É POSSÍVEL QUE A LENDÁRIA ATLÂNTIDA TENHA EXISTIDO?
Sim, mas não como um "continente perdido" e muito menos como uma gigantesca cidade submarina, que são as duas maneiras como Atlântida costuma aparecer em seriados de TV, aventuras em quadrinhos e outras histórias fantasiosas. Se ela de fato existiu, a hipótese mais provável é de que tenha sido uma civilização florescida na Idade do Bronze grega (3000 a 1000 a.C) e desaparecida após um desastre natural de grandes proporções, como a erupção de um gigantesco vulcão. A principal origem da lenda está nos diálogos Timeu e Crítias, escritos por Platão no século IV a.C. Neles, Atlântida é citada como uma ilha no oceano Atlântico, próxima aos "Pilares de Hércules" (como os gregos chamavam o Estreito de Gibraltar), que teria sido engolida pelo mar por volta de 9600 a.C., após uma série de terremotos.
Estudos feitos nas últimas décadas revelaram que houve, de fato, uma grande catástrofe no Mediterrâneo, mas ela aconteceu no século XVII a.C. Tudo começou com a erupção de um vulcão na ilha de Thera, no mar Egeu, hoje conhecida como Santorini, um dos principais pontos turísticos da Grécia. Equipes científicas multidisciplinares vêm rastreando a região em busca de evidências que comprovem a teoria. As pistas encontradas até agora mostram que os habitantes da ilha faziam parte da civilização minóica, que existiu de 3000 a 1100 a.C. e deu origem à cultura da Grécia Antiga. O geólogo Walter Friedrich, da Universidade de Aarhus, na Dinamarca, é um dos principais defensores da teoria. "Platão provavelmente buscou a inspiração para seus escritos nos relatos de uma sociedade que habitou a ilha de Santorini durante a Idade do Bronze", diz Friedrich, que reuniu as descobertas sobre o tema no livro Fire in the Sea ("Fogo no Mar", inédito em português).
2006-07-09 13:15:58
·
answer #2
·
answered by nudacarol 3
·
0⤊
0⤋
A Atlântida teria sido uma antiga ilha ou continente lendário, cuja existência ou localização nunca foram confirmadas.
Originalmente mencionada pelo filósofo grego Platão em dois dos seus diálogos (Timeu e Critias), conta-nos que Sólon no curso das suas viagens pelo Egipto questiona um sacerdote que vivia em Sais, no delta do Nilo e que este lhe fala de umas tradições ancestrais relacionadas com uma guerra perdida nos anais dos tempos entre os atenienses e o povo de Atlantis. Segundo o Sacerdote, o povo de atlantis (ou Atlântida) viveria numa Ilha localizada para alem dos pilares de Heracles, onde o Mediterrâneo terminava e o Oceano começava.
Quando os deuses helénicos partilhavam a terra, a cidade de Atenas pertencia á Deusa Atena e Hefesto, mas Atlântida tornou-se parte do reino de Posídon, Deus dos mares.
Em Atlântida, nas montanhas ao centro da Ilha vivia uma jovem órfã de seu nome Clito. Conta a lenda, que Posídon ter-se-á apaixonado por ela e de maneira a poder coabitar com o objecto da sua paixão, terá divisado uma barreira constituída por uma série de muralhas de água e fossos aquíferos em volta da morada da sua amada. Desta maneira viveram por muitos anos e da sua relação nasceram cinco pares de gémeos, ao qual o mais velho o Deus dos mares baptizou de Atlas. Após dividir a ilha em dez áreas anelares, autorizou supremacia a Atlas, dedicando-lhe a montanha de onde atlas espalhava o seu poder sobre o resto da ilha.
Em cada um dos distritos (anéis terrestres ou cinturões), reinavam as monarquias de cada um dos descendentes dos filhos de Clito e Poseídon. Estes reuniam-se uma vez por ano no centro da Ilha, onde o palácio central e o templo a Poseidon, com os seus muros cobertos de ouro, flamejavam ao sol. A reunião marcava o início de um festival cerimonioso em que cada um dos monarcas dispunha-se à caça de um touro; uma vez o touro caçado, beberiam do seu sangue e comeriam da sua carne, enquanto sinceras criticas e comprimentos eram trocados entre si à luz lunar.
Atlântida seria uma ilha de extrema riqueza, quer vegetal e mineral, não só era a ilha magnificamente prolifica em depósitos de ouro, prata, cobre, ferro, etc como ainda de orichac, um metal que brilhava como fogo.
