Olá Ederson,
Acho que as pessoas, de uma forma geral, tendem a ser sofistas porque o senso de investigação e imparcialidade que a filosofia demanda, requer um desenvolvimento e exercício da razão em níveis muito acima da média, para a maioria das pessoas.
Considero-me um sofista, pois a procura imparcial de significados, pela razão, de tudo aquilo em que acredito, através de minha sensibilidade e emoção, me parecem totalmente desnecessários.
Muito do que se acredita hoje em dia, não é colocado à prova unilateral da Razão.
Na minha opinião, a capacidade de crença das pessoas deveria se desenvolver num equilíbrio entre razão, emoção e sensibilidade.
Algumas demonstrações da razão, são capazes de tornar as pessoas frias, cépticas e insensíveis e, emocionalmente, desequilibradas.
Entendo que para a vida de cada um e seus interesses, nada é mais importante do que aquilo em que intimamente se pensa e crê, havendo equilíbrio entre Razão, Emoção e Sensibilidade.
Gosto muito de filosofia, ela permite o desenvolvimento de uma razão poderosa, cortante, capaz de descortinar horizontes, mas não consola o homem.
Tenho procurado o desenvolvimento da Razão de forma equilibrada, não abrindo mão de minha sensibilidade e emoção.
Acho que a filosofia é um caminho mas não um objetivo que deve se sobrepor a qualquer outro.
Por este fato, não me considero um filósofo, pois não acredito que o desenvolvimento unilateral da Razão possa tornar o ser humano feliz.
A Filosofia procura apresentar perguntas, desafiando continuamente a nossa capacidade de descortinar horizontes, da forma mais imparcial, para obtenção de respostas.
Ela pode levar o desenvolvimento de nossa razão ao limite, que é muito importante, mas não é o principal, pois nada poderá agregar ao desenvolvimento de nossa sensibilidade e emoção.
Estas outras capacidades, no meu entender, devem acompanhar a Razão, não sendo deixadas para trás.
Os mais felizes, nem sempre são os mais esclarecidos e cépticos. Desenvolver a sensibilidade necessária para enfrentar os desafios da vida, encontrando motivos para sentir-se feliz, para mim é uma capacidade que requer mais do que razão, principalmente emoção e sensibilidade.
Todas as observações, percepções e sensações podem ser relativizadas, por exemplo:
No sentido físico (material), hoje eu existo, pois há indícios da manifestação de minha presença e atuação. (registros, documentos, fotos, imagens, vídeos, vestígios, impressões digitais, etc)
Há meio século atrás eu não existia levando-se em conta estes mesmos critérios.
Provavelmente daqui há meio século também não existirei nesta mesma linha de raciocínio, se estes registros forem perdidos.
Em 1.000 anos a falta de vestígios diretos de minha existência, poderá levar à conclusão de que nunca existi, mas o fato disso ser verdadeiro ou falso não é o mais importante.
O que acho mais importante a ser compreendido é que: O fato de eu ter ou não existido, daqui há 1.000 anos, não fará ninguém feliz.
Acho a filosofia importante, contudo, não julgo que a razão seja mais importante do que a emoção e a sensibilidade.
Há desafio maior do que encontrar meios para desenvolver a capacidade de encontrar motivos para sentir-se feliz e entusiasmado num mundo tão complicado e desequilibrado como o nosso?
Mais importante do que entender a existência é dar a ela um significado especial e motivador.
Os conceitos nos indicarão alguns caminhos e respostas.
As pessoas também nos indicarão caminhos e respostas.
Os conceitos não são mais importantes do que as pessoas.
Os conceitos são nossos filhos (nascem da razão)
Nossos pais são pessoas, nossa origem está nas pessoas.
Foi através de pessoas que viemos ao mundo, entendo que apenas em seu meio valerá a pena buscar um significado para a vida, minha existência, a sua e de Deus.
Somos feitos de carne, ossos e sentimentos, temos a razão, mas ela de nada valerá sem emoção, sensibilidade e calor humano.
No link http://pt.wikipedia.org/wiki/sofistas... é feita a seguinte assertiva:
A principal doutrina sofística pode ser expressa pela máxima de Protágoras: "O homem é a medida de todas as coisas"
Tal máxima expressa o sentido de que não é o ser humano quem tem de se moldar a padrões externos a si, que sejam impostos por qualquer coisa que não seja o próprio ser humano, e sim o próprio ser humano deve moldar-se segundo a sua liberdade.
Seja muito Feliz
Um grande abraço !!!
2006-07-19 02:56:02
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answer #1
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answered by Peregrino 6
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A filosofia desenvolve nosso senso crítico para todas os aspectos da vida, especialmente para o que a maioria das pessoas considera como óbvio.
Filosofar é perguntar, raciocinar, instigar, enfim... pensar!!! Isso tudo pode dar trabalho e levar a crises, mas sem dúvida nos transforma e faz de nós pessoas melhores!
2006-07-12 19:35:15
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answer #3
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answered by Lorena L 1
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