Parece absurdo, mas não é: alguém consegue demonstrar a questão a seguir matematicamente?

Question

Vc aposta corrida com outra pessoa. Vc corre a uma velocidade constante que é 10 vezes maior do que a velocidade da outra pessoa, que também é constante. Como é muita covardia, vc resolve dar 100 metros de vantagem para ela. Sem pegadinhas, sem duplo sentido, sem outro tipo de interpretação, apenas demonstre: mesmo que a corrida dure vários dias, vc nunca vai conseguir alcançar seu adversário.

Esta questão demonstra que não existe verdade universal.

Answer 1

Sinto que o nível está melhorando (4)

É apenas uma versão (reformatada) da primeira aporia de Zenão de Eléia, alguns chamam de paradoxo.
Acrescentei agora....
Nada como um bom dicionário de filosofia, acabei de achar, são oito aporias no total.

Aquiles e a tartaruga vão disputar uma corrida, sendo que a tartaruga sai alguns passos na frente. Quando Aquiles alcança um segundo ponto, a tartaruga continuou andando e alcança algo a sua frente. Quando Aquiles alcançar um terceiro ponto, a tartaruga avançou algo no espaço.
Como o espaço pode ser dividido em infinitos pontos, conclui-se que Aquiles não poderá jamais alcançar a tartaruga.
Na sua versão, Aquiles é você e outra pessoa representa a tartaruga.
Na verdade a questão tem a ver com a divisibilidade do espaço
Se o espaço for divisível, Aquiles não poderá vencer a corrida contra a tartaruga, pois para alcançá-la , sendo o espaço divisível, deverá, primeiro, vencer a metade da distância entre ele e a tartaruga: depois a metade da metade; depois, a metade da metade da metade, e assim indefinidamente.

Este editor de texto não permite fazer um desenho para mostrar isto de maneira gráfica, mas recomendo "O nascimento da lógica", de Kneale e Kneale.
Um abraço

Answer 2

Legal a resposta de bjfranco4000, mas se os adversários iniciarem no mesmo ponto e correrem em sentidos diferentes, nunca se encontrarão ( abstraindo-se a curvatura da terra, etc).
A proposta de Zenão abstrai o fator tempo do qual a velocidade é uma função. Para êle, tudo bem. Para nós, 25 séculos depois, só serve como exercício de filosofia.