhas

2006-07-22 16:22:04 · 3 respostas · perguntado por neno 1 em Educação e Referência Conhecimentos Gerais

3 respostas

AVERRÓIS

nome em árabe: Ibn Rosha

(1126-1198)

Filósofo, nascido em Córdoba, Espanha

Foi um dos célebres filósofos árabes da Idade Média. A despeito de ter nascido em Córdoba, seu processo de aculturação sofreu forte influência muçulmana, vigente naquela época em toda a Espanha e que predominou por aproximadamente oito séculos. Nesse período, a cultura árabe, tanto filosófica quanto científica e literária, conheceu algumas de suas mais brilhantes épocas. Jurista, médico, mas sobretudo um grande comentador de Aristóteles, sua influência na Idade Média e mesmo até o início da era moderna foi considerável. Averróis reúne em suas obras quase tudo o que os árabes tinham conservado da ciência grega. Contra Algazel e outros teóricos muçulmanos, que pregavam a "destruição dos filósofos", Averróis escreve a Destruição da Destruição, na qual tenta harmonizar a filosofia com a religião, reabilitar a razão e defender a tese segundo a qual só há um intelecto para todo o gênero humano, sendo as almas individuais perecíveis. Defende ainda a eternidade do mundo, conseqüentemente a eternidade da matéria; Deus os criou desde toda eternidade; todas as coisas criadas, inclusive o homem, procedem de Deus por emanação. Os escolásticos, especialmente Santo Tomás de Aquino, vão combater as teses averroístas de um intelecto agente único, da eternidade da matéria e da dupla verdade (o que é verdadeiro em teologia pode ser falso em filosofia e vice-versa). Seus escritos filosóficos dividem-se em dois grupos: os comentários sobre as obras de Aristóteles e as obras independentes. Os comentários dividem-se em: os grandes comentários, onde o texto de Aristóteles é reproduzido por inteiro e comentado parágrafo por parágrafo; os comentários médios, livres paráfrases do texto, sem seguir rigorosamente o original e fazendo, às vezes, omissões; e epítomes, que são simples resumos sem relação com o texto. Entre os comentários, os mais importantes são: Metafísica, De Anima, De Caelo e a Retórica. Averróis parafraseou também a República de Platão. Entre as obras independentes, destacam-se: Destruição da Destruição, Concordância entre a Religião e a Filosofia e A Exposição de Demonstração nos Dogmas da Religião.

AVICENA

nome em árabe: 'Abu 'Ali al-Hussain ibn 'Abd Allah ibn al-Hassan ibn 'Ali ibn Sina

(980-1037)

Filósofo árabe (nascido em Afsana, Pérsia)

Considerado o maior filósofo do Islamismo e também como "o Filósofo dos Árabes", é um dos principais precursores na introdução dos algarismos arábicos e da álgebra no Ocidente. Era um homem de cultura universal e especializou-se na área médica. Com 16 anos tinha estudado medicina e sua competência era notória. O príncipe Nuh ibn Mansur foi acometido por uma doença e seus médicos não conseguiram curá-lo; Avicena (que contava na época com 18 anos) foi chamado e, junto com outros médicos da corte, curou o príncipe. Esse fato trouxe-lhe a simpatia e a proteção política dos príncipes de Buhara e, ainda, o privilégio de ser colocada à sua disposição a biblioteca dos governadores Samânidas que, na época, era o santuário do saber árabe. Exerceu forte influência nos pensadores ocidentais do século XIII. Algumas de suas obras foram combatidas, principalmente, por vários escolásticos, em razão de sua interpretação pouco intelectualista de Aristóteles. Influenciado pelo neoplatonismo e pela religião islâmica, sustenta que o conhecimento depende da realidade dos objetos conhecidos e que podemos falar do ser sem recorrer às categorias aristotélicas. Critica a noção aristotélica de primeiro motor móvel, nega que a noção de substância se aplique a Deus e subordina a filosofia à fé. Leu 40 vezes a Metafísica de Aristóteles e não entendeu nada do conteúdo nem o objetivo da obra. Certo dia leu o livro de al-Farabi, Sobre o Objetivo da Metafísica de Aristóteles, e, a partir daí, compreendeu o significado dessa obra. Para Avicena, a Filosofia é a ciência da verdade. Referindo-se à questão de Deus, afirma que "não encontramos a verdade que buscamos sem conhecer a causa. A causa do ser e da permanência de cada coisa é a verdade, porque cada coisa existe necessariamente, então os seres existem". Atribui-se a Avicena cerca de duzentas obras. Redigiu várias na área da medicina muito utilizadas na Idade Média. A mais importante é o Livro de cura, enciclopédia composta de 18 volumes, abrangendo metafísica, matemática, psicologia, física, astronomia e lógica. Outras obras relevantes são: O Compêndio, onde tratou de todas as ciências exceto a matemática; O Resultado e a Produção, em 20 fascículos, sobre jurisprudência e exegese do Alcorão; A Virtude e o Pecado, sobre ética; O Sumário Médio, sobre lógica; A Origem e o Retorno, sobre a origem e o retorno da alma a Deus; Observações Gerais, sobre astronomia; Cânon de Medicina, em 5 volumes: o volume I trata dos princípios gerais da medicina; o volume II aborda a maneira de determinar a natureza dos remédios e uma lista de 760 produtos farmacêuticos; o volume III aborda a etiologia, sintomas, diagnósticos, prognósticos e o tratamento sistemático das doenças; o volume IV trata das enfermidades em geral; e o volume V é um formulário que contém prescrições para diversas doenças. O Cânon de Medicina foi traduzido para o latim no final do século XII e foi estudado nas universidades européias até o século XVII. Quanto ao caráter de Avicena, Juzjani, seu principal discípulo, nos transmitiu alguns traços marcantes. Era um muçulmano piedoso, ia à Mesquita para orar e compenetrar-se quando se encontrava em dificuldade. Por outro lado, era um homem que dormia pouco e "dotado de um acentuado apetite sexual" (palavras de Juzjani). Como o próprio Avicena teria declarado, ele preferia uma vida breve e profunda à uma vida longa e superficial.

2006-07-23 12:31:26 · answer #1 · answered by DeBarros 7 · 1 0

Não faço a mínima idéia, não conheço o período MEDIEVO.

2006-07-23 09:25:59 · answer #2 · answered by D letras 2 · 0 0

Li que a grande contribuição dos filósofos árabes foi trazer de volta para a Europa a filosofia grega antiga (sobretudo Aristóteles) que a Igreja Católica tentava aniquilar. As tentativas da igreja de tentar abafar o conhecimento antigo ficam claras no livro "O nome da rosa", de Umberto Eco. Por favor, se eu estiver sendo injusta com os árabes relegando-os a meros compiladores, me avise tá? Eu não conheço nada de suas obras.

2006-07-22 23:34:08 · answer #3 · answered by Ana M 4 · 0 0

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