porque é rico, pq esta sediando um dos principais eventos esportivos do mundo " Copa do Mundo", pq importa e exporta vários produtos para países diferentes, mas eu não acho ele como o país mais importante da Europa, já ke tem muitos outros países melhores, por exemplo: A França, tem vários monumentos históricos, a Torre Eifel e tbm é rico. Outro exemplo tbm é a Rússia, tem uma cidades maravilhosas:
Existe uma opinião de que São Petersburgo é uma das mais belas cidades do mundo, que não cede a Paris, Londres e Roma por sua importância histórica e cultural. "Palmira do Norte", "Veneza do Norte": com tais apelidos
caracterizam a Segunda capital da Rússia.
Pedro, o Grande, fundador da cidade, colocou no dia 16 de Maio de 1703, na ilha Zayachi, no delta do Rio Neva, a pedra fundamental da Fortaleza de São Pedro e São Paulo, dando vez ao inicio da história de São Petersburgo.
Em 1712 chega a ser a capital do Estado Russo, centro da vida política, cultural e intelectual. Convida-se os mais prestigiados arquitetos, escultores e pintores para dar um aspecto singular a nova capital. Aparecem
amplas praças, avenidas, luxuosos palácios da aristocracia, soberbas catedrais e edifícios administrativos. A Catedral de São Pedro e São Paulo, o Edifício de Doze Colégios, a Catedral de São Nicolau, o Palácio de
Inverno, a Catedral de Smolni, edifícios do Senado e do Sinodo, o Instituto de Smolni, as Catedrais de São Isaac e da Virgem de Kazan, construidos pelos desenhos de Trezzini, Chevakinski, Rastrelli, Rossi, Quarenghi, Montferrand,
Shtakenshneider e outros arquitetos de renome, criaram uma cidade única que não tem análogos no mundo. Adornam a cidade, monumentos da história russa: O Ginete de Bronze, consagrado a Pedro, o Grande, o monumento ao grande poeta russo Aleksandr Púshkin, assim como monumentos aos marechais russos Mikhail
Kutúzov e Barclay de Tolli.
As lembranças vivas das três revoluções russas são o legendário Cruzeiro "Aurora", o edifício do Instituto Smolni, antigo Estado maior da revolução e o Campo de Marte.
Em todo o mundo sabem do bloqueio de 900 dias de Leningrado durante a Segunda Guerra Mundial.
No Cemitério comemorativo Piskarevskoye estão enterrados mais de 500 mil vítimas da guerra.
Visita pela cidade
Trara-se de um percurso pela cidade que foi projetada, construída e administrada por Pedro, o Grande, no século XVIII. São Petersburgo foir erguida sobre 40 ilhas e conta com 400 pontes. Os turistas vão conhecer a Avenida Nevsky, a Praça do palácio de Inverno, o Almirantado, o histórico cruzador “Aurora”. (Em 1917 foi dado deste cruzador o sinal para o assalto ao Palácio de Inverno). Em seguda, o turista visitará a Fortaleza de Pedro e Paulo, projetada como defesa da saída ao mar Báltico.
Museu Hermitage
É a maior galeria de arte da Rússia e uma das mais importante do mundo. O Hermitage foi originalmente construído do como residência de Inverno dos Czares russos no século XVIII. Tem, aproximadamente, 400 salas abertas à visitação, distríbuídas em 5 palacetes.
Petrodvorets
Foi residência de Verão de Pedro I e de Catarina I. Possui, em todo o território do enorme parque, feito à maneira francesa, numerosas fontes, estátuas e palacetes. Milhares de turistas de todo o mundo visitam anualmente Petrodvorets. A cadeia de fontes que o embelezam dão a sensação inesquecível de festa.
Púshkin
Nesta cidadezinha, que se localiza nas proximidades de São Petersburgo, encontra-se um suntuoso Palácio de Catarina II. Tem numerosas salas luxuosas, dentre elas a “Câmara de Âmbar”, de renome mundial. A cidade é, sem exagero, um verdadeiro jardim: no verão as suas pequenas ruas e rotundas se inundam de flores.
