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2006-07-20 02:55:45 · 11 respostas · perguntado por Anonymous em Artes e Humanidades Filosofia

11 respostas

A maioria das pessoas, quando ouve ou lê a palavra Espiritismo vincula a
idéia, automaticamente, a mais uma religião, entre as milhares que existem
no mundo.

Há os que confundem o Espiritismo com práticas de umbanda, quimbanda
e candomblé, por total ignorância, pois não tiveram oportunidade de tomar
conhecimento da absoluta diferença. Mas, há, também, os que sabem dessa
diferença; porém, levados pelo radicalismo e pela intolerância, insistem
em pregar a vinculação.

Afinal de contas, o que é o Espiritismo? Não é uma religião?
Absolutamente. O Espiritismo não pode ser definido simplesmente como
uma religião. É uma Doutrina Filosófica, rigorosamente calcada em base
cientifica, de conseqüência religiosa.

Filosofia de base cientifica?
Exatamente. Embora a maioria dos praticantes espiritistas não trabalhem
seu aspecto científico, este é o que dá segurança e firmeza a fé dos
espíritas, pois, a Doutrina ensina que "Fé inabalável só é aquela que pode
encarar a razão, face a face, em todas as épocas da humanidade".

Não admite fé cega, aquela que é baseada na doutrina do "porque sim", e
orienta a fé raciocinada.

Mas há quem afirme, equivocadamente, que a Ciência não aceita o
Espiritismo e até que o Espiritismo vai de encontro a Ciência. É um
absurdo. O respeito do Espiritismo para com a Ciência é tão grande que
quando a Doutrina veio ao mundo, por obra dos Espíritos, o seu
codificador, altamente inspirado, afirmou, com o aval dos próprios
Espíritos Superiores: "Se algum dia a Ciência comprovar que a Doutrina
está errada em algum ponto, cumpre ao espírita abandonar esse ponto
equivocado e seguir a orientação da Ciência".

É importante frisar, também, que a presunção de muitos homens (que se
dizem de ciência) quer impôr ao mundo que as propriedades da matéria
são apenas aquelas que eles conhecem.

Mas, talvez você, assim como outras pessoas, afirme: "Eu já freqüentei a
casa da dona Fulana e não vi nada que pudesse ser chamado de ciência".
Claro, você tem razão. O Espiritismo não são essas coisas que se pratica
na casa da dona Fulana, da "mãe" Ciclana ou do "pai" Beltrano, apesar
dessas pessoas fazerem questão de denominarem suas práticas como
sendo espiritas.

Conheço muita gente que se diz conhecedora do Espiritismo afirmando
coisas assim: "Eu já freqüentei, por muito tempo, o Centro tal..."mas ainda
usa expressões do tipo "mesa branca, linha branca, etc...", o que prova
total desconhecimento da doutrina, uma vez que esse negócio de mesa
branca é coisa que nunca existiu no Espiritismo. Existem pessoas que dizem
conhecer o Espiritismo, ou até que se dizem espiritas, mas morrem de medo
de defunto, visitam cemitérios nos dias de finados, como se os seus entes
desencarnados estivessem ali; acendem velas, etc... É engraçado, mas,
também, é uma prova de que nada sabem sobre o assunto.

É importante esclarecer essa questão: considerando que a mediunidade é
uma faculdade humana e não uma propriedade do Espiritismo, muita gente
se aproveita dela, ou finge possuí-la, para praticar, em sua residência.
sessões de "atendimento" a pessoas, na maioria das vezes cobrando, direta
ou indiretamente, dizendo-se espírita, porém, propondo fazer pelas pessoas
o que elas querem e não o que elas precisam. Propõe ajuda para conseguir
emprego, mesmo sem essa pessoa ter afinidade com o trabalho, ajuda para
conseguir namorados, passar em concursos, livrar-se de enfermidades,
ganhar em loterias, etc...

O pior é que alguns chamados líderes religiosos, ou "defensores" do
religiosismo tradicional quando querem atacar o Espiritismo, preocupados
em exibir uma cultura que não tem, citam supostas experiências próprias,
que nada mais são que algum tempo vivido em algumas dessas casas, na
convivências com essas "mães" ou "pais", que sempre terminam
decepcionando.

O Espiritismo é uma Doutrina baseada nos ensinamentos de Jesus (o maior
exemplo de coerência e Amor do qual o mundo já teve conhecimento), que
respeita a liberdade das pessoas, que não cerceia a liberdade de pensar
de ninguém, que não aponta dedo para ninguém, que não julga e não diz ser
dona exclusiva da verdade.

