Olá Brasileiro,
Acho que hoje, mais do que nunca, o Brasil precisa de duas coisas:
Lideranças que constituam exemplos referenciais de conduta e cidadania.
Uma Imprensa que desenvolva o papel de guardiã desta cidadania, motivadora de grandes mobilizações cÃvicas e de ações sociais de amplo alcance.
Tive a oportunidade de fazer uma dissertação sobre este assunto alguns anos atrás e gostaria de compartilhá-la para sua avaliação.
Deixo também no final, a resposta que encaminhei à pergunta proposta pelo BONO VOX em nossa comunidade, na questão sobre a pobreza por entender que ela esbarra diretamente no escopo de sua pergunta:
Do que o Brasil, atualmente, mais precisa?
Um grande Abraço!!!
O que Enriquece um PaÃs?
Onde não há recursos sobram problemas e dificuldades. A superação de desafios requer meios, acima de tudo, sendo os principais em ordem de relevância:
•01 - Consciência CÃvica (Identidade de Valores e Propósitos) - Cidadania
•02 – Valores com Relação à Ãtica, o Trabalho, a Educação, a FamÃlia e a Justiça.
•03 - Gestão Empreendedora (PolÃticas, Métodos, Tecnologia, Conhecimento)
•04 - Capacidade de Produção (Capital, Processos, Treinamento e Educação)
•05 – Recursos Naturais (Minerais, AgrÃcolas, HÃdricos, etc)
Os paÃses mais sofridos e miseráveis do mundo carecem dos 05, dependendo do amparo e da solidariedade de organizações de ajuda internacional.
O Japão provou que a extrema carência do Ãtem 05, não foi um obstáculo intransponÃvel ao seu desenvolvimento, construindo com os outros 04 aquela que já foi a segunda maior economia do planeta.
Os Estados Unidos demonstraram que um nÃvel adequado destes 05 fatores criam uma superpotência em todos os aspectos, com impacto e influência global.
O Brasil, infelizmente, é uma prova viva de que ter os maiores recursos naturais e potenciais do mundo não garante o desenvolvimento e a superação de problemas sócio-econômicos básicos, já superados por outros paÃses bem menos afortunados em sua geografia e que mesmo assim já ofertam de longa data uma qualidade de vida muito superior ao seu povo.
O que nos falta?
Somos a nação mais privilegiada do mundo no Ãtem 05. Nos Ãtens 03 e 04 já fizemos grandes progressos mesmo com as ações predatórias que inibem o desenvolvimento da empresa nacional e o ingresso da população no mercado de trabalho, contudo, precisamos ainda caminhar muito para sermos referências mundiais em diversos segmentos.
Os itens 01 e 02 são os ingredientes fundamentais para a construção de uma nação. Infelizmente, neles reside o nosso cruel Calcanhar de Aquiles.
A despeito da nossa tão falada, cantada e declamada hospitalidade, simpatia e tolerância à s demais culturas, somos um povo cuja consciência cÃvica, valores e propósitos estão seriamente comprometidos.
Obstáculos:
Muitos fatores prejudicam a nossa auto-estima, fé, respeito e manutenção de valores morais fundamentais, como o trabalho, a justiça e o exemplo de uma boa conduta.
PrecisarÃamos antes de mais nada, conseguir superar vários estigmas dentre os quais:
•Moralizar e dar confiança e respeito à s nossas principais instituições.
•Realinhar o foco e papel das principais mÃdias para servir à cidadania.
•Vencer a indolência, resignação e alienação, passando a participar e contribuir com organizações comunitárias voltadas ao bem comum, sendo lÃderes de bairro, de organizações populares e de segmentos destacados da Sociedade.
A corrupção e a incompetência são, infelizmente, muito comuns em várias esferas do poder, não faltando escândalos no dia a dia e imensos prejuÃzos ao paÃs.
Desacreditamos da Justiça instituÃda por sua lentidão e incapacidade em punir os grandes vilões e criminosos, que esnobam o povo e as instituições, confiando na impunidade.
Algumas autoridades de segurança pública manifestam fragilidade moral para manter a ordem, praticando abusos contra pessoas pacatas e deixando bandidos agir com total liberdade, escapando estes, freqüentemente, de prisões de “segurança máxima”, quando não, agindo e coordenando atividades criminosas dentro dos próprios presÃdios, transformados em escritórios do Crime Organizado.
