Antes de iniciar esta breve sÃntese é necessário inculcar nos meus contraditores, o caráter dúbio de algumas “traduções”, tidas como “perfeitas” e incontestáveis. Darei a eles uma modesta erudição a respeito da indução ao erro histórico cometido por alguns “tradutores”. Quem sabe os levarei a escabichar centenas de volumes. De inicio, evoco o Venerável Grande Mestre Isidore Kozminzky (Victoria, Austrália): “A BÃblia? – Não há sombra de dúvida que o grande livro perdeu muito com traduções e retraduções equivocadas” – “Muitas passagens excelentes são assim pouco acuradas e dúbias”. Por exemplo, no livro de Jô, 36, versÃculo 31: “Hatheqeher modenuth kimahao moshecoth tipetech”? – à traduzida por muitos autores, afirmando o seguinte: “Podeis dominar a doce influência das plêiades ou soltar as faixas de Ãrion?”. Quando ao certo e/ou acertadamente traduzida, significa o seguinte: “Podeis dominar os tremores do calor e desatar os selos do frio?”. Plêiades: reunião de pessoas ilustres. Fica patente que os antigos tradutores não tinham conhecimentos lingüÃsticos e/ou cientÃficos, suficientes para entender o significado da palavra plêiades aliada a palavra Ãrion. Nenhum homem de sabedoria do mundo antigo escreveria coisa semelhante a “doce influência das plêiades”. Até porque, não era sabido, naqueles tempos, que Ãrion estava situada a 27 graus de Touro. Somente mais tarde, ou seja, passados alguns milênios, os sábios da matéria descobriram um ponto perigoso que tem influência distintivamente adversa sobre os olhos da remota antiguidade. Muito mais tarde, foi descoberto que este ponto se situava exatamente, na conjunção do sol e da lua, alinhados com todos os planetas. Deus, certamente, enquanto Supremo Arquiteto do Universo, sempre soube disso, até por ser o criador do céu e da terra. Mas, os autores, não possuÃam e, ainda não possuem os mesmos conhecimentos do Pai Criador. Não existe nenhuma possibilidade de revelação, intuição e/ou inspiração, pois falamos de autores, não de reveladores ou profetas. Não me incluo nas fileiras dos crÃticos da BÃblia Sagrada, muito pelo contrario, vejo este livro como uma biblioteca de excelências e um tesouro de verdadeiro conhecimento. Mas, não podemos deixar de reconhecer e apontar os danos provocados pelos tradutores oficiais ao tentarem excessivas liberdades eruditas, com os textos antigos. Afora, é claro, os interesses clericais na adição de sentidos diversos a está e/ou outras passagens, induzindo inverdades aos leitores. Daà ocorreu algumas passagens “fantasiosas” e “mágicas”, narradas a interesses diversos. Um atentado violento à inteligência dos futuros leitores e/ou seguidores do livro sagrado. Ou não? Para quem proclamou e executou com requintes de crueldade, o perÃodo negro da história cristã: a inquisição, não seria nenhuma novidade, alterar textos sagrados, a bel prazer. Ou não? Espero que algum dia, talvez, de renascença filosófica do homem do futuro, possa florescer suficiente estimulo, para resgatar e corrigir certas imperfeições. Espero que a humanidade futura esteja voltada para uma correta compreensão do significado hermético do texto: “A sabedoria é melhor do que a força, as armas de guerra que certamente hão de levar nosso planeta a destruição”. Texto de Isidore Kozminzky, psicografado em 1987. Outro texto inspirado no mesmo perÃodo, vindo do Venerável Grande Mestre Oswald Spengler (historiador alemão): “Entre os sentimentos primordiais a angustia cósmica é sem dúvida o mais criativo; a ela deve o homem as formas e as figuras mais profundas e amadurecidas não somente de sua vida interior consciente, mas, também dos reflexos dela nas inúmeras obras externas produzidas pela civilização humana”. Como a harmonia secreta, não é perceptÃvel para todos a angustia cósmica transparece através da linguagem das formas de cada verdadeira obra de arte, filosofia e/ou de cada ação mais significativa. E, é na mesma angustia cósmica, audÃvel para poucos, que reside à base dos grandes problemas de cada matemática de nossas vidas. Somente o homem morto das cidades crepusculares, da Babilônia de Hamurabi, da Alexandria de Ptolomeu, da Bagdá Islâmica, poderá nos dizer certas verdades. O sofista puramente intelectual, o sensualista darwiniano convicto, a esquece e/ou a nega, interpondo uma “divisão da visão cientifica do mundo”, sem mistérios entre si e a realidade externa. No auge do florescimento da sabedoria das grandes civilizações estas evocações dão lugar ao mundo perfeito das formas das artes, das correntes do pensamento religioso, fÃsico e, sobretudo, matemático, que nos indicarão as equações verdadeiras do sentido da vida e da morte. A angustia cósmica é um órgão comum, o único conhecido pela alma que se realiza na verdadeira concepção do espaço cósmico. Podemos seguir vários caminhos de busca, seja no absoluto da fÃsica de Newton, no interior das catedrais