A criação da instituição do casamento numa relação de união permanente, entre um homem e uma mulher, acontece naturalmente a partir do aperfeiçoamento das civilizações das diferentes sociedades humanas. A partir destas evoluções, que ocorrem sempre em todas sociedades, Deus faz com que sua instituição divina do casamento desça do plano espiritual superior para o plano físico de todos os mundos, incluindo a Terra. O casamento que Deus espera de seus filhos, deve ser baseado na Lei do Amor. Isso implica, portanto, num regime de convivência no qual ambos devem confiar um no outro, assistirem-se mutuamente, terem amor e afeição um pelo outro e estenderem, aos seus filhos estas atitudes. Devem então amá-los, tratá-los bem e fazê-los progredirem em direção a Deus, dentro da Lei Divina de Progresso ou de Evolução.
A partir de uma comunhão sexual entre um casal, onde um se entrega ao outro, não pode haver mais desconsideração entre si. Deus sempre quer ver suas criaturas unidas, não apenas pelos laços carnais, mas também pelos laços da alma e do amor espiritual.
O casamento é uma Lei Divina complementar para a Lei de Reprodução dos seres humanos, fundamentada na união conjugal, que permite a renovação e a elevação espiritual de todos os seres que vão compor a nova família que se inicia. Nos tempos de hoje, muitos de nós, principalmente os jovens, estão tentando abandonar a instituição do casamento e a chamada “crise do casamento” em conseqüência dessa equivocada atitude, produzirá muito sofrimento, solidão futura e a punição pela Lei de Causa e Efeito, daqueles que fogem das responsabilidades das uniões previamente combinadas, lá no plano superior.
Eliminar o casamento de nossas instituições, como muitos infelizes pensam, é voltar aos tempos de barbárie e levar o homem a posições inferiores a certas raças de animais, que nos dão exemplo de uniões permanentes. Como a ciência humana de hoje cresceu muito, ela está nos dando muito mais conforto material. Isto está gerando um conseqüente aumento do materialismo, pois paralelamente a essa evolução, a instrução espiritual que devia estar progredindo também, ficou estagnada, devido às posições dogmáticas e atrasadas de todas as lideranças religiosas, inclusive a Cristã.
As pessoas que voluntariamente se mantém solteiras, assumem a condição de celibatárias. O celibato somente é visto com alegria por Deus, quando é assumido em favor de sacrifícios ao próximo ou a humanidade. Vejamos alguns exemplos: Chico Xavier, Irmã Dulce, Madre Tereza de Calcutá, Eurípides Barsanulfo e o maior de todos Jesus Cristo. Estes fizeram um grande sacrifício abdicando a alegria de viver com uma companheira/o, filhos e família, em favor da ajudar a humanidade. O celibato voluntário, sem nenhum sacrifício em favor ao próximo, é egoísta e inútil. Quem o pratica, engana a si próprio e desagrada a Deus. O celibato pode ser imposto por Deus, para quem prejudicou o próximo no seu passado, tanto nessa vida, como de outras passadas.
O costume de poligamia, tanto dos homens, como das mulheres que aceitam esta condição, é contra a lei de Deus e está ligado ao nosso passado, quando éramos muito mais atrasados moralmente. Devemos ter sempre um companheiro (a) por vez. A poligamia aceita oficialmente por alguns povos é sinal de atraso moral e será eliminada com o progresso desses povos.
Tirando os casamentos por interesses financeiros de fortunas de família, cada vez menos em moda e os casamentos por afinidades de natureza espiritual, intelectual e cultural (esses geralmente mais felizes) muitos casamentos (ou a maioria mesmo), são casamentos de resgates e de oportunidade de evolução. Esses casamentos são planejados cuidadosamente, antes dos nossos nascimentos, para que a união seja bem sucedida e os cônjuges, filhos, pais e irmãos, passem satisfatoriamente pela escola terrena de reajustes mútuos.
Nesse planejamento do Plano Maior, feito por espíritos mais preparados do que nós e que seguem a vontade de Deus, existem as seguintes fases:
Preparação da família a ser constituída com a definição de quem casa com quem e quais filhos nascerão no seio da nova família que está sendo preparada. Após a encarnação dos cônjuges vem a
Do namoro que Emmanuel chama de “suave encantamento”. Sem esse recurso, a maioria não conseguiria se aproximar, pois geralmente têm grandes ajustes pendentes. Iniciado o namoro e decidido o casamento vem a
Que a espiritualidade ajuda na preparação do ambiente doméstico, a montagem da casa ou apto, aonde as criaturas irão se matricular e freqüentar um lar escola, para aprenderem em conjunto, se amarem, se respeitarem e se ajudarem mutuamente e para ocorrerem os reajustes e o crescimento espiritual do grupo, que nunca foi reunido por acaso.
É logo após o casamento, quando o casal liberta a sua energia sexual, e isto é um recurso da Lei de Atração Divina, para unir os espíritos em torno dos seus respectivos auto-descobrimentos e reajustes.
É o compromisso da Lei de Causa e Efeito que nos apresenta a necessidade do reencontro de nosso companheiro(a), para o acerto de nosso passado delituoso. É o momento em que muitos de nós costumamos afirmar que se soubéssemos o que ele ou ela era, não teríamos entrado nesta fria!
Por isso tudo, nós podemos ver claramente que os cultos religiosos, para os quais nós damos tanta importância, não têm nenhum valor perante aos olhos de Deus e seria muito melhor que os casais que se unem perante as leis civis do matrimônio, tivessem consciência da importância fundamental das responsabilidades que essas uniões têm, para o futuro de suas vidas eternas e de entenderem as suas obrigações de progredirem em direção ao Pai Criador. Na doutrina espírita não se realizam casamentos, da mesma forma que não se ministram batismo ou qualquer outro sacramento, pois no Espiritismo não existem rituais. O que interessa conforme Jesus ensinou, é que os verdadeiros batismos e casamentos são os dos espíritos, quando eles se conscientizam das suas missões, das suas eternidades e das suas obrigações de evoluírem em direção ao Pai Criador. Quanto ao casamento perante as Leis, temos a seguintes situações: União pela Lei Divina, lei imutável e perfeita. Esta lei estabelece a perpetuação da espécie humana através da Lei da Reprodução e a evolução dos seres envolvidos através da Lei do Progresso. Para isso acontecer, o casal e os filhos devem praticar a Lei do Amor, colocando a moral acima de todos os aspectos da vida familiar.
Quanto a leis civis, elas variam de povos para povos, são falíveis e sempre mudam conforme a evolução de seus homens. Deus apóia as leis civis, incentiva os povos a aperfeiçoá-las e isso efetivamente acontece, porque elas são necessárias para proteger os lados mais frágeis, quando o casamento ou a união dos evolvidos vem a falhar. O mais forte tem obrigação moral de amparar os mais despreparados, até eles se consolidarem como independentes.
2006-07-20 08:57:37
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answer #8
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answered by Anonymous
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