Em alguns lugares, teme-se a polÃcia tanto quanto aos bandidos, com a comprovação do envolvimento de vários policiais, delegados e polÃticos em ações do crime organizado, praticando: tráfico de drogas, roubo de cargas e até seqüestros.
O que se pode esperar à partir da perda de confiança nas instituições criadas para nos proteger e servir?
Imprensa Cidadã
Indicar alternativas, soluções e iniciativas é tão ou mais relevante do que documentar fatos que, muitas vezes trágicos, só agregam à comunidade mais pontos de preocupação e incertezas, não bastando os problemas e desafios pessoais já enfrentados no dia a dia por cada famÃlia brasileira.
Infelizmente, os meios de comunicação acabam reiterando que o erro, a incompetência, a corrupção, a desordem e o vÃcio são a regra, sendo a virtude um valor raro e incomum, uma luz tênue e tÃmida, envolta numa imensa escuridão de abusos.
Relatar sistematicamente à opinião pública, falhas, erros e omissões quando o leite já está derramado ou quando o prejuÃzo já está em grande parte consumado, é agravar o dano, pois fomenta em maior grau o sentimento de impotência e resignação da população (Passivo) do que reação e indignação (Ativo).
Realizar coberturas cinematográficas de grandes tragédias e escândalos públicos já consumados, deixando de empregar igual ênfase na reflexão dos fatos diários é uma séria omissão que acaba por inviabilizar a consciência de cidadania.
Psicologicamente, nos vemos como um pequeno Davi enfrentando um imenso Golias, uma vez que os problemas recebem maior ênfase, inibindo o fomento à iniciativa, mobilização da sociedade e poder público para resgatar perdas e aperfeiçoar as instituições.
Desta forma, comprometem a auto-estima do povo, sua identidade de valores, esperança no futuro e poder de mudança, sentindo-se o cidadão impotente para reagir contra este estado de coisas.
Para suportar esta exposição tão cruel e limitada da realidade onde, pela falta de foco jornalÃstico, sobram problemas e dificuldades e restam poucas alternativas e esperanças, nada como desvirtuar a percepção dos fatos, oferecendo uma programação banal, apelativa, apresentando cenas de invasão de privacidade de artistas e celebridades, sensualidade exacerbada e referenciais distorcidos, agravando ainda mais as condições necessárias para a recuperação da consciência cÃvica do paÃs.
Não é difÃcil entender por que o povo prefere este tipo de programação do que acompanhar o noticiário (bom termo, pois muitas vezes é apenas isso – Relato de Fatos e NotÃcias, a maioria delas vinculadas a graves perdas e abusos) sem discussão de causas, apresentação de alternativas e possibilidades de mudar, qual programação é pior, a primeira ou a segunda?
A impressão que temos é que, para apresentar um noticiário assim, qualquer Zé Mané com faro de “Sangue” e uma câmara na mão, encontraria em qualquer esquina, algo pra chamar a atenção da opinião pública, mostrando falhas e incompetências sistemáticas, desiludindo ainda mais o público brasileiro.
Os meios de comunicação e a imprensa fomentam muito pouco a discussão dos grandes problemas e desafios nacionais, deixando de priorizar e apresentar mais debates, alternativas, iniciativas e ações valiosas que merecem ser conhecidas, apoiadas e imitadas, visando o bem estar de toda a população e o exercÃcio da cidadania.
Quem não gostaria de ter a auto-estima elevada, a confiança renovada e atitudes mais seguras? Não será com um jornalismo de fatos, que transforma a incompetência e a corrupção em Astros e Monstros InvencÃveis, que as perspectivas poderão ser mudadas.
Ser porta voz da cidadania, do otimismo, fomentando iniciativas, divulgando o que há de bom e positivo, que merece ser conhecido, imitado, apoiado e reconhecido, fomentando o desenvolvimento duma consciência cÃvica madura, é um papel cujas principais mÃdias não demonstram hoje, estatura para bem representar, ignorando o seu dever como agente de mudanças e aperfeiçoamento da sociedade.
Indolência e Resignação
Como conseqüência da percepção de que os problemas e desafios superam os meios e alternativas, temos grave comprometimento de nossa capacidade de ação e iniciativa.