O Espiritismo tem o maior respeito por todos os segmentos religiosos,
principalmente pelos grandes vultos da humanidade que foram, ou que são,
membros de outras religiões, como um Francisco de Assis, Antônio de
Pádua, Madre Teresa de Calcutá, Teresa DÁvila, Dom Helder Câmara,
Irmã Dulce, Padre Bruno Sechi, aqui no Pará, o pastor protestante Martin
Lether King e muitos outros servidores da humanidade, independente da
crença que professam.

O Espiritismo não faz proselitismo e jamais dirá que um católico está
errado, porque está na igreja católica, ou que um protestante está errado,
por seguir uma das centenas de ramificações do protestantismo.

O Espiritismo não obriga ninguém a absolutamente nada, nem mesmo a
frequentar Centros ou a participar de reuniões espiritas.

Não adota quaisquer rituais, não admite velas, incensos, altares,
paramentos, dízimos ou qualquer espécie de pagamento, direto ou indireto,
por uma orientação espiritual. Não discrimina ninguém.

A sua concepção de Deus é totalmente diferente da convencional: Deus é
soberanamente bom, justo, misericordioso e não pode ser nivelado a
inferioridade humana. Portanto, não admite qualquer conceito que define
Deus como violento, cruel, sanguinário, vingativo, discriminador,
incoerente e inconsequente.

A Justiça de Deus não pode ser comparada com a justiça dos homens, pois
a lógica Espírita admite que "Deus não castiga e não perdoa ninguém", já
que, para castigar estaria sendo intolerante com as falhas de "crianças"
ignorantes e atrasadas; para perdoar, implicaria que tivesse sido ofendido
antes. Admitir Deus ofendido é algo que contraria o bem senso. .

2006-07-20 02:58:12 · answer #1 · answered by Poseydon 3 · 1 3

O respeito mutuo esta sumindo. Cada vez mais eu vejo as religioes mais preocupadas em agredir as outras que se preocupar de criar uma identidade positiva e laborativa. Antes uma pessoa religiosa era alguem que se preocupava em praticar ao bem, boas acoes , gestos de alta humanidade. Hoje ser religioso parece ser algo totalmente diferente: eu nao sou isso ou aquilo , aquela religiao e errada, voces vao para o fogo do inferno, em suma: se preocupam muito mais em condenar , e humilhar os outros que fazer o bem e construir uma sociedade de amor e paz. Nao sou espirita, nem cardecista. Mas eu admiro as obras deles e os respeito. Seria tao bom que as pessoas procurassem o respeito mutuo , a fraternidade e nao o mal dos outros.

2016-12-14 10:39:19 · answer #2 · answered by Anonymous · 0 0

http://www.espirito.org.br/portal/codificacao/oq/index.html

Esse site responde a sua pergunta.Boa leitura!

2006-07-21 14:19:02 · answer #3 · answered by Pensativa 4 · 0 0

é um belo estudo dos ensinamentos de Jesus numa forma mais ampla e modestia onde passamos a compreender a vida e tudo que nela passamos .

2006-07-20 16:38:15 · answer #4 · answered by parisiensebr 2 · 0 0

Acho que já responderam.
Mas caso interesse, leia o Livro dos Espíritos de Kardec.
É gratuito pra download na internet, em PDF.
Espiritismo é a doutrina do espírito, resumindo-se.
Umbanda, Candomblé, também podem ser consideradas "como" espiritismo.
Mas o espiritismo foi codificado por Kardec, assim como a criação do termo espírita.

2006-07-20 14:33:17 · answer #5 · answered by Hokus Phokus 7 · 0 0

É uma religião criada por Alan Kardec, pois seu fundamento é a reencarnação do espírito. Pois cada corpo que nasce um espírito que jah viveu em outro corpo reencarna nele. Daí que eles pregam que a pessoa deve praticar coisas boas pois assim estará sempre melhorando os espíritos, e por conseguite teremos pessoas melhores no futuro. è por aí, Os espíritas tem grande respeito por outras Religiões. Uma grande virtude.

2006-07-20 03:22:54 · answer #6 · answered by Anonymous · 0 0

demônios se passando por pessoas mortas e espíritos de "luz". Na verdade eles só querem mais almas pra levar pro inferno
Que Jesus tenha misericórdia dos espíritas...

