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Parece-me que todos estão um tanto perdidos, e o nível que não pára de cair...

2006-06-23 13:42:52 · 3 respostas · perguntado por BatVal 1 em Educação e Referência Nível Fundamental e Médio

Gostei muito das 3 respostas.
Gostaria que alguém pudesse citar exemplos concretos, positivos e negativos, de experiências vivenciadas em escolas que buscam (ou não...porque se acomodaram ou vão "empurrando com a barriga"...) com seriedade sair da situação atual em que se encontram.

2006-06-28 16:27:08 · update #1

3 respostas

Olá,
gostei desta pergunta, pois sou professor há 36 anos!!!!! É verdade sim! Bem, para uma escola funcionar bem há necessidade:
a) da formação de uma equipe docente muito bem entrosada. Acredito que as direções de escola são as que mais prejudicam a união, pois formam "panelinhas" que desumem os professores.
b) de professores bem preparados e com gosto pelo trabalho, pois a remuneração, todos sabemos é ridícula.
c) de disciplina. Infelizmente, as nossas escolas são um "vale tudo" em nome de programas como "inclusão", "construtivismos" e tantos outros embrólios que atravancam o verdadeiro aprendizado.
d) bons projetos educacionais, pois enquanto cada professor ficar isolado com sua "disciplina" o aluno não terá condição de ter a visão de globalidade do conhecimento.
O espaço é pequemo, volto outro momento.

2006-06-23 16:27:33 · answer #1 · answered by sabido dos pampas 1 · 3 2

Oi, BatVal.
Esqueçamos "o pedagogês", por alguns instantes, e falemos o bom e velho Português, claro e castiço. Objetivos, estratégias, conteúdo progamático, tudo isso é pensado e escrito por pessoas. É necessário questionar até que ponto o que está escrito é sincero, ou está lá para impressionar a clientela. Até que ponto essas pessoas formam uma equipe de trabalho coesa e acreditam no que foi escrito? até que ponto essas pessoas recebem um salário justo pelo desgastante trabalho de lecionar? até que ponto têm tempo para estudar e atualizar-se; até que ponto estão convictas de sua missão? até que ponto foram selecionadas com critério. E por aí vai, BatVal. O cérebro e coração de uma escola é o ser humano . Não há projeto educacional que resista a uma equipe desmotivada, mal remunerada e, portanto, insatisfeita. Por outro lado, que tipo de formação tem esse profissional, como se recicla, tem vocação para a carreira?
Veja, que em momento nenhum abordei metodologias, técnicas e avaliações. Falei de pessoas. Dirigi escola muito tempo e sempre lutei por equipes de excelência, pessoas de excelência, com vontade para aprender , transformar e transformar-se em função de seu papel social e desenvolver seu potencial acadêmico. Meus professores sempre foram estimulados a continuar os estudos; especializar-se, ir para um mestrado ou doutorado. E olhe que a remuneração não era lá dessas coisas!
Equipe mal estruturada = fracasso do projeto educacional .
Quanto à metodologia, tanto faz, se todos, sem exceção, acreditarem na Filosofia da Escola e reunirem seus esforços para realizarem uma Educação honesta, séria e dinâmica.
Se quiser discutir mais a fundo o assunto, entre no meu MSN e me adicione, trabalho com a Internet todos os dias, realizando minhas pesquisas,menos aos domingos, quando entro somente para ler meus e-mails, no final do dia. horaciodebenedicto@hotmail.com
Abraço e sucesso para você
Horacio

2006-06-24 08:12:57 · answer #2 · answered by hbf 2 · 0 0

Prezado Colega,

Em minha opinião, nosso modelo educacional sofre de uma miopia mortal e poucos são os afortunados estudantes que conseguem encontrar discernimento, rumo e estímulo estando imersos num enfoque tão equivocado.

A educação deve viabilizar a construção de pessoas saudáveis e amadurecidas nos aspectos físico, mental e emocional, socialmente ajustadas, comprometidas e motivadas a manifestar todo seu potencial de realização.

Além disso, a educação deve preparar e estimular as pessoas a expressar sua opinião, experimentar todas as suas faculdades e aprimorar continuamente o seu senso de escolha, análise e julgamento.

A educação deve primar pela importância de edificar relacionamentos, aperfeiçoar a capacidade de comunicação e construir o entendimento.

O aprendizado de valores e atitudes orienta a conduta humana em toda a sua existência, norteando a utilidade e emprego de quaisquer outros recursos como o conhecimento.

Do que adianta aprendermos conceitos e adquirir conhecimentos havendo uma enorme imaturidade para compartilhar idéias, opiniões e valores, trabalhar e colaborar em equipe?

Outro grave equívoco em minha opinião é o fato do modelo de ensino não ser focado em experimentação e sim na apresentação de conceitos.

Entendo que a necessidade de buscar maior rendimento dos seus esforços no trabalho, levou o homem através dos séculos a aprimorar suas técnicas formando assim o conhecimento.

O trabalho é a fonte do Conhecimento, através da Experimentação, Observação e Interação.