Mesmo tendo direitos assegurados pela Constituição, perdemos a confiança em nossas instituições e manifestamos pouca convicção em exercê-los, aliados ao simples relato dos fatos pela mÃdia de que a situação é assim em todo o paÃs, alimentando a resignação.
De tanto ver o poder e a liderança serem usados como um FIM e não como um MEIO, desconfiamos de tudo e de todos, tendo dificuldades em reconhecer lideranças idôneas, nos organizando para resolver problemas e desafios comuns.
Desestruturados, nos manifestamos com extremo acanhamento diante do erro, do abuso de autoridade e do poder, principalmente, quando praticado contra os outros.
Vivemos com o senso de cada um por si, que o mundo não oferece iguais oportunidades para todos, que é preciso encontrar um jeitinho para alcançar um objetivo, sendo mais esperto quem se mostra um exÃmio praticante da Lei de Gérson.
Enfrentamos muitas filas para atendimento em serviços essenciais com total resignação, além de suportar cobranças indevidas e procedimentos que agridem nossa dignidade.
Desenvolvemos assim, uma resignação patética a comportamentos e atitudes inaceitáveis em qualquer nação desenvolvida, convivendo com a impunidade, a corrupção, o abuso e a incompetência de pessoas, autoridades, instituições e organizações criminosas.
Pagamos impostos exorbitantes com pouco retorno social, temos um salário-mÃnimo incapaz de garantir condições dignas de sobrevivência, vivendo grande parte da população em condições sub-humanas.
Sentimo-nos impotentes, com pouca auto-estima e confiança, suportando o subemprego, a carência de meios e serviços públicos essenciais, a hipocrisia e demagogia de muitos polÃticos, entre outros abusos.
Achamos que uma andorinha só não faz verão, que as instituições não merecem credibilidade, não faltando exemplos no dia a dia para nos fazer reforçar esta convicção, relatados por mÃdias orientadas a fatos e não à reflexão.
Os Maiores Recursos de um Povo:
O itens 01 e 02 representam os maiores recursos formadores de riquezas que um povo pode ter. Através dele, a sociedade adquire uma identidade de propósitos e expectativas, agindo de forma organizada, colaborando para o desenvolvimento e emprego dos demais recursos voltados ao bem comum.
Capacidade de Gestão, Produção e Recursos Naturais sem identidade de propósito, valores éticos, senso de justiça e cidadania não consolidam o retorno social das riquezas geradas.
Sem este catalisador, um paÃs é pobre e miserável, independente da grandeza de seus demais recursos e potenciais.
Sem a formação de uma forte identidade de valores, um povo é incapaz de exercer os seus direitos e construir um escudo ético contra a incompetência, corrupção e impunidade.
Ser cidadão é ter consciência de que os direitos que lhe foram assegurados existem e que as instituições do paÃs devem ser confiáveis para os reconhecer e fazer prevalecer sobre o erro, a injustiça e o abuso, quaisquer que sejam os autores que a ameacem.
Ser cidadão é exercer cidadania, lutando contra a impunidade para o infrator (qualquer que seja o cargo, cor, poder econômico e/ou polÃtico) sendo a lei igual para todos.
A consciência de que o direito de cada cidadão é relevante e tão importante quanto o seu, de que ninguém está acima da lei e da autoridade, ficando impune, são princÃpios essenciais onde repousam o desenvolvimento de um povo e a formação de uma nação.
PaÃses desenvolvidos procuram manter a credibilidade de suas instituições, lutando seu povo com unhas e dentes para exigir justiça e isenção nos processos e causas comuns.
Esta mesma cidadania torna possÃvel a um povo submeter-se a grandes privações e sacrifÃcios por uma causa comum e relevante, prevalecendo o interesse da maioria sobre quaisquer outros de ordem particular ou pessoal.
Os privilégios e interesses particulares emperram a solução de muitos problemas relevantes e estratégicos para o paÃs como as reformas fiscal e tributária, previdenciária, partidária e do aparelhamento público.
Sem exercÃcio da cidadania, vivemos num paÃs acuados, desprotegidos e abandonados à própria sorte, temendo o uso arbitrário do poder pelas autoridades, a prioridade dos interesses dos partidos e dos lobbies sobre os da nação, o desrespeito aos direitos assegurados na Constituição, o mau uso dos recursos públicos, etc.