2006-07-20 03:08:06 · answer #7 · answered by Anonymous · 0 0

É uma doutrina que prega uma coisa e faz outra. Dizem que as linhas são diferentes, mas é tudo a mesma coisa. Já fui católica, cardecista, wicca, umbandista... hoje sou evangélica. Minha crítica é embasada e descobrir Deus no evangelho foi a melhor coisa que já me aconteceu.

2006-07-20 03:01:12 · answer #8 · answered by Carol Lopes 2 · 0 0

A palavra espiritismo (fr. spiritisme) surgiu como um neologismo criado pelo pedagogo francês Allan Kardec, utilizado pela primeira vez na introdução de O Livro dos Espíritos (1857), para nomear especificamente o corpo de idéias por ele sistematizadas, diferenciando-o do movimento espiritualista em geral. Contudo, a utilização de raízes oriundas da língua viva para compor a palavra (Spirit: Espírito + Isme: Doutrina), que, por um lado, foi um expediente a que recorreu Kardec para facilitar a difusão do novo conjunto de idéias, por outro fez com que o termo fosse rapidamente incorporado ao uso cotidiano para designar tudo o que dizia respeito à comunicação com o além-túmulo. Assim, por espiritismo, muitos entendem hoje as várias doutrinas religiosas e/ou filosóficas que crêem na sobrevivência do espírito à morte do corpo, e, principalmente, na possibilidade de se comunicar ordinariamente com ele.

No entanto, muitos seguidores do Espiritismo, segundo codificado por Allan Kardec, apontam muitas vezes que este uso mais genérico do termo espiritismo é um equívoco.

O presente artigo visa a tratar do Espiritismo levando em consideração todos os diferentes usos do termo, enquanto o artigo Doutrina Espírita está voltado para descrever o Espiritismo conforme foi codificado por Kardec. Essa divisão entre Espiritismo (geral) e Doutrina Espírita é meramente didática, não implicando em apologia a nenhum dos dois usos.

2006-07-20 02:59:50 · answer #9 · answered by Anonymous · 0 0

Espiritismo não é uma religião e sim uma doutrina a ser seguida por quem quizer ninguem é obrigado a seguir ou acreditar.
Os Espiritas acreditam que existe vida após a morte, e que voltamos em uma outra vida, cumprir oque não cumprimos nessa.
Sou espirita há15 anos.
Espero ter lhe ajudado.

2006-07-20 02:59:26 · answer #10 · answered by Ally 3 · 0 0

Eis um artigo pra vc:

Espiritismo
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Ir para: navegação, pesquisa
A palavra espiritismo (fr. spiritisme) surgiu como um neologismo criado pelo pedagogo francês Allan Kardec, utilizado pela primeira vez na introdução de O Livro dos Espíritos (1857), para nomear especificamente o corpo de idéias por ele sistematizadas, diferenciando-o do movimento espiritualista em geral. Contudo, a utilização de raízes oriundas da língua viva para compor a palavra (Spirit: Espírito + Isme: Doutrina), que, por um lado, foi um expediente a que recorreu Kardec para facilitar a difusão do novo conjunto de idéias, por outro fez com que o termo fosse rapidamente incorporado ao uso cotidiano para designar tudo o que dizia respeito à comunicação com o além-túmulo. Assim, por espiritismo, muitos entendem hoje as várias doutrinas religiosas e/ou filosóficas que crêem na sobrevivência do espírito à morte do corpo, e, principalmente, na possibilidade de se comunicar ordinariamente com ele.

No entanto, muitos seguidores do Espiritismo, segundo codificado por Allan Kardec, apontam muitas vezes que este uso mais genérico do termo espiritismo é um equívoco.

O presente artigo visa a tratar do Espiritismo levando em consideração todos os diferentes usos do termo, enquanto o artigo Doutrina Espírita está voltado para descrever o Espiritismo conforme foi codificado por Kardec. Essa divisão entre Espiritismo (geral) e Doutrina Espírita é meramente didática, não implicando em apologia a nenhum dos dois usos.


