Os três melhores livros que já li são inéditos e de minha autoria. Nunca os publiquei por não ter dinheiro para pagar as editoras. Veja a seguir, sinopses deles, se desejar ler algum me peça que o mandarei por e-mail e gratuitamente:
SINOPSE DE ALGUNS LIVROS MEUS:
PASSO A PASSO ATÉ AS... ALGEMAS!
O detetive (Nestor), um mendigo quase cego (Bartimeu) e um menino de rua (Vadinho), se reuniram na elucidação de vários crimes hediondos transcorridos em vários municípios das “Minas Gerais”. Não foram, por eles, utilizados a violência ou armas de fogo, o fazendo, tão somente, com fulcro nas suas inteligências natas e acuradas de um raciocínio lógico, levando os criminosos aos tribunais sem que eles tivessem como se esquivarem das provas insofismáveis contra eles coletadas e apresentadas ante um seleto grupo de convidados.
Um tríplice assassinato, com requintes de crueldade, transcorreu num garimpo diamantífero das “Vargens” de Datas; o seguinte, no distrito de Ribeirão do Inferno, arrabaldes de Diamantina; o terceiro (com três vítimas), num riacho de Gouveia; o quarto, num bambual de Curvelo; o quinto em uma lagoa de Rio Casca; o sexto (um homossexual), num banheiro de uma casa em Manhuaçu e, o último, na rodoviária de João Monlevade.
As confissões dos assassinatos se deram num ginásio de Datas e no estádio de futebol de Manhuaçu, quando, então, o trio passou a ser denominado de “Trio da Justiça!”.
É um suspense policial que desafia o vislumbre dos autores antes que eles sejam apontados pelo trio em foco que, inclusive, poucos gastos financeiros tiveram nas apurações dos eventos delituosos, em razão do uso das suas mentes privilegiadas não os fazerem se deslocarem desnecessariamente, isso, só ocorrendo com o fluxo e refluxo dos seus neurônios. VÊ-SE, A SEGUIR, UM TRECHO DO LIVRO EM FOCO:
...Uma fumaça espessa fluía através das pequenas folhas do bambual projetando-se na beira de um córrego de águas límpidas e serpenteante. Às vezes, o vento balançava os bambus com a sombra da fumaça fazendo desenhos arabescos e tremulantes no chão e nas águas iluminadas pelo fogo naquele fim de tarde. O incêndio ainda não tinha ganhado ás pontas dos bambus alimentando-se, apenas, das folhas soltas e secas do chão.
O bambual ficava nos arrabaldes da cidade de Curvelo, num pasto do fazendeiro Serafim, local praticamente isolado e só freqüentado pelos animais vacuns e seus boiadeiros. Naquele final de dia, o gado estava parado do outro lado do córrego e parecia estar observando o incêndio com cada animal forçando o mais próximo com a sua anca gorda e dando chifradas, não se dirigira ao riacho, mas, também, não retornaram ao pasto.
Um grito lancinante e agônico cortou os ares vindo do meio do bambual e das chamas. Todos os pássaros, que estavam nas imediações, fora do calor do fogo e da presença da fumaça, se debandaram em vôos rasantes assustando o gado que disparou e, tal e qual um imenso rodo espargindo as águas, seguiram em direção dos cochos com fubá e sal.
Emílio, vaqueiro da fazenda, teve á sua atenção chamada pelo estouro da boiada e pela fumaça, saiu correndo em direção do gado, se escondendo, celeremente, detrás de um jacarandá para não ser pisoteado. Deixou o gado passar, a sua atenção estava voltada para o bambual em chamas.
Chegou ao córrego onde não havia mais sombras em razão do sol estar se pondo no horizonte. Decidiu não avisar ao seu patrão em razão do bambual estar isolado da vegetação seca e ser até bom a sua queima por já estar muito velho.
Resolveu permanecer ali até a noite ficar totalmente às escuras.
Ficou alegre ao ver que o fogo estava quase se extinguindo por não ter “alimento” para continuar aceso.
Quando decidiu ir embora, lhe pareceu que algo estava mexendo nas cinzas, preocupado com a possibilidade de ser um bezerro, procurou chegar mais perto tapando o nariz com a fralda da sua camisa ao mesmo tempo em que limpava às lágrimas por causa da fumaça.