góticas e/ou das mesquitas mouras; seja na infinidade atmosférica dos quadros de Rembrandt e/ou de seu reflexo nos mundos obscuros da sonoridade dos quartetos Beethovenianos; seja na concepção dos Poliedros de Euclides e/ou nas esculturas do Partenon, nas pirâmides do Antigo Egito e/ou no Nirvana Budista; seja enfim, na idéia de Deus de Ãsquilo, de Plotino de um Dante e/ou na energia espacial do inteiro universo da tecnicidade moderna. Afirmam, entre parêntesis, algumas das antiqüÃssimas Tradições Herméticas, sejam Ocidentais e/ou Orientais, que a cabeça e o coração são as sedes mais nobres do homem. De fato, no lugar correspondente ao coração há o chacra (centro psÃcofluÃdico) cardÃaco, enquanto que na cabeça há o chacra da terceira visão (entre os olhos), e no teto da cabeça há o chacra coronário ou Flor de Lótus de 999 pétalas conforme afirmam os Orientais. Realmente, ninguém pode negar que a cabeça é a sede mais nobre do homem, para onde convergem todos os centros (sete ao todo) e, mais exatamente, por ser o único voltado para o alto. Seguindo esta linha de pensamento antiqüÃssimo, ninguém pode negar e/ou tirar a verdadeira função cósmica da cabeça: irradiação e recepção da energia cósmica. Ou seja, somos uma antena sustentada por um corpo que se movimentam graças ao auxilio de duas pernas. Seguindo esta linha de pensamento antiqüÃssimo, ninguém pode negar que a cabeça esconde muitos mistérios. Mistério que se diga de passagem, a ciência moderna ainda não conseguiu decodificar e/ou desvendar completamente, exceto a estrutura craniana e a fenomenologia bioelétrica das ondas cerebrais. Contudo, ainda não se sabe ao certo o porquê do não aproveitamento de toda a área cerebral, o que limita o conhecimento de alguns homens ditos intelectuais da ciência moderna. Seguindo esta linha de pensamento antiqüÃssimo, ninguém pode negar que quanto maior a área melhor será seu aproveitamento? Há controvérsias, como por exemplo, o caso de certos autores e/ou tradutores “cabeçudos”. Talvez a natureza, em sua infinita sabedoria, aguarde o momento, por sinal tragicamente ainda muito distante, no qual o ser humano racional tenha finalmente uma ética sólida e definitiva, para receber o galardão da inteligência cabal. Enquanto isso não ocorre, vamos continuar escrevendo a nossa sÃntese daquilo que se convencionou chamar de: O grande segredo do santuário. Por conta das traduções equivocadas, a humanidade se encontra totalmente alheia ao sentido da vida. A vida que circula na célula dos seres vivos deste planeta, desde um modesto pé de capim até o homem racional. Qual é a verdadeira origem dessa vida? A célula humana está imobilizada no órgão, mas a corrente vital levada pelo sangue, passa apressadamente por ela. A célula retém para si tudo o que precisa para dar a vida e, cumprir sua função. A corrente vital é a mesma em toda parte e, em todos os seres, alimentando e transformando cada célula. A saliva, o suco gástrico e a bÃlis, são segredados por que as células são alimentadas pela corrente sanguÃnea. No final do processo vital, a célula nervosa transforma em inteligência, esse mesmo agente produtor de diferentes fenômenos. Resta saber como é possÃvel que uma mesma força, a vida, seja transformada em forças de ordens complementares diversas, adaptadas a órgãos de funções totalmente diferentes? Então, no passado, o egÃpcio antigo, se fechava no laboratório do templo e observava um raio de luz branca que se dividia em cores variadas quando tocava o prisma a sua frente. As cores dependiam da espessura do vidro atravessado pela luz solar. Este fenômeno era suficiente para o egÃpcio compreender a natureza da vida. Talvez, ele já tivesse uma resposta para a pergunta acima? Por analogia, a vida que circula no homem pode ser comparada à luz branca, se olharmos a cada um dos órgãos, como pedaços diferentes do prisma. As cores diferentes equivalem aos diferentes órgãos, dos mais grosseiros e simples aos mais sutis e delicados, da estrutura rude do esqueleto à origem impalpável da inteligência humana. O que hoje se aplica ao prisma, cristais e cores, são no mÃnimo ridÃculos, comparado com o que se aplicava no Egito Antigo. A civilização egÃpcia deixou-nos um legado hermético que vai do simples prisma, até a trepanação (cirurgia do cérebro), com assepsia de fazer inveja ao melhor dos nossos hospitais. No segundo volume deste guia, falaremos um pouco mais a respeito das descobertas cientificas da civilização egÃpcia. Assim, começamos a nós aprofundar nas bases sólidas da medicina hermética do passado, que comparada com a utilizada no presente, chega a ser hilária. Então pergunto aos doutores da medicina hermética do presente: De onde vem a corrente vital? Com certeza, teremos uma resposta complicada, para tentar explicar o obvio: Do sol e do ar, onde os glóbulos do sangue vão buscar e conduzir através do organismo, à