O que pode um Presidente fazer?
O Brasil não precisa de salvadores da pátria, contudo, carece e muito de bons exemplos de conduta, iniciativas e atitudes empreendedoras.
Contribuir decisivamente para a melhoria do paÃs não é tomar para si a responsabilidade de muitos e sim, semear exemplo. Multiplicar atitudes corretas e fundamentais, fazendo com que as pessoas reavaliem seu modo de pensar e agir, pois somente pela mobilização de toda a sociedade uma mudança de rumo e alcance de maiores objetivos torna-se possÃvel.
Nenhum presidente é super-homem, contudo, exemplo e vontade são estÃmulos de extremo poder quando vem de cima. O apelo de uma real autoridade solicitando uma maior reflexão de valores, participação da população, organismos representativos da sociedade e meios de comunicação para compreensão do nosso cenário, identificação dos obstáculos e alternativas, fomentando iniciativas promissoras, é um estÃmulo capaz de mover montanhas, fortalecendo o exercÃcio da cidadania e a identidade nacional.
Acima do compromisso assumido em seu plano de governo, a maior responsabilidade que cabe a um governante é estimular o exercÃcio da cidadania pelo seu povo.
Cidadania consciente, com percepção racional dos fatos, sabendo que no momento temos que nos unir para recuperar o que está perdido, fortalecer as instituições, cobrando delas, acima de tudo, ética, responsabilidade, utilidade e compromisso com o bem comum.
Temos que desenvolver de forma vibrante o orgulho por sermos brasileiros, zelando pela imagem do paÃs e adquirindo uma consciência moral para salvaguardá-la.
Mais do que um representante polÃtico, precisamos de um verdadeiro estadista, apaixonado pelo paÃs e seu povo, um forte catalizador de valores morais, éticos, fortalecedor da justiça e do bem comum.
Uma imprensa cidadã pode fazer com que uma nação recupere décadas de atraso, fomentando iniciativas, desenvolvendo valores e defendendo o interesse da população contra os abusos, desmandos e mau uso de recursos e instituições públicas.
Pode da mesma forma, viabilizar ações fundamentais, tornando possÃvel a participação do cidadão e de várias comunidades na solução de problemas e superação de desafios, facilitando sua integração. A valorização de nossa imagem, e a preservação de nossos maiores sÃmbolos e valores nacionais é essencial para construir uma verdadeira nação.
A Origem da Riqueza: Olhando o Cenário como um Todo
A fonte das riquezas dos paÃses repousa no potencial efetivo de suas empresas, empresários, colaboradores e governantes, alicerçados numa forte Consciência CÃvica.
A galinha dos ovos de ouro EXISTE e chama-se EMPRESA.
A EMPRESA é o catalizador dos 03 elementos essenciais que originam a Riqueza: A Iniciativa Empreendedora, o Capital e o Trabalho.
Sendo veÃculo da riqueza nacional, merece a Empresa uma atenção e cuidados essenciais por parte do administrador público que fomenta um sincero propósito quanto a melhoria do bem estar de seu povo.
A empresa move a atividade econômica sendo o princÃpio gerador do emprego, dos salários, da renda, da qualidade de vida e dos tributos.
A empresa se associa a CAUSA (Origem) da Riqueza
Se associam aos EFEITOS da Riqueza:
•O Salário
•O Emprego
•A Renda
•Os Impostos
•Os Investimentos
•A Qualidade de Vida
•A Saúde
•A Segurança
•A Educação
•As Expectativas Futuras
Um bom EFEITO é produzido por uma boa CAUSA.
à impossÃvel viabilizar melhores EFEITOS, agindo contra a CAUSA.
Sem CAUSA não há EFEITOS.
Conhecendo as vocações naturais do paÃs, pode-se estabelecer diretrizes coerentes ao incentivo, fomento e expansão das atividades econômicas.
Cabe ao Estado, o papel de Agente Promotor, Incentivador e Criador de Galinhas (Empresas), além de multiplicador de ovos (Riquezas).
O Estado não pode viabilizar um benefÃcio social maior ao seu povo do que gerar empregos, desenvolver a inclusão sócio-econômica da população, o acesso aos bens e serviços, a elevação da auto estima, a dignidade humana e o orgulho viabilizado ao cidadão de poder proporcionar conforto, segurança e bem estar à sua famÃlia.