Catedral de Santo Isaac
É um templo majestoso do século XIX em estilo neoclássico. É o maior templo da Rússia: neles estão expostos mais de 400 quadros e ícones.
Museu Russo
Este museu possui uma rica coleção de quadros dos mais famosos pintores russos dos séculos XVIII-XIX. Tem, também, Ícones.
Teatro Mariinsky
O Teatro Acadêmico de Ópera e Ballet Kírov (atualmente chamado Teatro Mariinsky) conserva, ao longo de anos, as tradições clássicas dos seus primeiros diretores. Nos nossos dias este teatro é a escola da nova geração de bailarinos (como, por exemplo, Uliana Lopathina) e da nova interpretação das óperas clássicas.
Passeio de Barco
Pelos rios e canais da cidade de São Petersburgo. Trata-se de um percurso romântico que dá a oportunidade de observar, a partir de outro ângulo, a pitoresca arquitetura de São Petersburgo, a “Veneza do Norte”.
Museu Etnográfico
Este museu é um dos mais interessantes da cidade de São Petersburgo. Tem amostras de trajes tradicionais, objetos pessoais e domésticos de todos os povos da ex-União Soviética onde se cruzam usos e costumes do Oriente, o islamismo e o cridtianismo, as épocas medieval e moderna.
Palácio Nikolaievsky e Balé Folclórico
Há muito tempo atrás, nos magníficos salões do Pálacio Nikolaievsky as mesas eram postas para os Tzares. Hoje, todos que vistam São Petersburgo, têm a oportunidade de estar envolvidos nessa grande tradição de banquetes, almoços e jantares que lhes serão servidos no mais alto nível. Aos clientes, serão oferecido o mais variado menu e todo tipo de cozinha. De acordo com a sua preferência, a refeição poderá vir acompanhada por uma performace de um grupo folclórico ou por um quarteto de cordas.
Templo do Salvador Sobre o Sangue
A Igreja da Ressureição de Cristo (1883-1907), reaberta recentemente após décadas de penosos trabalhos de restauração, é mais conhecida pelo nome de Templo do Salvador sobre o Sangue. Foi construída no local onde o czar Alexandre II foi assassinado num atentado a bomba no 1° de março de 1881. Uma parte do pavimento ensangüentado foi incluída no interior do futuro templo (o local é indicado por uma cruz de cristal de rocha), inspirado na Catedral de São Basílio da Praça Vermelho, em Moscou. Seu riquíssimo interior é decorado com mármores italianos, pedras preciosas e semipreciosas, jaspe e mais de sete mil metros quadrados de mosaicos de inestimável valor artístico, uma realização única da arquitetura russa.
2006-06-20 05:03:08
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answered by mayck_157 1
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O debate europeu sobre livre mercado
Em poucas semanas, a União Européia testemunhou a rejeição de sua Constituição e do plano orçamentário para os anos de 2007-2013. Entre outras razões, os eleitores franceses e holandeses disseram “não” à Constituição européia para demonstrar seu descontentamento com os polÃticos e com sua incapacidade de revitalizar as economias mornas de vários dos paÃses da União, além do temor em relação ao que o futuro pode reservar à s pessoas acostumadas a empregos seguros e aos benefÃcios generosos concedidos pelo Estado. Com relação ao orçamento, os 25 membros da UE não chegaram a um acordo sobre como gastar o dinheiro resultante da contribuição dos paÃses membros, sobretudo em virtude da confrontação entre a França e o Reino Unido no que diz respeito aos subsÃdios agrÃcolas. O primeiro-ministro britânico vetou o acordo em torno do orçamento porque entendeu que colocava em risco o desconto que o Reino Unido recebe sobre sua contribuição para o orçamento da UE. O desconto existe porque os britânicos dão mais dinheiro do que recebem, e foi criado porque a polÃtica agrÃcola comum (PAC) da UE absorve boa parte do orçamento europeu.