O que viu no lusco-fusco daquele final de dia, fez com que ele saísse correndo em direção da sede da fazenda, aonde chegou gritando para o patrão:
O bambual pegou fogo e tem uma moça morta entre as cinzas!
—Quem é a moça? Perguntou Serafim, com expressão de aflição.
—Não consegui vê-la bem, por causa da fumaça, a sua roupa estava queimada com trapos grudados no corpo, estava como uma bola no meio das brasas dos bambus. Pareceu-me ser de cor morena apesar de estar queimada.
—Vá até a Delegacia de Polícia e peça ao Dr. Altair para vir para cá, conte a ele o que você viu para que a autoridade venha com a sua equipe. Ao sair, peça aos demais vaqueiros para não comparecerem e não deixar ninguém se aproximar do bambual.
Naquela mesma noite, o Dr. Altair, acompanhado do detetive Ildeu e do perito Amílcar, compareceu a fazenda Soledade e, após uma ligeira conversa com Serafim e seus empregados, foram todos para o bambual; lá chegando, determinou que, a exceção dele e de seus policiais, os demais deveriam permanecer afastados.
Com duas potentes lanternas, o cadáver foi iluminado, ficando as lanternas presas aos tocos de bambus em ângulos opostos.
A cena era Dantesca! Com o detetive Ildeu dizendo que era “animalesca!”.
Como é de praxe, os policiais antes de tocarem no cadáver ficaram alguns minutos observando sem nada comentar entre eles, o que viram à luz das lanternas foi o seguinte:
Uma jovem aparentando ter uns vinte e dois anos estava em posição fetal com o pulso direito algemado ao tornozelo da perna esquerda, isso, ao redor de um bambu de grosso calibre; às suas roupas estavam, praticamente, queimadas, só se via algum tecido nos trapos onde seu sangue jorrara umedecendo-os; a sua calcinha de “nylon” parecia um curativo de esparadrapo enrugado tapando parcialmente a sua vulva; o seu rosto parecia um tição de lenha queimado com as cavidades dos olhos e da boca tapados por parte dos seus cabelos retorcidos, mas, protegidos de parte do fogo pela posição do corpo com a cabeça forçada contra o seu baixo ventre.
Nenhum vestígio, pista ou pegadas, foram encontrados em razão do fogo rasteiro no bambual ter destruído tais sinais, caso eles ali tenham sido deixados.
No dia seguinte, todos os meios de comunicações escritos, falados e televisivos, em grandes manchetes, deram a notícia ao mesmo tempo em que pediam que fossem ao necrotério do hospital para o reconhecimento do cadáver.
Umas pessoas de um circo que estava saindo da cidade e que deram pelo desaparecimento de uma jovem trapezista compareceram ao necrotério, todavia, nenhuma delas reconheceu no cadáver a moça que desaparecera do circo.
Havia sinal de ruptura vaginal ou violação que poderia ter sido ocasionada por uma relação sexual recente.
Feita a autópsia interna das vísceras, a única coisa discordante encontrada foi um pequeno broxe com o escudo do Cruzeiro, time de futebol da capital, foi recolhido e juntado aos autos do inquérito instaurado. O laudo médico deu como causa da morte: “asfixia por fumaça e graves queimaduras generalizadas com perda de líquidos vitais”.
A tomada de depoimentos não resultou em nada útil para a elucidação do crime. Não havia como conseguir as impressões digitais da vítima em razão de todos os seus dedos ter se queimado com o incêndio.
O local do encontro do cadáver foi periciado e visitado na manhã seguinte por peritos e detetives, e nada foi encontrado a não ser um isqueiro comum todo queimado e perto do local em que estava o corpo da jovem.
Todos os que foram ao necrotério não reconheceram a vítima.
Por ordem judicial, a vítima foi colocada na câmara frigorífica no necrotério por um tempo a ser definido e decidido pela justiça, na esperança que viesse a aparecer alguém para dizer quem era a vítima.
Sem o nome da vítima, do assassino e testemunhas presenciais ou oculares, o inquérito acabou arquivado e o corpo enterrado em “cova rasa” no cemitério da cidade de Curvelo...
