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2006-06-28 15:41:30 · 3 respostas · perguntado por Anonymous em Educação e Referência Conhecimentos Gerais

3 respostas

Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, (Pombal, 1746 — Rio de Janeiro, 21 de abril de 1792) foi um dentista prático, tropeiro, minerador, comerciante, militar e ativista político brasileiro.

Nascido numa roça no distrito de Pombal, próxima ao arraial de Santa Rita do Rio Abaixo, à época território do município de São João del-Rei, em Minas Gerais, Tiradentes era filho do português Domingos da Silva Santos, proprietário rural, e da brasileira Maria Antônia da Encarnação Xavier, o quarto dos sete irmãos. Em 1755, após o falecimento de Maria Antônia, segue junto com seu pai e irmãos para Vila São José, dois anos depois, estando agora com onze anos (1757) morre seu pai. Não fez estudos regulares e ficou sob a tutela de um padrinho, que era cirurgião. Trabalhou como mascate e minerador e tornou-se sócio de uma botica de assistência à pobreza na ponte do Rosário, em Vila Rica, e se dedicou também às práticas farmacêuticas e ao exercício da profissão de dentista, o que lhe valeu o cognome Tiradentes.

Com os conhecimentos que adquirira no trabalho de mineração, tornou-se técnico em reconhecimento de terrenos e na exploração dos seus recursos, começou a trabalhar para o governo no reconhecimento e levantamento do sertão brasileiro. Em 1780 alistou-se na tropa da capitania de Minas Gerais, em 1781 foi nomeado pela rainha Maria I, comandante da patrulha do Caminho Novo, estrada que conduzia ao Rio de Janeiro, que tinha a função de garantir o transporte do ouro e dos diamantes extraídos da capitania. Nesse período, começou a criticar a exploração do Brasil pela metrópole, que ficava evidente quando se confrontava o volume de riquezas tomadas pelos portugueses e a pobreza em que o povo permanecia. Insatisfeito por não conseguir promoção na carreira militar, alcançando apenas o posto de alferes, pediu licença da cavalaria 1787.

Morou por volta de um ano na capital, período em que desenvolveu projetos de vulto como a canalização dos rios Andaraí e Maracanã para melhoria do abastecimento de água do Rio de Janeiro, porém não obteve deferimento dos seus pedidos para execução das obras. Esse desprezo fez com que aumentasse seu desejo de liberdade para a colônia. De volta a Minas Gerais, começou a pregar em Vila Rica e arredores, a favor da independência do Brasil. Organizou um movimento aliado a integrantes do clero e pessoas de certa projeção social, como Cláudio Manuel da Costa, antigo secretário de governo, Tomás Antônio Gonzaga, ex-ouvidor da Comarca e Inácio José de Alvarenga Peixoto, minerador. O movimento ganhou reforço ideológico com a independência das colônias americanas e a formação dos Estados Unidos. Fatores regionais e econômicos contribuíram também para a articulação da conspiração de Minas Gerais, pois na capitania começara a declinar a mineração do ouro. Os moradores já não conseguiam cumprir o pagamento anual de cem arrobas de ouro destinado à Real Fazenda, motivo pelo qual aderiram à propaganda contra a ordem estabelecida.

O sentimento de revolta atingiu o máximo com a decretação da derrama, uma cobrança forçada de 538 arrobas de ouro em impostos atrasados (desde 1762), a ser executada pelo novo governador de Minas Gerais, Luís Antônio Furtado de Mendonça, visconde de Barbacena. O movimento se iniciaria na noite da insurreição: os líderes da inconfidência sairiam às ruas de Vila Rica dando vivas à república, com o que ganhariam a imediata adesão da população. Porém, antes que a conspiração se transformasse em revolução, foi delatada pelos portugueses: coronel Joaquim Silvério dos Reis, tenente-coronel Basílio de Brito Malheiro do Lago e o açoriano Inácio Correia de Pamplona, em troca do perdão de suas dívidas com a Fazenda Real. E assim, o visconde de Barbacena suspendeu a derrama e ordenou a prisão dos conjurados (1789). Avisado o inconfidente escondeu-se na casa de um amigo no Rio de Janeiro, porém foi descoberto por Joaquim Silvério dos Reis (que mais tarde, por sua delação, dentre outras coisas, receberia da coroa o título de Fidaldo) que sabia de seu paradeiro, já que o acompanhara em sua fuga a mando de Barbacena.