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Sobre a codificação da Doutrina Espírita, veja os artigos Doutrina Espírita e Allan Kardec.
O espiritismo, de um modo geral, fundamenta-se nos seguintes pontos:

o homem é um espírito temporariamente ligado a um corpo;
a alma é o espírito enquanto se encontra ligado ao corpo;
o espírito, compreendido como individualidade inteligente da Criação, é imortal;
a reencarnação é o processo natural de aperfeiçoamento dos espíritos;
os espíritos encarnados ("vivos") e os espíritos desencarnados ("mortos") podem se comunicar entre si através da mediunidade;
Pluralidade dos Mundos Habitados, a Terra não é o único planeta com vida inteligente.
Lei de Causa-Efeito, ligada à reencarnação, esta lei define que recebemos na medida do que demos (bom e mau) em existências passadas ou nesta existência.
Tabela de conteúdo [esconder]
1 História
2 Referências à Alma na História da Sociedade
3 Diversos usos do termo Espiritismo
3.1 Espiritismo Kardecista
3.2 Cultos Afro-Brasileiros
3.3 Racionalismo Cristão
3.4 Espiritismo Ramatisiano
4 Doutrina Espírita e Cristianismo
4.1 O Conceito da Biblia
4.2 O diálogo com as religiões cristãs
5 Fenómenos Espíritas e a Ciência
6 Ver também
7 Links externos



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História
Durante o século XIX houve uma grande onda de manifestações mediúnicas nos Estados Unidos e na Europa. Estas manifestações consistiam principalmente de ruídos estranhos, pancadas em móveis e objetos que se moviam ou flutuavam sem nenhuma causa aparente. O cientista, cético até então, Hippolyte Léon Denizard Rivail, que mais tarde adotou o pseudônimo de Allan Kardec, pesquisou por vários anos a respeito de manifestações espirituais. Chegou a afirmar: "Eu crerei quando vir e quando conseguirem provar-me que uma mesa dipõe de cérebro e nervos, e que pode se tornar sonâmbula; até que isso se dê, dêem-me a permissão de não enxergar nisso mais que um conto para dormir em pé". Posteriormente foi investigar os casos das mesas girantes e se viu convencido a crêr nos fatos (sem a necessidade de provar-se que uma mesa tinha cérebro e nervos). Utilizando uma série de relatos de espíritos que foram psicografados por médiuns da época, publicou o Livro dos Espíritos.

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Referências à Alma na História da Sociedade
As principais religiões institucionalizadas reservaram sempre um lugar importante às almas dos seus entes queridos falecidos - o Culto dos Antepassados, venerando-os ou rendendo-lhes cultos utilizando diversos rituais.

Na Grécia Antiga, acreditava-se que os espíritos dos mortos habitavam o Hades (o mundo dos mortos), e que era possível entrar em contacto com eles. Na Odisséia de Homero, o herói chega ao Hades e realiza um ritual segundo indicações da feiticeira Circe. Deste modo, Ulisses logra falar com o espírito de sua mãe e dos seus companheiros que haviam soçobrado em Tróia.

Na Idade Média, acreditava-se que os espíritos regressavam ao Mundo dos Vivos em certas ocasiões. Criaram-se superstições e usaram amuletos para obter protecção. Nesta altura, multiplicaram-se os relatos de aparições de espíritos (vulgarmente chamados de fantasmas) e de assombrações de edifícios e locais, de casos de possessão espírita e da necesssidade de exorcismos. Em Hamlet, o dramaturgo inglês William Shakespeare apresenta o fantasma do rei assassinado demandando vingança ao protagonista, seu filho. Este tipo de aparição estava registada em muitos relatos anteriores à época de Shakespeare, embora não se conste que houvesse uma prática mediúnica para facilitar a comunicação com os "mortos".

Os xamãs dos povos "primitivos" da Ásia e Oceania, também afirmam ter esse dom. Na população nativa americana, só o xamã (feiticeiro) tinha o poder de comunicar com os deuses e espíritos, fazendo a mediação - médium - entre eles e os comuns mortais. A principal função do xamã era a de assegurar a ajuda do Mundo dos Espíritos, incluindo o Espírito Supremo, para benefício da comunidade. Tal como os xamãs, os curandeiros na América Latina, são capazes de aceder ao Mundo dos Espíritos. A actuação a este nível, envolve não só o uso de orações, mas também a consulta de Guias Espirituais ou Espíritos Superiores.

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Diversos usos do termo Espiritismo
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Espiritismo Kardecista
Espiritismo Kardecista é um termo que nasceu da necessidade de alguns em distinguir o Espiritismo dos cultos afro-brasileiros, como a Umbanda. Estes, devido às represálias que sofreram, em especial no período da ditadura militar, passaram a se auto-intitular espíritas num anseio por legitimar e consolidar este movimento religioso. Escolheram o Espiritismo devido à proximidade existente entre certos conceitos destas doutrinas. No entanto, os espíritas mais ortodoxos não gostaram de ver o Espiritismo associado aos cultos afro-brasileiros, e assim criaram o termo Espírita Kardecista para distingui-los daqueles que se denominavam Espíritas Umbandistas. Atualmente, entende-se que o Espiritismo, como doutrina, é um só, aquele que foi codificado por Allan Kardec, o que tornou redundante, ao menos para uma parte dos espíritas, o uso do termo Espiritismo Kardecista. Ao espírita que segue estritamente os ensinamentos de Kardec, sem a interferência de qualquer outra linha de pensamento que não tenha sido a codificada pelo mesmo, ou ao menos prevista, é atualmente denominado como Espírita, não aceitando o termo "Kardecista".