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“O PERGAMINHO!”
...As crianças Daniel e Sabrina, primos, foram levadas por um vendaval até uma gruta no sopé de uma serra, em Cocais dos Arrudas, lá, viram uma bolsa de couro contendo um pergaminho ilegível e um pouco de mel, famintos, tomaram do mel, repentinamente, adquiriram incríveis poderes: levitação, visão e audição em longas distancias, cura dos ferimentos, desviar os bólidos e petardos, longo período sem respirar, visão raios-X e, muitos outros. Com tais poderes, voltaram para o sítio e se reuniram com os pais, tios e avós, dentre eles, o avô Baracho, um místico natural.
Sem, ainda, contar sobre os poderes, decidiram colocar a família rica e foram com os avós para a Ilha do Pagão, cabeceira do rio Jequitinhonha, onde levitaram uma fortuna de diamantes para um saco, curando a avó Therezinha, picada de cobra, apenas com a aposição das mãos sobre o ferimento.
Mudaram-se todos para Diamantina, no itinerário, na cidade do Serro, foram abordados por um mendigo louco e jovem, que dissera chamar-se Belizário e que lhes lera o pensamento e os procurara, dizendo-se extraterreno e ter mais de duzentos anos de idade, acabando por levá-lo com eles. Em Diamantina, compraram um sítio e uma fazenda dando-lhes o nome de “Primus”.
Reunindo toda a família e distribuíram com ela a fortuna resultante dos diamantes. Numa tarde, foram procuradas por Belize, que lhes disse ser do planeta “Primus” e irmã de Belizário, os convidando para irem ao planeta deles, aonde Sabrina e Daniel seriam os Veneráveis, por serem primos de outros veneráveis falecidos. Todos aceitaram e foram para Primus, invisíveis e em naves de lá.
Procurando a origem do mel, ficaram conhecendo os planetas Lux-Alfa e mudaram o nome de Primus para Éden-Ka-tar, também, tomaram conhecimento de Baruc e Melquizedec, o último, guarda das Vargens de Datas, na terra, onde estava um outro mel, esse, com o poder de deslocamentos, átomo a átomo, pelas estrelas. Depois, Daniel e Sabrina, seguidos pelo avô, foram até ao planeta Colossos onde depararam com o Profeta Elias comandando uma população de gigantes, retirados da terra logo após o rei David ter matado Golias, com eles fazendo amizade.
Elias e Baruc ficaram no portal da ultrapassagem para o terceiro céu à espera da atuação dos primos, ou veneráveis, em tentar mudar o temperamento terreno, planeta amado por Deus. Sabrina e Daniel se casaram com Beliz e Belize e tiveram os filhos Sabe e Dase, que continuaram na procura das origens de Baruc, Melquizedec, do mel e dos seus poderes, ficando conhecendo um animalzinho denominado de “Mocó”.
A SEGUIR, UM TRECHO DO LIVRO EM FOCO:
...Pai! Eu vi o senhor utilizar a levitação acelerada da janela da nossa casa e, segundos depois, imaginando que o senhor viria para cá, fiz o mesmo.
—Eu também! Materializou-se Daze ao lado deles.
—Esperem! Estou pressentindo presenças estranhas nesta área, disse Sabe, com o pai o repreendendo dizendo que o local estava “limpo”.
—Meu pai! Libere em mim o poder da audição amplificada que foi vedada junto com o olfato.
—Está liberado! Muito embora não saiba a razão desse pedido.
“Não bebam desse líquido... diamantes não bóiam...”.
—Aonde você vai Sabe?
—Vou olhar para o sol!
Sabe, dando um giro de 360 graus, parou em direção da pequena serra e, abaixando a visão para o chão, deu um forte grito:
—Na sala dos “diamantes que bóiam” se encontram cinco anões com roupas de ciganos, porém, não pensam em nada, razão pela qual o senhor não os detectou!
Um segundo depois, invisíveis, os três se materializaram na sala de pedras e ficaram observando cinco anões alvoroçados à beira da bacia de diamantes, não sabiam nada a respeito deles, porque, simplesmente, eles não pensavam! Não tinham nenhuma aparência de belicosos e nem armas possuíam lhes parecendo desorientados.