Entre os inconfidentes, destacaram-se os padres Carlos Correia de Toledo e Melo, José de Oliveira Rolim e Manuel Rodrigues da Costa; o tenente-coronel Francisco de Paula Freire de Andrade, os coronéis Domingos de Abreu e Joaquim Silvério dos Reis (um dos delatores do movimento); os poetas Cláudio Manuel da Costa, Inácio José de Alvarenga Peixoto e Tomás Antônio Gonzaga.

Os principais planos dos inconfidentes eram de estabelecer um governo independente de Portugal, criar uma universidade em Vila Rica, criar indústrias e fazer de São João Del-Rei a nova sede da capitania.

Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, era provavelmente o participante da conspiração de menor posição social (era alferes e dentista prático). No entanto, foi o único a assumir a responsabilidade pelo movimento. Negando a princípio sua participação, Tiradentes assumiu posteriormente toda a responsabilidade pela Inconfidência, inocentando seus companheiros. Presos, todos os incofidentes aguardaram durante três anos pela finalização do processo, alguns foram condenados a morte e outros ao degredo, posteriormente, a mando da Rainha Dona Maria I, todas as sentenças foram alteradas para degredo, com exceção apenas para Tiradentes, que permaneceu com o sentença de execução.

E assim, numa manhã de sábado, 21 de Abril de 1792, Tiradentes percorreu em procissão as ruas engalanadas do centro da cidade do Rio de Janeiro, no trajeto entre a cadeia pública e o largo da Lampadosa, atual praça Tiradentes, onde fora armado o patíbulo. Executado e esquartejado, com seu sangue lavrou-se a certidão de que estava cumprida a sentença, e foi declarada infame sua memória. Sua cabeça foi erguida em um poste em Vila Rica, os restos mortais foram distribuídos ao longo do Caminho Novo: Cebolas, Varginha do Lourenço, Barbacena e Queluz, antiga Carijós, lugares onde fizera seus discursos revolucionários, arrasaram a casa em que morava e declararam infames os seus descendentes.


Tiradentes Esquartejado - Pedro Américo (1893).Tiradentes permaneceu, após a Independência do Brasil, uma personalidade história relativamente obscura, dado o fato de que, durante o Império, os dois monarcas, D. Pedro I e D. Pedro II, pertenciam à linha masculina da Casa de Bragança, sendo, respectivamente, neto e bisneto de D. Maria I, que havia emitido a sentença de morte de Tiradentes. Foi a República - ou mais exatamente, os ideólogos positivistas que presidiram à sua fundação - que buscaram na figura de Tiradentes uma personificação da identidade republicana do Brasil, mitificando a sua biografia. Daí a sua iconografia tradicional, de barba e camisolão, à beira do cadafalso, vagamente assemelhada a Jesus Cristo e, obviamente, desprovida de verossimilhança. Como militar, o máximo que Tiradentes poder-se-ia permitir era um discreto bigode. Na prisão, onde passou os últimos três anos de sua vida, os detentos eram obrigados a fazer a barba.

Alguns dizem que Tiradentes teria sido enforcado com a barba feita e o cabelo raspado.

Tiradentes nunca se casou, mas teve dois filhos, João com a mulata Eugênia Joaquina da Silva, e Joaquina, com a ruiva Antonia Maria do Espírito Santo, que vivia em Vila Rica.

Tiradentes é considerado atualmente Patrono Cívico do Brasil, sendo a data de sua morte (21 de Abril) feriado nacional.

