Existem seis continentes, sendo eles: América, África, Ásia, Oceania, Europa e Antártica. A teoria de Wegener propunha a existência de uma única massa continental chamada Pangéa, que começou a se dividir a 200 milhões de anos atrás. Esta idéia foi complementada na época por Alexander Du Toit, professor sul-africano de geologia, que postulou que primeiro a Pangéa se separou em duas grandes massas continentais, Laurásia ao norte e Gondwana no sul. Posteriormente estas duas massas teriam se dividido em unidades menores e constituído os continentes atuais.
Embora Wegener apresentasse provas extremamente fortes da sua teoria da deriva continental, falhava na explicação do mecanismo que seria responsável pela separação dos continentes. Wegener simplesmente postulou que as massas continentais teriam se arrastado sobre o assoalho oceânico, separando-se umas das outras, movidas por forças gravitacionais produzidas pela saliência equatorial.
Considerações físicas formuladas por Harold Jeffreys, importante geofísico inglês contemporâneo de Wegener, provaram que tal processo seria impossível: primeiro porque as forças alegadas por Wegener seriam muitas ordens de grandeza mais fracas do que as que seriam necessárias para produzir tal efeito e, segundo, porque o arrasto da base dos continentes sobre o fundo oceânico produziria a sua ruptura geral.
Esta fraqueza do raciocínio de Wegener, fez com que os geólogos e o mundo acadêmico, de uma forma geral, pusessem de lado, pelo menos provisoriamente, a sua teoria.
No final da década de 1950, o conhecimento do mundo submarino começou a trazer evidências da topografia submarina e, principalmente, de certas características do comportamento magnético das rochas do assoalho submarino, o que ressucitou a teoria de Wegener. Desta vez, porém, os mecanismos de deriva continental já estavam melhor estabelecidos pelo trabalho de vários pesquisadores, entre os quais se destaca o geólogo inglês Arthur Holmes. As forças geradas pelas correntes de convecção do manto terrestre são fortes o suficiente para deslocar placas, constituidas pela crosta submarina e continental.
Segundo a teoria da deriva continental, a crosta terrestre é formada por uma série de "placas" que "flutuam" numa camada de material rochoso fundido. As junções das placas (falhas) podem ser visíveis em certas partes do mundo, ou estar submersas no oceano. Quando as placas se movem umas ao encontro das outras, o resultado do atrito é geralmente sentido sob a forma de um tremor de terra (exemplo a Falha de Santo André na Califórnia).
As placas não somente se movem umas contra as outras, mas "deslizam" umas sob as outras - em certos lugares da Terra, o material que existe na crosta terrestre é absorvido e funde-se quando chega às camadas "quentes" sobre as quais as placas flutuam. Se este processo existisse só neste sentido, haveria "buracos" na crosta terrestre, o que não acontece. O que se passa de facto é que, entre outras placas, material da zona de fusão sobe para a zona da crosta para ocupar os espaços criados (exemplo, a "cordilheira" submersa no Oceano Atlântico.
Os continentes que são os topos destas placas flutuam - ou derivam - no processo. Por isso a expressão "deriva continental".
2006-06-27 13:17:10
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answered by Claudio Lima 2
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