Um governante que propicia meios e condições para o desenvolvimento da
atividade econômica, faz um imenso bem ao seu povo, desonerando em muito a assistência direta do Estado, permitindo que o uso dos recursos disponÃveis seja voltado para programas de maior impacto e poder de resposta.
Muitos governantes acham, infelizmente, que o papel de cuidar bem do desenvolvimento humano, social e econômico do povo cabe de forma veemente ao Estado, direcionando a criação de muitos postos de trabalho e iniciativas dentro da máquina administrativa, inchando o funcionalismo público, cujo custo operacional se sustenta através da arrecadação de mais tributos.
O Estado não tem como função ser gerador de Produção e Renda, sendo sua função na área econômica regular o funcionamento dos mercados, fomentar o desenvolvimento, incentivar as vocações produtivas do paÃs e de sua classe empreendedora, gerando riquezas e permitindo a inclusão sócio-econômica de sua população.
Unir CAPITAL e TRABALHO para gerar produção e renda é, acima de tudo, atribuições indispensáveis e requeridas de um empreendedor capaz, pessoa madura e preparada para assumir riscos, desenvolvendo a atividade empresarial, criando empregos e postos de trabalho, oferecendo bens e serviços ao mercado e gerando tributos.
Tornar um chefe de famÃlia ocioso, um pedinte, carente e dependente da
assistência direta do Estado para não passar fome e necessidade, sem perspectivas de melhorias e privado de sua auto estima, penalizando toda a sua famÃlia, é um verdadeiro crime de responsabilidade que comete um governante, quando deixa de favorecer o desenvolvimento econômico de seu povo pela falta de uma polÃtica responsável que estimule a produção e o emprego.
Programas de assistência governamental, voltados ao alÃvio da pobreza causada por péssimas polÃticas econômicas e de restrição à atividade produtiva, são mantidos, por incrÃvel que pareça, pelos tributos arrecadados da classe produtora e seus trabalhadores, sobreviventes desta infeliz gestão.
Nestes programas há assistência sem geração de produção e renda, sendo viabilizado apenas por mais um aumento de arrecadação e tributos, privando os contribuintes de mais um quinhão do seu suor.
O povo não precisa ganhar o peixe, precisa ter acesso ao rio e poder pescar.
A solução da miséria, carência e pobreza passa necessariamente pela implementação de polÃticas econômicas de maior estatura e qualidade e não no aumento forçado da arrecadação de tributos, usado de forma irresponsável por várias administrações para corrigir falhas e incompetências de gestão pública.
O Estado Deficiente : Mero coletor de ovos
Pode-se medir a eficiência de uma gestão governamental pelo alÃvio que proporcionou à sua população com respeito à carga tributária, ou pelo aumento de benefÃcios que a ela agregou sem aumento de impostos.
Infelizmente, neste paÃs o imposto e a arrecadação se tornaram um FIM em si mesmos, enquanto o setor produtivo e o povo brasileiro tornaram-se apenas um MEIO.
Atualmente o governo comemora recordes de arrecadação de impostos, infelizmente, a população e os contribuintes só tem a lamentar. Tributar significa, antes de mais nada, privar imediatamente o cidadão de parte do seu poder aquisitivo.
O paÃs impõe uma carga tributária aviltante contra o seu povo, fruto da incompetência de gestão e falta de modernização da máquina administrativa através da reforma do estado.
Afinal, porque tantos impostos?
Por má gestão de recursos, estrutura do estado ineficaz e onerosa, tornando-se um FIM em si mesma, incapaz de oferecer serviços de qualidade e quantidade requeridos pela população, deixando a população à mercê da falta de segurança pública, de um atendimento à saúde digno e de escolas com professores mal pagos.
A quantidade de empresas que se fecham por falta de apoio e incentivo,
excessiva tributação e má polÃtica econômica de mercado, fatores que cabem
ao governante e sua equipe de governo gerir com competência para o bem do seu povo atesta que, ultimamente, o Criador está matando as "Galinhas dos Ovos de Ouro" procurando decerto encontrar em seu interior um tesouro.
