Na verdade, a especialização das células aconteceu à muito tempo atrás, há quase 500 milhões de anos. Neste período, a Terra já era habitada por seres unicelulares por mais de 2 bilhões de anos. Então começaram a ocorrer uniões simbióticas entre seres unicelulares de metabolismos diferentes, surgindo as primeiras células eucarióticas. Foi assim que as mitocôndrias, que inicialmente eram bactérias de vida livre, foram escravizadas por uma arqueobactéria, surgindo a célula que deu origem aos fungos, e animais, num processo de endosimbiose. Posteriormente, essa mesma célula escraviza os cloroplastos, que também eram bactérias de vida livre, nascendo o reino das plantas. Tudo conforme a teoria da bióloga ganhadora do prêmio nobel, Lynn Margulis.
A partir daí, esses seres unicelulares passaram a se associar em colônias. Essas colônias se reproduziam por divisão simples, até que essas colônias desenvolveram um processo de reprodução sexual, com divisão do genoma nos gametas, para posterior união no zigoto. A partir daí surgiu a especialização das células da colônia em células somáticas (do corpo) e células sexuais (gametas). Então as células deixaram de durar pra sempre, se reproduzindo assexuadamente, e a morte passou a ser programada nas células somáticas. Logo as colônias de células viraram seres pluricelulares, e a colônia passou a não mais durar para sempre, tendo uma duração finita até depois da reprodução envelhecendo e morrendo. A morte entrou assim na nossa história evolutiva, com a invenção do sexo.
A partir daí a especialização da colônia, que já virou ser pluricelular, passou a estar programada nos genes, e seu desenvolvimento embrionário programado passou a especializar as células cada vez mais. A fase de blástula do feto humano é um resquício evolutivo dessa época, na qual é composta por células tronco que podem se desenvolver e especializar em qualquer das mais de 200 tipos de células do nosso corpo. Pode-se dizer que quanto há vida na Terra, os verdadeiros sobreviventes e ganhadores são os micróbios, ou seres unicelulares, que estão na Terra a mais de 3 bilhões de anos, e que sobreviverão até a uma catastrofe que possa varrer a humanidade da Terra.
2006-07-20 06:13:50
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answer #1
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answered by Fabricio C Fernandes 3
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Em nível de evolução podemos citar a necessidade das células se especializarem para a sobrevivência do organismo, os que conseguem ter células que se adaptam ao ambiente sobrevivem o resto infelizmente vira história.
Em um ser vivo já evoluido, por exemplo o estudo de células troncos dos seres humanos, células totipotentes são células capazes de se diferenciarem em qualquer tecido, multipotentes ( todos tecidos menos cordão umbilical ) hoje já se sabe que para esta se diferenciar em diversos tecidos é preciso estímulos, sejam eles químicos, físicos, ou biológicos, por isto ainda não exploramos com total certeza a tecnologia das células troncos.
Hoje com tamanha tecnologia já conseguimos mapear o código genético humano, mas para criar um ser vivo idêntico é preciso estímulos, por isto tanta besteira foi feita quando se ultilizava a clonagem de qualquer organismo vivo. Organismos com menas especializações de células é mais fácil de se simular estes estímulos.
Assim segue o ser humano sempre na busca de algo mais, muitas etapas que o criador colocou já conseguimos buscar, é interessante, quem sabe um dia ainda a cria chegue perto de criador.
2006-07-19 14:59:59
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answer #2
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answered by julio_cesabh@yahoo.com.br 3
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