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Na verdade tenho de analisar a poesia "No Meio do Caminho" de Carlos Drummond de Andrade. Gostaria de saber como se faz isso.

2006-07-16 17:41:57 · 5 respostas · perguntado por Chilager 3 em Sociedade e Cultura Idiomas e Línguas

5 respostas

PARTA DO PRINCÍPIO DE QUE A POESIA TEM COMO CARACTERÍSTICA BÁSICA A LINGUAGEM SUBJETIVA (CONOTAÇÃO).

NÃO VOU FAZER PARA VOCÊ, MAS VOU DAR O CAMINHO, NO CASO DESSA POESIA QUE POR SINAL É MUITO BONITA APESAR DE NUMA PRIMEIRA OLHADA PARECER TOLICE.

No meio do caminho, tinha uma pedra. Tinha uma pedra no meio do caminho (Carlos Drummond de Andrade).

As palavras identificam determinadas coisas ou idéias, isso quer dizer que são símbolos ou signos, ou seja, de imediato, elas nos indicam o seu significado: carro=meio de transporte; arma=engenho para defesa ou ataque; pedra=fragmento de rochas; etc. Contudo, existem ocorrências que as palavras podem assumir outros valores.

Quando o poeta nos disse que “Tinha uma pedra no meio do caminho” ou “No meio do caminho, tinha uma pedra” podia estar se referindo, tão somente, a que andando por algum caminho, encontrou, no meio dele, uma pedra. No entanto, podia estar se referindo a que no meio do caminho (no decurso de sua vida), tinha uma pedra (encontrou obstáculos).
Na primeira ocorrência a idéia é direta e a palavra pedra quer dizer pedra mesmo – ele está usando o sentido denotativo.
Na segunda a palavra pedra assume o valor de obstáculo e a expressão no meio do caminho assume o valor de no decurso de sua vida. O poeta, então, está usando o sentido conotativo.
Como dissemos, na introdução, serem freqüentes no nosso cotidiano, pesquisamos e descobrimos várias ocorrências de sentido conotativo. Foram colhidas do linguajar popular, de linguagem literárias e de gírias. Vejamos:
“Pegar o beco” – com valor de se retirar, ir embora;
“Pegar descendo” – “Cair fora” – “Sair de uma roubada” com valor de fugir de uma situação difícil ou indesejável.
“Correr atrás do prejuízo” – procurar recuperar algo que se tenha perdido.
“Ensinar padre-nosso a vigário – querer dar experiência e orientação a quem já tem muita experiência.
“Fazer ouvido de mercador” – fingir que não ouviu.
“Pedro rompeu com Lúcia” – Embora se permitam outras interpretações sabemos que se refere a namoro ou noivado terminado.
“Ficaram velhas todas as notícias” (Carlos Drummond de Andrade – Carta) Faz tempo que não tem notícias de alguém.

ESPERO TER AJUDADO.

ABRAÇOS!

2006-07-16 17:57:21 · answer #1 · answered by Anonymous · 13 0

Com todo o respeito pela teoria literária, eu acho um pecado analisar poesia (marcar verbos e adjetivos, identificar as figuras literárias, descobrir as metáforas).

A melhor forma de processá-la é pela sensibilidade interna.
Leia o texto em voz alta ou peça que alguém leia (lentamente, entendendo cada palavra, dramatizando cada sílaba, fazendo pausas) ou grave para depois ouvir.
Feche os olhos e vá imaginando tudo o que cada som das palavras da poesia lhe despertar na mente. Anote tudo isso. Repita todo o processo uns minutos ou uma hora depois, ou no dia seguinte.
Sua interpretação será o que sair dessa sua produção mental.

2006-07-17 03:52:56 · answer #2 · answered by Francisco V 6 · 0 0

num ta de férias ainda não??? credo!!!

2006-07-17 02:19:17 · answer #3 · answered by Josefa 2 · 0 0

Cara é esse poema:

No meio do caminho tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
tinha uma pedra
no meio do caminho tinha uma pedra.

???

Se for essa diz que a pedra é simplesmente os percalços da vida, e o caminho é a própria vida, na poesia moderna não se analisa nada, ela é mto crua pra que se possa fazer isso. Se ele não gostar manda ele pra PQP. Eu faria isso.

2006-07-17 01:00:21 · answer #4 · answered by Lord Byron 6 · 0 0

Com muita meditação, isto sim e uma exelente dica.

2006-07-17 00:44:13 · answer #5 · answered by franpcost 1 · 0 0

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