Temos uma máquina pública anacrônica, lenta, ineficaz e burocrática, que consome rios de dinheiro e oferece um retorno restrito, muito aquém das expectativas e necessidades de sua população. Num organismo, o que exaure a vitalidade e não oferece contra-partida útil é uma grave moléstia.
A máquina do Estado necessita cumprir e justificar seu papel de utilidade ao cidadão, pois nas condições atuais representa um câncer que pode levar a cidadania a morte, devido a falência de serviços públicos essenciais.
Modernizar esta máquina pública, tornando mais eficaz e produtivo seu funcionamento, consumindo menos recursos e onerando menos o seu povo é um sonho impossÃvel de ser realizado por polÃticos comuns e descomprometidos com o seu povo.
Defensores de Ovos (Emprego, Salário, Renda, etc...)
Existem levas de PolÃticos e Partidos prometendo melhorar a economia, gerar empregos e retomar o desenvolvimento, não apresentando contudo, a menor sombra de polÃticas e programas voltados ao fomento, incentivo e desenvolvimento da atividade empresarial.
Afinal de contas, falar de empresas não atrai o eleitor sofrido, é melhor falar do trabalhador, aliciando-o e procurando conquistar o seu voto com discursos vazios que salvaguardam unilateralmente os seus interesses. Esta tática tem se mostrado eficaz, sendo um verdadeiro Canto de Sereia.
Todos se preocupam com os frutos da riqueza (Ovos – Salários, Renda, Emprego, etc).
Contudo, os Partidos e PolÃticos esquecem da Galinha...
Quem vai botar os ovos? Serão eles mesmos?
Numa contradição sem tamanho, chegam ao ponto de afirmar que a falta de ovos é de inteira responsabilidade da galinha, condenando e marginalizando o papel do empresário, que representa parte (Iniciativa Empreendedora e Capital, além de trabalhar) da EMPRESA e não ela como um todo.
Nossa população trabalhadora é tão mal informada e esclarecida, que atende com convicção aos apelos de sindicatos mal estruturados e lÃderes oportunistas, que dizem ser:
•A EMPRESA (Galinha) : uma criação capitalista perversa.
•O empresário, sempre um vilão que ambiciona lucro acima de tudo e de todos.
•O trabalhador, um coitado que para sobreviver precisa até trabalhar, como se trabalhar fosse castigo ou atividade degradante que não lhe propicia crescimento.
Piorando a situação, quando o governo houve e dá atenção aos anseios e expectativas de empreendedores e empresários (Agentes de Produção e Renda), dizem que voltou as costas para a classe trabalhadora passando a agir contra ela.
Como podem esperar melhores EFEITOS agindo contra as CAUSAS?
Que alternativas estes visionários encontram para produzir ovos (empregos, salários, renda, benefÃcios, impostos) sem zelar pela galinha (EMPRESA)?
Não é a toa que os mais sérios problemas de desemprego na economia mundial, estão nos paÃses onde a defesa dos interesses de classe são excessivamente rÃgidos e as reformas nas relações de trabalho emperram, exemplo:
Itália, França, Alemanha, Espanha, Brasil, etc.
PaÃses com baixo Ãndice de desemprego:
Estados Unidos, Inglaterra, Holanda, Japão, Tigres Asiáticos, etc.
Dizer que o desemprego é fruto da globalização e da modernização de processos é relatar com uma acanhada percepção todos os pontos do problema.
Boa parte da Europa sofre com altos Ãndices de desemprego, contudo, como podem explicar o fato de outras nações desenvolvidas como os EUA e a Inglaterra e os acima citados terem um quadro mais controlável e dinâmico.
Quando dizemos que a causa é Externa (Globalização), ficamos na situação cômoda e infeliz de nada poder fazer...(Nada mais distante da realidade).
Quanto mais flexÃveis e ágeis forem as relações que permitam a integração da Iniciativa Empreendedora, do Capital e do Trabalho, elementos que originam a riqueza e permitem como consequência o desenvolvimento sócio-econômico, maiores serão os resultados comuns e menores os Ãndices de desemprego e exclusão social.
RESPOSTA A QUESTÃO PROPOSTA POR BONO VOX:
O que podemos fazer para acabar com a pobreza?
Olá Bono,
Acho muito oportuna sua iniciativa de mobilizar as pessoas para participar, apresentando sugestões para reduzir este tão grave flagelo - A pobreza dos povos.