A rigor, a possibilidade de as nações membros da UE continuarem ou não a manter suas redes de segurança social e privilégios empregatÃcios — planos de saúde generosos e pensões, empregos seguros, férias longas e jornada semanal de trabalho reduzida — em face de uma economia há tempos em desaceleração, não é nenhuma novidade. Contudo, o “não” dos holandeses e franceses, e o impasse em torno do plano orçamentário — além do envelhecimento da população, da crescente concorrência de nações de mão-de-obra barata, como a China e ex-paÃses comunistas do leste europeu —, lançaram novas luzes sobre a questão. Como se não bastasse tudo isso, em 14 de junho, um funcionário do alto escalão do governo americano censurou os lideres europeus por recorrerem a uma retórica anticapitalista. John Snow, secretário do Tesouro dos EUA, instou com os governos europeus para que prosseguissem com as reformas favoráveis ao livre mercado, aconselhando-os também a que evitassem palavras e polÃticas capazes de afugentar os investidores, informou o Financial Times.
Especialistas da Wharton e de universidades européias dizem que os paÃses membros da UE — especialmente os membros do núcleo denominado de Velha Europa: França, Alemanha e Itália — devem buscar o livre mercado e instituir reformas ao estilo anglo-saxônico, se quiserem acender a centelha apagada de suas economias. De modo particular, os estudiosos apontam as leis trabalhistas, que dificultam e encarecem a contratação e a demissão de trabalhadores. Alguns, porém, dizem que a Europa pode alcançar Ãndices de crescimento mais elevados, como o medido pelo PIB, sem abandonar por completo as polÃticas de bem-estar social que estiveram sempre no âmago da identidade européia desde o final da Segunda Guerra Mundial.
“Há anos discute-se essa questão, mas nem a França e nem a Alemanha se mostraram dispostas até agora a enfrentá-la com seriedade”, observa Richard Marston, professor de Finanças da Wharton e diretor do Centro Weiss de Pesquisa Internacional na área de Finanças da instituição. Os governos europeus, acrescenta Marston, “precisam se mostrar dispostos a empreender reformas bastante radicais”.
“Os velhos gigantes adormecidos da Europa — França, Alemanha e Itália — necessitam de reformas urgentes para flexibilizar seus mercados de trabalho e dar sustentabilidade a seus sistemas previdenciários”, assinala Rick van der Ploeg, professor de Economia do Instituto Universitário Europeu em Florença, na Itália, e ex-membro do gabinete de Wim Kok, ex-primeiro-ministro da Holanda. “Eles protegem demais suas indústrias e pautam-se por uma agenda mais defensiva do que ofensiva. Com isso, atrasam o avanço do continente.”
“Muita gente concorda que a Europa continental precisa adotar polÃticas mais simpáticas ao mercado”, observa Bruce Kogut, ex-professor de Administração da Wharton e atual professor do INSEAD, na França. “Contudo, os americanos costumam acreditar, equivocadamente, que os paÃses onde há grandes benefÃcios sociais não crescem ou não são ricos. Isso é simplesmente falso. Há muitos paÃses, como a Dinamarca ou a Holanda, onde os nÃveis dos benefÃcios sociais são elevados e as taxas de desemprego, relativamente baixas.”
Evidentemente, o desempenho econômico da Europa deixou muito a desejar nos últimos anos. Entre os 12 paÃses que utilizam o euro como moeda comum, o crescimento do PIB deverá cair de menos de 2%, em 2004, para 1,25%, em 2005, antes de tornar a bater em 2% em 2006, segundo dados da Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico. Já nos EUA, o crescimento do PIB foi de 4% em 2004, e deverá ser de 3,6%, em 2005, e de 3,3%, em 2006, de acordo com números da OCDE.
Além disso, as diferentes ênfases de aplicação dos princÃpios do livre mercado resultaram em diferenças econômicas importantes no âmbito da UE, principalmente por causa da recente ampliação do grupo. De acordo com Juan Antonio Maroto, professor da Universidade Complutense de Madri, “a renda per capita da Irlanda é três vezes superior à da Letônia. Além disso, as diferenças competitivas entre a Finlândia e a Bulgária, uma das candidatas ‘aguardando entrada no bloco’, são maiores do que as existentes entre os EUA e Botsuana”.
