CLIMA
O regime pluviométrico mais adequado para a exploração racional do cajueiro é a faixa entre 800 a 1.500 mm anuais, distribuídos de cinco a sete meses, apesar de a planta tolerar valores situados tanto abaixo como acima deste intervalo.
A faixa de umidade relativa do ar mais apropriada para a cultura situa-se entre 70 e 80%.
O cajueiro, uma planta de clima tropical, exige para seu desenvolvimento regime de altas temperaturas, sendo a média de 27ºC a mais apropriada para o cultivo.
Em regiões onde se registram ventos freqüentes, com velocidade superior a 7m/seg, é aconselhável o emprego de quebra-ventos.
--> O cajueiro pode ser cultivado em qualquer classe de solo. Preferencialmente, são utilizados solos com textura arenosa ou franco arenosa, relevo plano ou suave ondulado, não sujeitos a encharcamento, sem camadas impermeáveis e de profundidade nunca inferior a 1,5 m.
Preparo do terreno
O terreno deve estar desmatado, destocado e livre de raízes, principalmente na área ao redor do local onde vai ser preparada a cova; isto assegura um ambiente livre de concorrência com as plantas daninhas. Recomenda-se, antes da abertura das covas, a coleta de amostra de solo para análise química para fins de fertilidade.
As operações de aração e gradagem devem ser realizadas de modo a evitar a pulverização do solo, por um lado, e compactação por outro. A profundidade de aração é de 30 cm enquanto a da gradagem é de cerca de 20 cm. Nestas operações são comuns a incorporação do calcário: metade da quantidade recomendada antes da aração e a outra metade antes da gradagem. Em solos compactados pode-se utilizar a subsolagem. Caso isto seja necessário, a operação deverá ser executada apenas na faixa onde serão abertas as covas.
Marcação da área e coveamento
Escolhido o espaçamento, inicia-se a marcação da área utilizando-se piquetes nos locais onde serão abertas as covas, alinhados por meio de corda de náilon, com ajuda de fita métrica, para alinhamento das plantas no espaçamento definido. Em terrenos com declividade, as linhas devem ser demarcadas em nível e riscadas com o auxílio de um pequeno sulcador, obedecendo ao espaçamento recomendado.
Recomenda-se a abertura de covas de 40 x 40 x 40 cm para solos de textura arenosa ou franco arenosa e 50 x 50 x 50 cm para os de textura argilosa, distanciadas de 7 x 7 m ou 8 x 6 m. Se o solo apresentar uma camada endurecida no perfil, é necessária a abertura de covas de maiores dimensões. Em regiões com incidência de cupins, é recomendável que a cova permaneça aberta por pelo menos 15 dias para solarização.
Adubação de fundação
No fundo da cova aplicar 100 g de calcário dolomítico e misturar com a terra de lá retirada. Em seguida, encher a cova com uma mistura de terra superficial + superfosfato simples, de acordo com a análise do solo, mais 100 g de FTE BR 12 + 10 litros de esterco animal bem curtido. Deixar a cova assim preparada, por um período de 30 dias antes do transplante da muda, quando do inicio do período chuvoso.
Adubação de formação
1º ano - A adubação para o primeiro ano, segundo a análise do solo (Tabela 1), deverá ocorrer 60 dias após o transplante da muda. No caso de cultivo sob sequeiro, aplicar os fertilizantes ao redor das plantas, em três parcelas iguais no início, meio e fim da estação chuvosa. Em cultivo irrigado, o parcelamento poderá ser mensal, com os fertilizantes aplicados via água de irrigação.
2º, 3º e 4º anos - A adubação recomendada (Tabela 1) deverá seguir o mesmo sistema de aplicação para o 1º ano, contudo, o fósforo deverá ser aplicado em uma única parcela, tanto para o cultivo de sequeiro, como para o irrigado.
Adubação de produção
Cultivo sob sequeiro
Nessa condição, deve ser utilizada a recomendação para a cultura irrigada (Tabela 1) para a produtividade esperada de até 1.200 kg.ha-1. Os adubos poderão ser aplicados em faixa circular de 40 a 50 cm de largura ao redor de cada planta, e no terço externo da projeção da copa. Em grandes pomares, para reduzir os custos operacionais, podem-se aplicar os fertilizantes em faixa contínua em um ou dois lados da linha de plantio com 1,0 a 1,5 m de largura, também no terço externo de projeção da copa. Nesse caso, há redução no aproveitamento dos fertilizantes aplicados.
Cultivo irrigado
Neste caso, seguir a recomendação contida na Tabela 1. Os adubos poderão ser aplicados juntamente com a água de irrigação, uma vez que isto aumenta a uniformidade de distribuição e diminui os custos com mão-de-obra. Caso o produtor não disponha de equipamento de fertirrigação, utilizar as mesmas recomendações para o cultivo sob sequeiro.
2006-07-12 01:39:17
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answer #1
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answered by Lene 2
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Meus caros amigos, o caju rasteiro não é o mesmo cajú de árvore, aqui nos cerrados de minas (Medeiros/região da Serra da Canastra a gente encontra ele nos campos e ou cerrados ), o fruto é mais doce comparado com o caju de árvore, rústico (naturalmente nos campos não vejo doenças na planta) , fruto menor cor vermelho e amarelo as vezes tem bicho (mosca da fruta); Penso que se aplicar um pouco de calcário em volta da planta e adubar (NPK 10-10-10) ele deve produzir bastante, pois sem técnicas corretas na natureza ele já produz bem... pena que os campos estão sendo arados para cultivo e nunca mais voltam a forma natural e o cajueiro rasteiro não brota mais...
abraços a todos
Élcio Tomaz/Medeiros
2015-11-17 10:37:12
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answer #2
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answered by pena branca 1
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Plantacao do Caju.
O Piauí tem 170 mil hectares
de caju plantados
O Piauí é o segundo maior produtor de caju do Brasil. Atualmente tem 170 mil hectares plantados, dos quais cerca de 150 mil estão em produção. O principal fator que a faz importante para o Estado é a sua capacidade de geração de emprego e renda durante a estação seca, para a população rural, e pelo fator da maior parte dos plantios serem explorados por pequenos e médios produtores.
A aptidão do Piauí para o cultivo comercial do cajueiro está comprovada através do zoneamento pedoclimático. Estima-se que o agronegócio do caju poderá gerar, só no campo, um emprego permanente para cada seis hectares e mais quatro temporários durante os quatro a cinco meses de safra. Assim, os 170 mil hectares cultivados no Piauí absorverão 28.300 trabalhadores rurais permanentes e 56.7000 temporários.
Pesquisadores dizem que o cajú
gera um emprego para cada 6 hectares
“Esses dados são significativos, tendo em vista que o período em que essas atividades acontecem coincide, em sua maioria, ao período mais seco do semi-árido piauiense e com a entressafra das culturas anuais, tais como as de arroz, milho, feijão e mandioca”, disse o pesquisador da Embrapa, mestre em Fitotecnia/Agricultura de Sequeiro, José Lopes Ribeiro, que pesquisa a frua há décadas.
2006-07-12 14:39:32
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answer #3
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answered by Cigana 5
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