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Cultos Afro-Brasileiros
No Brasil, o termo espiritismo é frequentemente utillizado como designação para algumas das religiões afro-brasileiras. Por exemplo: muitos centros de umbanda são denominados Espíritas e seus frequentadores definem-se como espíritas. Há também a Confederação Espírita Umbandista do Brasil e a Federação Espírita Umbandista do Brasil.

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Racionalismo Cristão
No início do século XX, em Santos (Brasil) surgiu uma doutrina muito semelhante ao Kardecismo, incialmente denominada "Espiritismo Racional e Científico Cristão", denominada posteriormente Racionalismo Cristão, codificada por Luís de Matos.

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Espiritismo Ramatisiano
Alguns centros espíritas seguem a doutrina ditada pelo espírito Ramatis (corporificada sobretudo nas obras psicografadas por Hercílio Maes). Distinguem-se dos centros espíritas tradicionais em função da maior ênfase ao ecumenismo e ao estudo comparado de religiões e filosofias espiritualistas ocidentais e orientais. Nota-se também a influência mais acentuada de correntes de pensamento orientais (tais como o budismo e o hinduísmo) e a proximidade com a cosmogonia do espiritualismo universalista.

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Doutrina Espírita e Cristianismo
Os espiritistas (em Portugal) ou espíritas (no Brasil), na sua maioria, afirmam-se cristãos e atribuem à Doutrina Espírita o carácter de uma doutrina cristã. Entretanto, essa associação entre Espiritismo (Doutrina Espírtia) e o Cristianismo é contestada pelas religiões de matriz judaico-cristãs, sob a alegação de que, embora partilhe valores cristãos, por rejeitar determinadas ideias bíblicas e teológicas, isso não a torna "cristã".

Fundamentam em defesa do carácter cristão da Doutrina Espírita no facto de Allan Kardec, em seus diálogos com os Espíritos, ter concluído que a moral cristã, isenta dos dogmas de fé a ela associados, seria o que de mais próximo a um código de ética divino e racional o homem possuí. Em resposta à pergunta 625 de Kardec, os "Mensageiros Superiores" afirmam que Jesus Cristo é o maior exemplo moral de que dispõe a humanidade. (O Livro dos Espíritos, pág. 298). Num estudo sobre a natureza de Cristo, Kardec nega a divindade de Cristo. (Obras Póstumas, 13.ª Edição, pág. 121)

A Prof.ª Dora Incontri, pós-doutoranda pela Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo, defende o carácter cristão da Doutrina Espírita, apontando na proposta estruturada por Allan Kardec um novo modelo de religião, alheio a dogmas, fórmulas, hierarquias sacerdotais e baseado eminentemente no aspecto ético-moral do sujeito. Considera ainda Rousseau e Pestalozzi como os dois grandes precursores da idéia de uma "religiosidade natural", predominantemente moral, e defende que "evidenciou-se com a publicação de O Evangelho segundo o Espiritismo e de O Céu e o Inferno que, embora não o confessasse, ele [Kardec] estava fazendo uma nova leitura do Cristianismo". (Pedagogia Espírita: um projeto brasileiro e suas raízes histórico-filosóficas, São Paulo, Feusp, 2001, pág. 74)

Um estudioso da religiosidade brasileira mais céptico, o Prof. António Flávio Pierucci, do Departamento de Sociologia da Universidade de São Paulo, procura demonstrar que o Espiritismo (Doutrina Espírita) não é uma religião cristã. Este afirma que os espíritas utilizam o Cristianismo para se legitimarem. Pierucci defende também que o vínculo com a Igreja Católica defendido pelos espíritas serviu, durante décadas, para lutar contra a discriminação e a intolerância. (O Desencantamento do Mundo – Todos os Passos do Conceito, São Paulo, Editora 34, 2003)