“Destruição criativa”
Frederique Sachwald, economista do Instituto Francês de Relações Internacionais, diz que muitas vezes há uma ênfase exagerada sobre as reformas do mercado de trabalho como forma de revitalizar as economias européias. Um volume maior de concorrência nos segmentos de bens e serviços, sobretudo na França e na Itália, “contribuiriam para processo de ‘destruição criativa’, observa a professora na expressão celebrizada pelo economista Joseph Schumpeter.
Sachwald enfatiza que o nÃvel da reforma necessária varia de um paÃs para o outro. “Os paÃses membros da UE apresentam enormes diversidades nesse aspecto”, explica. “Alguns crescem a ritmos sólidos, como a Irlanda e o Reino Unido. A Espanha tem crescido, mas falta fôlego à economia; além disso, a produtividade do paÃs é baixa porque a geração de empregos ocorre no setor de construção, e não na indústria. Os paÃses escandinavos implementaram reformas drásticas desde os anos 90, e também contam grandes avanços na área de pesquisa e desenvolvimento, mas nem por isso apresentam um crescimento significativo. Os novos membros da UE [os dez paÃses da antiga Europa oriental que se juntaram à UE em 2004 e hoje são conhecidos como Nova Europa] são nações emergentes que crescem com relativa solidez enquanto buscam, ao mesmo tempo, a liberalização dos seus mercados. Atualmente, os três paÃses do continente passam por um crescimento lento e têm altas taxas de desemprego: França, Alemanha e Itália. Os três caminham em ritmos diferentes no que se refere à implementação das reformas.”
Franklin Allen, professor de Finanças da Wharton, observa que as alÃquotas de impostos na Alemanha e na França são igualmente problemáticas, já que desestimulam as pessoas de buscarem trabalho nesses paÃses. “Os paÃses que parecem estar bem são aqueles que fizeram reformas tributárias cujos resultados mudaram a forma como as pessoas trabalham. Conversei com alunos franceses de MBA a esse respeito. Se perguntarmos a eles se pretendem voltar para casa depois de se formarem, a maioria dirá que ‘não, vamos para Londres’. à difÃcil para as pessoas progredirem economicamente por causa da estrutura tributária vigente nos seus paÃses. Eu cresci no Reino Unido e, na época, o PIB era de 30% a 40% inferior ao da Alemanha e da França. Hoje, a situação é outra.”
Muitos especialistas, porém, acreditam que as reformas do mercado de trabalho sejam cruciais para o crescimento econômico.
Richard J. Herring, professor de Finanças e diretor do Instituto de Gestão e Estudos Internacionais Joseph H. Lauder, da Wharton, diz que os problemas econômicos da Europa têm origem no nÃvel e no tipo de benefÃcios que recebem muitos dos habitantes da “Velha Europa”, bem como na forma como esses benefÃcios são financiados. Em primeiro lugar, os benefÃcios protegem os desempregados de perdas consideráveis de renda e não os obriga a passar por programas de reciclagem, para que tenham condições de conseguir uma recolocação. Assim, os paÃses acumulam enormes quantidades de desempregados sem grandes motivações e habilidades que lhes permitam encontrar um novo emprego. Além disso, os benefÃcios são, de modo geral, financiados por meio de impostos que recaem sobre a mão-de-obra empregada. Isto significa que as despesas gerais indiretas resultantes da contratação de um trabalhador são bastante elevadas, e por isso mesmo as empresas relutam em contratar quando a demanda aumenta.