corrente vital. Encontramos no Bhágavad-Gitã, uma resposta com 5.000 anos dando conta do seguinte: “Apãne juhvati prãnan prãne pãnam tathãpare prãnãpana-gatà ruddhvã prãnãyama-parãyanãh apare niyatãhãrãh prãnan prãnesu juhavati” – tradução: “Ar que age para baixo oferecem o ar que age para fora do ar que sai do ar que desce do movimento refreando transe resultante da suspensão de toda a respiração”. Este é o maior de todos os segredos dos santuários. A ciência do controle da respiração pelo sistema Yoga é denominada Prãnãyãma, e é praticado no inicio do sistema Hatha-Yoga através de diferentes posturas na posição do lótus. Fica o alerta de que tal experiência não deve ser praticada sem o auxilio de um Mestre e/ou profundo conhecimento na matéria. Em sÃntese, o homem inspira o ar da natureza e transforma a vida terrestre em vida humana. O cérebro transforma a vida humana em vida cerebral, o fÃgado em vida hepática e, assim sucessivamente com todos os órgãos da corrente vital. Por analogia o vegetal tira da terra a sua própria vida que alimenta as suas folhas. O mineral, como todos os seres, transforma em força vital (f+v), a força terrestre. Sempre a mesma analogia, matematicamente exata, seja na luz branca do prisma, seja na representação de cada uma das cores. O sol jorra com abundancia sua luz sobre os planetas do sistema solar, cada planeta transforma a vida solar em vida planetária própria. Resta saber de onde o sol tira essa energia vital, senão do universo? Assim, há 5.000 anos o sacerdote egÃpcio explicava a sÃntese da vida universal, planetária e hominal. Criou-se então a maior de todas as tradições: a solar e, o sol passou a ser adorado. Resta saber, exatamente, por que a adoração do sol e a utilização do sÃmbolo solar em todos os utensÃlios da civilização egÃpcia? O sacerdote egÃpcio não adorava o sol, e sim, a vida que estava nele. Na verdade, através de sÃmbolos estranhos para a nossa época, os egÃpcios adoravam a Deus em si mesmo, no mundo, no planeta e no universo. Adoravam Deus em Deus. E encontravam em toda parte essa vida que hoje nossos cientistas conseguem clonar, mas não conseguem explicar a sua natureza e/ou de onde ela vem. O fenômeno da vida se revela em toda parte sua origem trinaria: ativo e passivo; passivo e negativo e, o neutro que dá o equilÃbrio em tudo. Senão vejamos o homem, cabeça da famÃlia representa o positivo, curva-se a lei da tribo e assim torna-se negativo. A terra em sua absorvente unidade atrai tudo para si, atuando ativamente. Contudo, a terra em relação ao sol, age passivamente. A absorção alternada das series inferiores e superiores dão essa aparência de movimento infinito. Por exemplo, o calor é positivo no quente, negativo no frio e equilibrado no temperado. A luz é positiva na claridade, negativa na sombra e equilibrada na penumbra. A eletricidade é positiva no pólo positivo, negativa no pólo negativa e equilibrada no neutro. Contudo, calor, luz e eletricidade não representam três fazes de uma coisa mais elevada? Essa “coisa”, da qual o calor é positivo, a luz é o equilÃbrio e a eletricidade é o negativo, “essa” coisa é a força que anima o nosso mundo? Utilizemos a quÃmica e a fÃsica, para ilustrar um exemplo: o oxigênio se produz no pólo do movimento, o hidrogênio no pólo da resistência e o azoto alternadamente em cada um desses pólos, dependendo do papel exercido por ele nas combinações. De etapa em etapa, de unidade em unidade, podemos chegar a mais elevada abstração. Como resultado verá uma força única que se opõe a si mesma, em sua atividade, o movimento, a passividade aparente da matéria e em seu equilÃbrio tudo o que cabe entre a divisibilidade e a unidade, todos os escalões através dos qual a força passa do estado sólido e daà as formas mais elevadas da inteligência. Essa força única é a criadora do gênio e do Mestre à sua origem divina. Assim, os egÃpcios tinham OsÃres na atividade do pai, que, na passividade, concebia o filho ou Ãsis, e o equilÃbrio, origem do todo, imagem da trindade, era nomeada no EspÃrito Santo ou Hórus. Assim, podemos dizer que começamos a dominar o Grande Segredo do Santuário. O sentido hermético deste guia, pode parecer complicado, mas não é. Tudo depende da leitura e releitura e acima de tudo da investigação de cada um. Quem consegue dominar a técnica da respiração, conseguira contar os grãos de areia no deserto da história da civilização humana. Para adentrar neste campo fértil, se faz necessário se despojar das explicações clericais e/ou religiosas. Contudo, vivemos a Torre de Babel dos tempos modernos, encontramos muitos que sabem e explicam tanto, que nos contentamos em não saber e/ou explicar nada.
2006-06-16 07:45:18
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answer #3
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answered by Sombra 1
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