2006-06-28 16:50:57 · answer #1 · answered by Anonymous · 2 0

TIRADENTES(Joaquim José da SILVA XAVIER, dito), principal líder e único mártir da Conjuração Mineira, movimento político contra o colonialismo português organizado em Minas Gerais, em 1789 (São João del Rei, MG, 1746 - Rio de Janeiro, RJ, 1792). Tiradentes é considerado herói nacional e o principal precursor da independência do Brasil. Desde 1890, a data de sua morte, 21 de abril, é feriado em todo o país. Em 1965, foi declarado, por lei, patrono cívico da nação brasileira.
Infância e Juventude.Joaquim José nasceu na fazenda do Pombal, perto da vila de São José del Rei (atual Tiradentes), na comarca do Rio das Mortes, uma das áreas mais ricas em ouro e diamantes da capitania das Minas Gerais. Era mazombo(nome que se dava nos tempos coloniais ao brasileiro filho de português). Seus pais, o português Domingos da Silva Santos e dona Antônia da Encarnação Xavier, brasileira, possuíam algumas terras e escravos. Não se conhecem o dia e o mês do nascimento de Joaquim José, que foi batizado no dia 12 de novembro de 1746. Tinha três irmãos (Domingos, Antônio e José) e três irmãs (Antônia Rita, Maria Vitória e Eufrásia Maria).
Quando Joaquim José tinha 9 anos, sua mãe morreu. Dois anos depois, morreu seu pai. Os órfãos foram recolhidos pelo capitão Bernardo Rodrigues Dantas, padrinho de um dos meninos, que mais tarde dividiu as crianças entre as famílias amigas. Dois de seus irmãos tornaram-se padres. Joaquim José foi viver com seu padrinho, o cirurgião Sebastião Ferreira Leitão. Não fez estudos regulares. Tinha aprendido as primeiras letras com seu irmão Domingos e com o frei José Mariano da Conceição Veloso, seu primo. Sabia ler inglês e francês. Ferreira Leitão procurou interessá-lo por sua profissão, incentivando-o a ler livros de medicina e ensinando-lhe noções práticas de cirurgia e odontologia. Bem cedo, Joaquim José começou a ajudar o padrinho no trabalho. Fazia curativos e logo aprendeu a tirar dentes e substituí-los por dentaduras e dentes postiços, ficando conhecido na vila como o Tiradentes.
Ainda jovem, trabalhou como tropeiro e mascate(comerciante ambulante que percorre estradas vendendo produtos diversos), caminhando pelos garimpos de Minas e fazendo viagens até a Bahia. Depois, tentou a sorte na atividade mineradora. Comprou uma pequena porção de terra e quatro escravos, aplicando o que economizou como dentista. Embora essa tentativa lhe tenha deixado muitas dívidas, proporcionou-lhe alguns conhecimentos práticos sobre a natureza dos solos. Tiradentes muitas vezes foi indicado pelas autoridades para expedições de pesquisa no sertão.
Alferes.Em 1º de dezembro de 1775, com cerca de 30 anos, Tiradentes ingressou diretamente no posto de alferes (correspondente ao atual posto de segundo-tenente), na 6ª Companhia do Regimento de Cavalaria Paga de Minas Gerais. Recebeu missões perigosas, que cumpriu com eficiência, devido ao seu conhecimento dos sertões. À frente do destacamento do sertão, acabou com o banditismo na serra da Mantiqueira e combateu os contrabandistas de ouro. Comandou a guarda dos armamentos depositados no quartel de Vila Rica. Em 1781, foi nomeado pela rainha de Portugal para chefiar a patrulha do Caminho Novo, estrada que ligava Minas ao Rio de Janeiro, por onde seguiam as tropas de mulas trazendo o ouro para ser embarcado no porto do Rio. Nessa fase, fez amizades em todas as vendas e hospedarias da estrada, onde ficou muito popular. Também nessa época, quando tinha 35 anos, Tiradentes namorou uma jovem, que morava no Tijuco (atual Diamantina) e era sobrinha do padre Rolim, seu amigo e, mais tarde, também membro da Conjuração Mineira. Quando Tiradentes a pediu em casamento, através do padre, ela já estava prometida a outro. Tiradentes nunca se casou. Manteve uma relação amorosa com uma viúva residente em Vila Rica (atual Ouro Preto), da qual teve uma filha chamada Joaquina.