Muita gente da Velha Europa ainda prefere esse sistema, porém é cada vez mais difÃcil sustentá-lo. “A globalização, e no caso particular da UE, a expansão em direção ao leste, à Nova Europa, é vista como uma ameaça ao sistema, porque os paÃses com uma rede de segurança social mais espartana, via de regra, produzem bens e serviços a custos mais reduzidos”, diz Herring. “O euro é um complicador, porque a taxa de câmbio não pode ser utilizada como mecanismo de ajuste pelos paÃses. A moeda comum tem taxas de juros baixas demais em alguns paÃses, como Espanha e Irlanda, e altas demais em outros, como a Alemanha. à claro que a ameaça não vem apenas da Nova Europa, mas principalmente da Ãsia. A Velha Europa bem que gostaria de escolher as fatias da globalização que considera mais apetitosas, mas nesse caso não há serviço à la carte.”
Marston, da Wharton, ressalta que um dos motivos pelos quais a taxa de desemprego na Alemanha e na França é tão alta — pouco acima de 10% em ambos os paÃses — é que seus mercados de trabalho são rÃgidos demais.
“Nos EUA, quando a taxa de desemprego passa de 4,5% para 5%, achamos que as coisas não estão bem”, diz Marston. “Na Europa, porém, as taxas de desemprego são de 10% ou 12%, o que significa que há algo de muito errado acontecendo. Há restrições embutidas nas cláusulas de contratação e, mais importante ainda, nas cláusulas de demissão. Na Alemanha, é preciso passar por um conselho trabalhista para articular a forma de demissão do trabalhador. Além disso, os benefÃcios sociais concedidos aos desempregados são muito mais generosos do que nos EUA. Há menos pressão para que o indivÃduo encontre um novo emprego. A microeconomia da Europa trabalha contra o pleno emprego.”
Mauro F. Guillen, professor de Administração Internacional da Wharton, diz que outra questão fundamental com que deparam os mercados de trabalho das economias européias diz respeito à s regulamentações nacionais em algumas indústrias de serviços, que continuam a impedir a formação de um mercado simples e livre. “Há uma espécie de rigidez na Europa que não se vê nos EUA, e que será difÃcil de vencer. Existem barreiras lingüÃsticas, culturais e jurÃdicas — por exemplo, há diferentes sistemas de impostos —, o que dificulta o deslocamento das pessoas pela UE. Portanto, a Europa como um todo terá um mercado de trabalho rÃgido durante algum tempo.”
Nicholas Souleles, professor de Finanças da Wharton, também acha que as reformas do mercado de trabalho são crÃticas para o crescimento a longo prazo, porém salienta que não serão prontamente aceitas, uma vez que os custos imediatos talvez sejam difÃceis de suportar. “O problema é que há um custo de curto prazo implÃcito nesse tipo de mudanças em economias já por si sós bastante debilitadas.” Imagine, por exemplo, que uma nova lei reformista reduza as restrições vigentes nos casos em que uma empresa pode demitir seus empregados. Essa flexibilidade pode ser benéfica no longo prazo, mas pode também aumentar as taxas de desemprego a curto prazo. “Talvez haja um aumento no número de demissões, e se isso ocorrer em perÃodos de desemprego elevado, pode ser difÃcil de implementar.”
Souleles acrescenta que é importante para a liderança polÃtica e sindical “engolir esse sapo” e se concentrar no longo prazo, porque as atuais restrições sobre contratação e demissão, cujo objetivo é manter as taxas de desemprego em patamares baixos, talvez não estejam produzindo o efeito pretendido. “A mão-de-obra é, de longe, o maior componente dos custos de uma empresa. Se observarmos os grandes indicadores macroeconômicos desses paÃses, o que mais salta à vista é o elevado Ãndice de desemprego.”
Atitudes antigas sobre criação de valor
Van der Ploeg, do Instituto Universitário Europeu, aponta outro grande obstáculo ao crescimento econômico — isto é, “um sistema educacional superior com pouca diferenciação e que não prepara os jovens mais brilhantes para correr riscos, olhar para frente e inovar”. Para que haja uma reviravolta em suas economias, van der Ploeg crê que a Alemanha, França e outros Estados com sistemas de benefÃcios sociais generosos, devem “elevar a idade nominal e efetiva da aposentadoria, instituir jornadas mais longas de trabalho e estimular o trabalhador a correr riscos e a empreender”.