Sem dúvida alguma deverão ser tomadas várias ações para fazer frente a este complexo problema que tem muitas facetas.
Não basta a ajuda internacional e intervenções extra-governamentais para encontrar soluções permanentes capazes de minimizar ou erradicar o quadro de extrema pobreza vivenciado por muitos paÃses.
Toda ajuda é importante, contudo, os povos precisam, acima de tudo, serem auxiliados a formar cidadãos conscientes, atuantes e determinadores do seu próprio destino.
A dignidade humana exige que ensinemos aos povos irmãos como pescar e não, dar simplesmente de forma indeterminada o tão necessário peixe de cada dia.
Um paÃs deve ser construÃdo e edificado pelo seu povo.
Seu povo deve ser auxiliado a poder exercer cidadania.
Onde não há cidadãos há flagelos, fome, injustiças, corrupção, violência, pobreza e morte. A pobreza se alastra sob as sombras de uma cidadania enfraquecida ou destruÃda.
Para mudar este cenário, os cidadãos de todo o mundo, mobilizados por lideranças comprometidas e pessoas públicas queridas e admiradas como você, poderiam apresentar à ONU e aos principais mecanismos de solidariedade mundial a reinvindicação do seguinte DIREITO em todas as nações:
QUE TODO POVO POSSA DISPOR DE IMPRENSA E MEIOS DE COMUNICAÃÃO FORTEMENTE COMPROMETIDOS COM A EDIFICAÃÃO E FORTALECIMENTO DE SUA CIDADANIA E DESENVOLVIMENTO PACÃFICO.
Nos paÃses de terceiro mundo e em muitas nações paupérrimas, os meios de comunicação em massa agravam profundamente a percepção de crise, miséria e escassez existentes.
De uma forma geral o enfoque dado à s notÃcias é de que nosso copo está vazio ou sendo continuamente esvaziado. Esta abordagem produz gravÃssimas consequências para o futuro de milhões de seres humanos.
A grande mÃdia é um forte amplificador de modelos mentais, idéias, percepções, estilo e atitudes. Aquilo que se vê, ouve e comenta referencia tendências e comportamento.
Se ela estiver mais comprometida com a melhoria das condições de vida de seu povo, edificando sua CIDADANIA, muitas iniciativas e grandes mudanças positivas poderiam vir a tornar-se realidade.
As nações pobres e em desenvolvimento precisam ser auxiliadas para poder interpretar sua difÃcil realidade reconhecendo e identificando os seus potenciais, por mais limitados que sejam, possibilitando que vejam o seu copo parcialmente cheio, sendo estimulados e encorajados continuamente a torná-lo pleno e cheio.
Infelizmente, ocorre o contrário. As pessoas em geral tem uma percepção negativa por sofrerem um constante e massivo bombardeamento de más notÃcias em suas principais mÃdias, levando a maioria dos indivÃduos a ficarem anestesiados e impotentes principalmente por dois fatores:
01 - Levando-se em conta a gravidade da situação nacional sempre noticiada, muitas pessoas julgam sua situação melhor do que da maioria da população sentindo-se, mesmo carentes e mal assistidas, privilegiadas por conseguirem sobreviver com a mÃnima dignidade num quadro de penúria e poucas perspectivas ao seu redor. Contudo sobreviventes não tem inspiração para construir um grande e diferenciado futuro, estando sujeitos a tomar escolhas erradas ou de alcance restrito, incapazes de alterar a conjuntura em que vivem.
02 - Outros, vendo sua real situação retratada em escala nacional pelos veÃculos de comunicação em todo o paÃs, percebem que seus problemas já são conhecidos e que a crise é profunda e geral, julgando-se impotentes para fazer frente a tão grave conjuntura, esperando resignadamente que ações extraordinárias, planos governamentais, Ajuda Internacional, entre outros, possam mudar este quadro.
à lastimável ver grandes meios de comunicação divulgando apenas fatos trágicos capazes de destruir a auto-estima e confiança da maioria dos cidadãos, fortalecendo sua resignação diante da avalanche diária de notÃcias ruins ou babaquices sobre a vida particular de pessoas famosas, sem interessar-se verdadeiramente pelo seu papel e responsabilidade na construção da cidadania de seu povo inspirando-o para superar desafios, necessidades e oportunidades de crescimento como pai, profissional e cidadão de bem.