Os Reis de Atlântida, construíram inúmeras pontes, canais e passagens fortificadas entre os seus cinturões de terra, cada um protegido com muros revestidos de bronze no exterior e estanho pelo interior, entre estes brilhavam edifícios construídos de pedras brancas, pretas e vermelhas.
Tanto a riqueza e a prosperidade do comércio, como a inexpugnável defesa das suas muralhas, se tornariam imagens de marca da ilha
Pouco mais se sabe de Atlântida, segundo Platão, esta foi destruída por um desastre natural (possivelmente um terramoto ou maremoto) cerca de 9000 anos antes da sua era. Crê-se ainda que os atlantes teriam sido vitimas das suas ambições de conquistar o mundo ao serem dizimados pelos atenienses nesta tentativa. Outra tradição completamente diferente chega-nos de Diodorus Siculus, em que os atlantes eram vizinhos dos Líbios e que teriam sido atacados e destruídos pelas amazonas.
Segundo uma outra lenda, o povo que habitava a Atlântida era muito mais evoluído que os outros povos da época, e ao prever a destruição iminente teria emigrado para África, sendo os antigos egípcios descendentes da cultura de Atlântida.
Na cultura pop do século XX, muitas histórias em quadrinhos, filmes e desenhos animados retratam Atlântida como uma cidade submersa, povoada por sereias ou outros tipos de humanos subaquáticos.
Teorias e hipóteses
O tema da Atlântida tem dado origem a diferentes interpretações, umas mais cépticas, outras mais fantasiosas. Segundo alguns autores, tratar-se-ia de uma metáfora referente a uma catástrofe global (identificada, ou não, com o dilúvio), que teria sido assimilada nas tradições orais de diversos povos e configurada pelas suas particularidades culturais próprias.
Pode-se também considerar que a narrativa se insere numa dada mitologia que pretendia explicar as transformações geográficas e geológicas devidas às trangressões marinhas.
Localizações atribuídas
Há diversas correntes de teóricos sobre onde se situaria Atlântida, e quem seria o seu povo. A lenda que postula Atlântida, Lemúria e Mu como continentes perdidos, ocupados por diferentes raças humanas, ainda encontra bastante aceitação popular, sobretudo no meio esotérico. (Não confundir com os antigos continentes que, de acordo com a teoria da tectónica de placas existiram durante a história da Terra, como a Pangéia e o Sahul).
Alguns teóricos sugerem que Atlântida seria uma ilha sobre a Dorsal Atlântica, que teria sido destruída por movimentos bruscos da crosta terrestre naquele local. Essa teoria baseia-se em supostas coincidências, como a construção de templos em forma de pirâmide na América, semelhantes às pirâmides do Egito, fato que poderia ser explicado com a existência de um povo no meio do oceano que separa estas civilizações, suficientemente avançado tecnologicamente para navegar à África e à América para dividir seus conhecimentos. Esta posição geográfica explicaria a ausência concreta de vestígios arqueológicos sobre este povo.
Alguns estudiosos dos escritos de Platão acreditam que o continente de Atlântida seria na realidade a própria América, e seu povo culturalmente avançado e cobertos de riquezas seria ou o povo Chavín, da Cordilheira dos Andes, ou os Olmecas da América Central, cujo uso de ouro e pedras preciosas é confirmado pelos registros arqueológicos. Terremotos, comuns nestas regiões, poderiam ter dado fim a estas culturas, ou pelo menos poderiam tê-las abalado de forma violenta por um período de tempo.
Para alguns arqueólogos e historiadores, Atlântida poderia ser uma mitificação da cultura Minóica, que floresceu na ilha de Creta até o final do século XVI a.C.. Os ancestrais dos gregos, os Micênicos, tiveram, no início de seu desenvolvimento na Península Balcânica, contato com essa civilização, culturalmente e tecnologicamente muito avançada. Com os Minóicos, os Micênicos aprenderam arquitetura, navegação e o cultivo de oliveiras, elementos vitais da cultura helênica posterior. No entanto, dois fortes terremotos e maremotos no Mar Egeu solaparam as cidades e os portos minóicos, e a civilização de Creta rapidamente desapareceu. É possível que as histórias sobre este povo tenham ganhado proporções míticas ao longo dos séculos, culminando com o conto de Platão.
Uma interessante formulação moderna da história da Atlântida e dos Atlantes foi feita por Helena Petrovna Blavatsky, fundadora da Teosofia. Em seu principal livro, A Doutrina Secreta, ela descreve em detalhes a Raça Atlante, seu continente e sua cultura, ciência e religião.
2006-07-04 05:41:50
·
answer #4
·
answered by Anonymous
·
0⤊
0⤋