Kogut acredita que “um sistema universitário melhor ajudaria. Em muitos paÃses, o perÃodo de ensino é longo demais, a qualidade das instalações precárias e o divórcio entre ensino universitário e empresas é muito grande’. Além disso, Kogut aponta três fatores que inibem o crescimento econômico: “O primeiro deles é que ainda há muitos entraves burocráticos a vencer em muitos paÃses, mas não todos. Em segundo lugar, em alguns paÃses, os impostos e taxas cobrados das empresas continuam altos. Em paÃses como a Suécia, contrariamente ao que se imagina, o ambiente para os negócios é bastante positivo nesse sentido. Em terceiro lugar, há uma certa mentalidade na Europa que talvez seja o obstáculo mais difÃcil de vencer: os europeus não conseguem entender o capital de risco e as novas empresas. Ãs vezes, olham com suspeita a criação de riqueza e o poder polÃtico que segue em sua esteira. à preciso lembrar que os grandes negócios na Europa possuem uma história heterogênea.”
Vanessa Strauss-Kahn, professora de Economia do INSEAD, diz que muitos cidadãos franceses que votaram pelo “não” à constituição européia foram motivados pelo fraco desempenho econômico do paÃs. Contudo, Strauss-Kahn e outros, observam que houve também outros motivos, que vão desde o temor da disputa por empregos por parte de trabalhadores de baixa renda do leste europeu, até o confronto com um texto longo e complexo que pouca gente provavelmente leu, e mesmo os mais instruÃdos não entenderam. Além disso, acrescenta, “há uma pequena porção, talvez entre 10% a 15% dos eleitores, que são contra a Europa e sempre serão.”
Será que voto contrário da França torna mais difÃcil a implementação das reformas de livre mercado no paÃs? “Por um lado, nota-se que as pessoas não estão felizes com a vida que vêm levando, portanto deveria ser fácil implementar as reformas”, diz Strauss-Kahn. “Por outro lado, algumas reformas mexem com os mercados de trabalho, portanto não serão bem aceitas. O próximo governo terá pela frente um desafio bastante espinhoso.”
Nem tudo está perdido
A elite polÃtica européia e vários analistas ficaram atônitos — e é natural que tenham ficado — depois do “não” da França e da Holanda. Alguns se perguntaram se essa votação não seria o inÃcio do fim da integração européia. Não há dúvida de que a rejeição da constituição foi um golpe para as autoridades eleitas — sobretudo para o presidente francês, Jacques Chirac, defensor da constituição — e suscita realmente muitas incertezas sobre o futuro da UE. Contudo, alguns dos entrevistados pelo Universia-Knowledge@Wharton acreditam que os votos — ao refletir as preocupações dos cidadãos comuns, tão poucas vezes questionados pela liderança da UE sobre assuntos essenciais — podem também ajudar na reorientação do pensamento dos polÃticos, dos executivos de negócios, lÃderes trabalhistas e trabalhadores, permitindo que busquem meios que possibilitem a adoção das reformas e, ao mesmo tempo, preservem em grande parte a rede de segurança social da Europa. Na verdade, alguns paÃses e empresas já estão caminhando nessa direção.
“Além da Irlanda e do Reino Unido, que são de fato pólos extremos no contexto europeu, deparamos com muitos paÃses testando reformas importantes: Finlândia, Suécia, Dinamarca, Holanda”, diz Kogut. “Não é de surpreender, portanto, que a França esteja começando a discutir o modelo escandinavo novamente; desta vez, porém, como modelo para reformas de mercado acompanhadas de polÃticas sociais.”
Kogut acrescenta que “o emperramento da Constituição é uma coisa boa sob muitos aspectos. Ele retarda a taxa de expansão, criticada por muita gente; é como se fosse um basta à imigração até que os paÃses aprendam a se integrar; talvez resulte ainda em mais democracia na representação européia. à claro que muitos interpretarão isso como uma vitória da esquerda quando, na verdade, a vitória foi da extrema direita, cujo peso é enorme na França assim como em outros paises”.