Veja como uma criança se desenvolve nos primeiros anos. Utiliza a observação, experimentação e prática para aprender coisas desafiadoras como andar, correr, sentar, falar e interagir no mundo a sua volta.

Tudo o que aprendemos na escola foi fruto do trabalho, esforço e experimentação de alguém. A escola contudo, nos dá o peixe e não nos ensina a pescar (experimentar, observar e interagir).

O trabalho é o laboratório onde é sintetizado o saber. Ele nos dá entendimento da importância de adquirir e aplicar conhecimento para fazê-lo melhor, incentivando a dedicação ao estudo e experimentação.

No modelo atual, as pessoas estudam muitos anos para só depois ter contato com o trabalho. O trabalho através da experimentação deveria ser o nosso principal quadro negro, não com fins lucrativos mas sim de aprendizado.

A pessoa deveria aprender a ser útil, capaz e produtiva ainda na infância, adquirindo maior consciência do seu valor e potencial, procurando aprimorar seus conhecimentos, pesquisar, estudar e experimentar para agregar maior valor aos seus esforços, desenvolvendo habilidades.

Veja como o trabalho é realizado nas empresas. Utilizamos os melhores recursos disponíveis e consultamos todas as fontes de informação ao alcance, procurando uma melhor solução para os problemas.

Trabalhamos em grupo procurando compartilhar recursos e informações da forma mais harmônica possível, procurando viabilizar um clima organizacional saudável, aprendendo a ser flexíveis, negociar e ceder quando necessário.

Veja como é estimulado hoje o trabalho em equipe entre os alunos numa escola, quando há. Numa empresa existe a figura do lider de projeto, que planeja e coordena as atividades do grupo. Na maioria das escolas isto é deixado a critério dos alunos, sem disciplina e claras diretrizes.

Resultado: Baixo nível interação, resultados e sinergia.

Além disso, na escola você é condicionado a assimilar conteúdo e fazer provas desprovido de quaisquer fontes de recursos auxiliares de consulta ou facilitação.

Me diga, em que empresa se trabalha assim? Como é possível dar o máximo de si mesmo, sendo acostumado em toda a vida acadêmica a sempre contar e trabalhar com os mínimos recursos.

Nas organizações trabalha-se para fazer o máximo com uso estratégico dos meios, principalmente do tempo. Não basta fazer a tarefa ou a lição, é preciso produzir excelência.

Isto só é possível quando se foi educado para aprender a dar o máximo de si, exercitando superação ao longo de toda a carreira escolar.

Ninguém no ambiente de trabalho leva prova dos alunos para corrigir em casa. A avaliação é contínua e em tempo real, observando-se atitudes, habilidades, conhecimentos, comprometimento e resultados.

A escola atualmente vive no mundo da lua, a realidade do mundo profissional é um duro choque para a maioria de nossos estudantes.

A educação deveria construir pessoas capazes e confiantes, primeiro no âmbito do lar, depois no da sociedade e, finalmente, no trabalho profissional.

Muitos estudantes com 2º grau completo hoje em dia, não saberiam administrar a própria casa.

Habilidades básicas como fazer uma boa limpeza, organizar as coisas nos lugares, cozinhar, passar e lavar e que são básicas para que o indivíduo sinta-se útil, capaz e mais independente, deixando de ser um peso na rotina familiar, não é ensinado na escola, pois lá ainda não se descobriu a importância da experimentação, disciplina e formação de hábitos.

Atividades básicas como varrer e lavar o chão, arrumar um quarto, lavar os pratos, organizar o ambiente, fundamentais para uma interação saudável entre as pessoas no dia a dia, não são consideradas no plano pedagógico, focado mais em conhecimento e menos em capacitação para a vida.

O relacionamento saudável, útil e agregador entre as pessoas é um conhecimento diferencial, que traduz-se em comportamento, gestos e atitudes saudáveis.

Deve ser desenvolvido, estimulado e avaliado ao longo de toda a vida escolar pois expressá-lo é muito mais complexo do que ler e responder perguntas.

Como podemos esperar que estes estudantes sejam diferenciais num ambiente tão desafiador como é o do trabalho profissional se eles não são capacitados para cuidar de suas necessidades básicas como indivíduo.

Por não exercitar o trabalho experimentalmente em seu aprendizado escolar, vemos que fazer um trabalho profissional diferenciado é um desafio fora do alcance dos esforços normais da maioria de nossos estudantes.

Para transpor estas barreiras, é preciso:

SANGUE (Propósito, Determinação, Perseverança)

SUOR (Esforço, Disciplina, Superação)

LÁGRIMAS: (Renúncia a outros interesses, priorização)

Faço votos que cada pessoa tome para si o desafio de ser o principal artífice do desafio de sua educação e capacitação, não delegando para outros, 100% desta crucial missão.

É preciso valorizar, capacitar e estimular o professor, para ser um amigo, mestre, conselheiro e exemplo a ser seguido.

2006-06-24 06:58:54 · answer #3 · answered by Peregrino 6 · 0 0

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