Para poder um dia sonhar em ser uma nação de primeiro mundo, as notÃcias da mÃdia em paÃses pobres ou em desenvolvimento deveriam mostrar diariamente, como vivem, trabalham e são assistidas as pessoas nos paÃses mais desenvolvidos, oferecendo-lhes inspiração e elementos de análise crÃtica para que possam construir um sonho de conquista e superação de suas atuais condições.
Estas pessoas precisam conhecer como são nestes outros paises as condições dos serviços públicos, de moradia, de funcionamento das instituições, o planejamento familiar, a extensão do poder de consumo, a representatividade dos salários, a qualidade dos bens e serviços oferecidos, a força do poder judiciário e das leis que salvaguardam os interesses dos seus cidadãos.
Precisam também conhecer as iniciativas, soluções e ações propostas pelos cidadãos e que foram desenvolvidas para encarar e superar graves problemas e situações vivenciadas, colhendo exemplos de estÃmulo e perseverança.
Com esta constatação, o senso crÃtico adormecido de grande parte da população dos povos sub-desenvolvidos seria estimulada a questionar, fomentar e lutar por melhores alternativas para adequação do seu sistema de saúde, moradia, saneamento básico, educação, administração dos serviços públicos, fortalecimento de instituições e da sua representação polÃtica.
Além disso, seus cidadãos iriam adquirir mais interesse em trabalhar e estudar para serem profissionais destacados, construindo um futuro mais promissor para suas famÃlias, comunidade e paÃs.
As pessoas se interessariam mais em debater e participar das decisões que estão acontecendo em suas comunidades, tendo uma participação cÃvica muito mais atuante.
Não conseguiremos acabar com a pobreza sem edificar verdadeiros cidadãos, senhores de seu próprio destino.
A Imprensa deveria tomar para si o papel e a responsabilidade de inspirar a edificação da cidadania do seu povo.
O mesmo zelo que um pai dedica a um filho para que prospere, a imprensa deveria exercer para que sejamos fortes cidadãos.
Para acabar com a pobreza é preciso combater a indústria de comunicação de tragédias, crises, conflitos e incertezas que assolam as nações pobres e em desenvolvimento.
A liberdade de imprensa deve ser exercida sob o dever de edificar a cidadania do seu povo, zelando a todo momento pela elevação de sua auto-estima, fortalecimento da opinião e participação pública.
Mostrar os dois lados da notÃcia: O bom e o ruim deveria ser encarado, acima de tudo, como um dever e responsabilidade.
A veiculação massiva de notÃcias que comprometem o equilÃbrio psicológico das pessoas, baixam sua auto-estima, provocando o descrédito de suas instituições, lideranças civis, militares e polÃticas, tornam seu povo órfão de cidadania e párias de seu próprio destino.
O papel equivocado da imprensa em todo o mundo e em especial nos paÃses mais pobres assassina paulatinamente a consciência de cidadania dos povos, adormecendo seu senso crÃtico, tornando grande parte de sua população alienada ou indiferente aos grandes problemas nacionais.
Na mÃdia, para cada notÃcia ruim, deveria existir no mÃnimo a apresentação de alternativas de superação e melhoria, fomentando debates, inspirando e estimulando exemplos de conduta, iniciativas e ações vencedoras por parte dos seus cidadãos.
A Imprensa deve alimentar a cidadania. Se o seu conteúdo for bom servirá de alimento, caso contrário, como veneno poderá matá-la.
A Comunicação de um paÃs deve fortalecer a esperança, o esforço, a mútua colaboração e a superação das pessoas, aumentando seu espÃrito de luta para que possam como cidadãos vencer os terrÃveis Cavaleiros do Apocalipse que destróem o seu futuro e cobrem de penúria o seu presente.
Ã, verdadeiramente, extraordinário o poder dos meios de comunicação para a construção do futuro de um paÃs.
A Imprensa precisa desenvolver o papel de guardiã da cidadania, motivadora de grandes mobilizações cÃvicas e ações de amplo alcance social.
Se a dignidade moral das pessoas for edificada, elas por si mesmas agirão para vencer os desafios encontrados no seu caminho.
Um grande abraço !!!
2006-07-08 14:55:25
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answer #4
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answered by Peregrino 6
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