Marston observa que houve passos positivos na Alemanha e França rumo à flexibilização dos mercados de trabalho. Quando a Siemens, por exemplo, cogitava em abrir uma nova fábrica na ex-Europa do leste, pediu ao sindicato dos trabalhadores que renegociasse o contrato de trabalho. O sindicato concordou, dizendo que era melhor renegociar do que perder empregos. Contudo, reformas devastadoras do tipo que os economistas acreditam que sejam necessárias para acelerar o crescimento das economias européias continuam muito distantes. Marston explica que “no setor privado, a concorrência do leste europeu implica que os sindicatos devam começar a abrir mão de algumas reivindicações em situações especÃficas. Contudo, em relação á Europa como um todo, os sindicatos se oporão à s tentativas de qualquer mudança séria. Será uma batalha ferrenha.”
Lembre-se de Margaret Thatcher
Marston diz que a Europa deveria olhar para a Grã-Bretanha como exemplo de paÃs que mudou radicalmente sua economia por meio de reformas de livre mercado — a começar com a eleição, em 1979, de Margaret Thatcher para o posto de primeiro-ministro.
Van der Ploeg concorda. “Não é só a constituição que está morta, Chirac e Schroeder (primeiro-ministro alemão) também estão quase mortos politicamente.” Talvez, acrescenta van der Ploeg, o primeiro-ministro Tony Blair “possa empurrar a Europa adiante”. Indagado se a rejeição da constituição pela França e Holanda tornaria mais fácil ou mais difÃcil a implementação das reformas nesses paÃses, van der Ploeg responde: “Curiosamente, seria mais fácil se os velhos lÃderes da Velha Europa sofressem derrotas humilhantes e fossem substituÃdos por lÃderes mais inclinados à s reformas.”
Allen, da Wharton, acredita que a filosofia econômica anglo-saxônica, admirada pelos membros mais novos da UE, será outro fator favorável à implementação das reformas em prol do livre mercado. “Creio que os paÃses do leste europeu são favoráveis à visão britânica do mundo. Eles não pensam em uma grande integração; querem os benefÃcios econômicos proporcionados pela UE sem sua intromissão polÃtica.”
Strauss-Kahn, por sua vez, acredita que a UE pode caminhar em direção a reformas ao estilo anglo-saxão mantendo, ao mesmo tempo, seu guarda-chuva tradicional de benefÃcios sociais. Ela cita a Suécia como exemplo para a França, Alemanha e outros paÃses emularem, e assinala que o paÃs preservou “uma grande rede de segurança” para seus cidadãos e foi capaz, ao mesmo tempo, de estimular o crescimento econômico instituindo amplas reformas de livre mercado nos últimos cinco ou seis anos.
“Gostaria de algo que ficasse entre o modelo econômico anglo-saxão e o europeu”, diz Strauss-Kahn. “Acredito em esquemas de redistribuição, como se vê na França e na Alemanha. Sou a favor da jornada de 35 horas. Por outro lado, é evidente que há grandes obstáculos nos mercados de muitos paÃses; além disso, a experiência já mostrou que é possÃvel fazer com que o mercado trabalhe um pouco melhor.”
Com relação ao orçamento, Maroto acredita que o desconto britânico não resolveria os problemas econômicos do Reino Unido, e que a PAC não pode resolver os problemas da agricultura francesa subsidiada. Não obstante, tudo isso aponta para o fato de que, do ponto de vista polÃtico, “nem Blair, nem Chirac podem demonstrar fraqueza diante dos seus eleitores”. No fim das contas, diz Maroto, “será necessário chegar a um acordo, e não apenas entre os sócios ‘menos ricos’, mas um acordo que leve em conta também o interesse puramente comercial das ‘locomotivas européias’, cujas vendas de bens e serviços no âmbito da UE dependerá, obviamente, da disposição de seus colegas em pagar por eles”.
2006-06-22 08:58:20
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answer #6
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answered by Midi㠌 2
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