Em 14 anos de carreira militar, Tiradentes nunca passou de alferes. Era preterido por ser mazombo e não ter protetores influentes, o que lhe causava certo ressentimento. Em suas viagens pela capitania, via a miséria em que viviam muitos habitantes, enquanto grandes quantidades de ouro iam para Portugal. Ao mesmo tempo, lia as obras de filósofos liberais franceses do séc. XVIII e estudava profundamente a Constituição da República dos E.U.A., criada pouco antes. Aos poucos, foi amadurecendo em seu espírito a revolta contra o colonialismo português, que impedia o progresso do Brasil.
No Rio de Janeiro.Em 1787, pediu licença no regimento e foi para o Rio de Janeiro. Apresentou ao vice-rei Dom Luís de Vasconcelos alguns projetos de engenharia e hidráulica: canalização e captação das águas dos rios Catete e Maracanã, para abastecimento da cidade e edificação de moinhos; construção de armazéns para o gado a ser exportado. Viveu cerca de um ano no Rio de Janeiro, trabalhando como dentista e esperando pela resposta das autoridades de Portugal. Nesse período, reunia-se com o estudante José Álvares Maciel, que acabava de chegar da Inglaterra, com o padre Rolim e com o coronel Joaquim Silvério dos Reis. Juntos elaboraram os primeiros planos da revolta contra Portugal.
A Conjuração.Tiradentes voltou a Minas em agosto de 1788, comandando a escolta da mulher do visconde de Barbacena, novo governador de Minas. Ali se tornou o principal articulador da conspiração. Organizou um grupo do qual faziam parte pessoas de grande projeção na capitania. Era, ao mesmo tempo, um idealista e um espírito prático. Não hesitava em fantasiar os fatos para atingir seus objetivos. Garantiu a todos o apoio de potências estrangeiras à conjuração.
Em março de 1789, Tiradentes voltou ao Rio de Janeiro para receber resposta aos seus projetos de obras e para fazer contatos políticos. Ia divulgando suas idéias, sem maior cautela, pelas hospedarias e vilas do Caminho Novo. Durante sua viagem, a conspiração foi denunciada ao governador de Minas, que mandou policiais no encalço de Tiradentes. No dia 10 de maio, foi preso no Rio de Janeiro.
Prisão e Morte.Tiradentes ficou preso e incomunicável cerca de três anos. Nesse período, só foi visitado por seu confessor, o padre Raimundo Penaforte. Prestou quatro depoimentos nos tribunais criados para julgar a conspiração. Nos três primeiros, negou tudo, conforme havia ficado combinado entre os conjurados. Afirmava que não possuía "valimento nem riqueza para poder persuadir um povo tão grande a semelhante asneira". Mas, no quarto depoimento, como os outros réus já haviam confessado tudo, Tiradentes declarou que era o único culpado. Só ele foi condenado à morte. Segundo o padre Penaforte, Tiradentes comportou-se com grande dignidade em seus últimos momentos: não mostrou arrependimento, nem pediu clemência. Seu enforcamento realizou-se no dia 21 de abril de 1792, no antigo campo da Lampadosa, atual praça Tiradentes, na cidade do Rio de Janeiro. Depois de morto, foi esquartejado e as partes de seu corpo expostas em Minas. Sua memória foi declarada infame, sua casa foi destruída e o terreno foi salgado para que ali as plantas não mais crescessem.

2006-06-29 16:13:11 · answer #2 · answered by Diego 2 · 1 0

FOI O MÁRTIR DA INDEPENDÊNCIA.

2006-07-04 11:09:28 · answer #3 · answered by carmen L. 6 · 0 0

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