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O Conceito da Biblia
As religiões de matriz judaico-cristãs entendem que, com a Lei dada a Moisés no Antigo Testamento, Deus interditou à Antiga Israel as comuniçações com o Mundo dos Espíritos e o uso de poderes sobrenaturais por eles concedidos. "... não haverá no meio de ti ninguém que faça passar pelo fogo seu filho ou sua filha, que interrogue os oráculos, pratique adivinhação, magia, encantamentos, enfeitiçamentos, recorra à adivinhação ou consulte os mortos (necromancia)" (Deutornóminos 18:10-14). Afirmam ainda que essa proibição é confirmada no Novo Testamento, através das referências contidas nos Evangelhos e no livro de Actos aos "espíritos impuros". A citação do apóstolo Paulo em Gálatas 5:20, afirma que quem pratica "feitiçaria" (ou bruxaria, o termo grego usado é farmakía) ... não herdará o Reino de Deus". (Na Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas, o termo é vertido por "espiritismo". Mas esta aplicação da palavra não se refere especificamente à Doutrina Espírita). É comum encontrar referências ao uso do termo Espiritismo para denominar outras doutrinas e cultos que não sejam aquela codificada por Allan Kardec (Ver o item Diversos usos do termo Espiritismo deste artigo para exemplos). Já para a Doutrina Espírita, a Bíblia não condena a prática mediúnica em si, pois esta seria fundamentada em um fenómeno natural, e sim o uso dos recursos mediúnicos para finalidades frívolas.

A necromancia envolvia retirada de restos mortais, dos locais onde estavam enterrados, para invocar-se o espírito e fazer interrogatório. A doutrina espirita não pratica necromancia. Faz uso de comunicação livre, manifesta-se o espirito que tiver necessidade, através de médium que se dispõe a recebê-lo.

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O diálogo com as religiões cristãs
A posição oficial da Igreja Católica proíbe terminantemente os seus fiéis assistir a sessões mediúnicas realizadas ou não com auxílio de médiuns espíritas - mesmo que estes pareçam ser honestos ou piedosos - quer interrogando os Espíritos e ouvindo suas respostas, quer assistindo por mera curiosidade. Posições similares têm as demais religiões cristãs.

No entanto, a Igreja não nega a possibilidade física de comunicação com entidades espirituais. Em pesquisas recentes, sob a tutela do Papa João Paulo II, o Padre François Brune, publicou no livro Os Mortos nos Falam, defende a realidade das comunicações com os Espíritos. Além disso, principalmente no Brasil, é possível observar uma maior tolerância por parte de muitos leigos católicos às práticas mediúnicas.

Atualmente muitas comunidades evangélicas procuram manter uma postura respeitosa com relação ao espiritismo, mesmo que discordem de suas práticas, por reconhecer nos trabalhos sociais desenvolvidos pelas casas espíritas uma atividade séria e comprometida. Além disso, algumas denominações empenham-se na realização de cultos ecumênicos, ou, para as que não atribuem ao espiritismo um caráter cristão, no diálogo inter-religioso.

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Fenómenos Espíritas e a Ciência
A investigação dos factos e causas do fenómeno mediúnico é objecto de estudo pela Pesquisa Psíquica, ramo da parapsicologia (substituindo a metapsíquica). Seu primeiro interesse é o de verificar a ocorrência dos aludidos factos, mediante o uso de metodologia própria, que inclui a estatística e o chamado teste duplo-cego. Vêm fazendo-se investigação científica também em âmbito universitário.

Para além dos aspectos doutrinais, existe uma diversidade de práticas que vêm suscitando uma crescente curiosidade dos pesquisadores da área - a ectoplasmia, psicoquinesia, levitação, telepatia, clarividência, pré-cognição, via onírica (sonhos), a psicografia, arte mediúnica, medicina e cirurgia mediúnica, radiestesia e rabdomancia.

Kardec, no preâmbulo de O que é o Espiritismo, afirma que o espiritismo "é uma ciência que trata da natureza, origem e destino dos Espíritos, bem como de suas relações com o mundo corporal". Dentro dessa perspectiva, Kardec teria fundado o que se chama de Ciência Espírita, tendo como objecto o espírito e adotando uma postura teórico-metodológica própria. Na Revista Espírita, que publicou até sua morte, analisa vários relatos de fenômenos aparentemente mediúnicos ou sobrenaturais oriundos de diversas partes do mundo. Esmerava-se por distinguir os acontecimentos que considerava verossímeis de charlatanismo e da simples imaginação superexcitada pela fé.

Um abraço.

2006-07-20 02:59:32 · answer #11 · answered by Igor 4 · 0 1

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