—Vamos ficar ligados pela telepatia até ouvirmos o que eles têm a falar, determinou Beliz sendo obedecido pelos meninos.
—A linguagem deles é de fácil intelecção, pensou Beliz, com Sabe dizendo mentalmente:
—O senhor tem lido muito dicionário meu pai, seria mais fácil “pensar” que a linguagem deles é de fácil interpretação.
“Ficaremos por aqui até podermos localizar o extraterreno guardião, durante a noite vamos pesquisar o local e encontrar indícios de como faremos a abordagem dele sem que, de nenhuma forma, utilizemos a violência, por que temos que ser pacíficos como sempre o fomos no andar de baixo e até aqui em cima, determinou Flint, com Flex alegando: Não se esqueçam que a nossa missão é apenas colher informações do por que da inusitada pacificação dos terranos, término das bombas que nos causavam avalanches e mortes e, depois, retornar informando ao nosso Respeitável”.
— “Andar de baixo, Respeitável, avalanche, bombas” o que isso quer dizer tio?
—Vamos saber agora! Disse Beliz, se materializando visível no canto da sala e sendo imitado pelos meninos.
Flex olhou para trás e quase caiu na bacia de diamantes, seus companheiros também giraram o corpo e ficaram estáticos.
Passados uns minutos, Flex falou:
Um adulto e dois “parvos”! O que vocês estão fazendo nesta sala e como não os vimos chegar?
—Vamos todos nos sentarmos à beira da bacia e esclarecerei tudo a vocês, com Sabe se intrometendo e dizendo que ele e Daze não eram parvos e, sim, seres humanos ainda jovens e pequenos.
Cada um ocupou um local na beirada da bacia e Beliz relatou os eventos até aquele momento, terminando, ouviu de Flint o nome de todos e tudo o que ele sabia sobre as suas origens, com Flex esclarecendo o que era parvo e por que tomara, Sabe e Daze, por anões.
—Eu não gosto de tomar decisões nem as devo, vamos todos para a casa, enquanto isso Sabe vai até Éden relatar tudo aos Veneráveis... A decisão será deles!
Os três juntos levitaram os cinco anões e foram para a casa ali perto, notando que Flint e os seus acompanhantes não demonstraram nenhum medo naquele deslocamento estranho para eles.
Em Éden, Sabe contou o ocorrido para os Veneráveis que, incontinente, o seguiu para Várzea materializando-se na sala com os anões apenas se levantando sem demonstrarem nenhuma preocupação ou medo...
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REFLEXO DA... AGULHA!
Todo criminoso trás inserido em si os resquícios do mal praticado. Nada permanecerá eternamente nas trevas, contudo, é necessário um “emissor” para dirigir a “luz” ao ponto recôndito em que o autor, ou autores, de crimes tentam se esconder para tentarem ficar impunes.
A mente humana é um emaranhado de coletâneas de indícios levados a ela por quem tem a função, de investigar... Sobrecarregá-la! Poderá causar um “curto-circuito” nada ajudando na seleção imprescindível das provas, suspeições e investigações ali aglutinadas. Sem uma triagem fundamentada, ocorrerá a repetição errônea dos conhecimentos amealhados, que poderão fazer surgir várias frentes e prolongamentos direcionais sem tomarem a direção exata da autoria dos delitos.
Somados a esses meandros estão às ordens emanadas de outras mentes, os hábitos, nem sempre salutares, às subordinações, às vezes contenciosas e, muitas das vezes discordantes, o orgulho de saber tudo quase nada sabendo, e outras contradições que se entredevoram com o “ser” que, mentalmente, quer descortinar a autoria de um ou mais crimes.
A polícia é “um termômetro que mede o grau de civilização de um povo”, às vezes, do meio desse povo, nascido e vivendo num grotão a garimpar diamantes, surge um “ente” que, de tanto chacoalhar retirando os entulhos e objetos dispensáveis, chega aos diamantes, ou, a descoberta de crimes... Vitorioso! A sua formação no garimpo, lhe aprimorou a mente e o comportamento, sempre burilado para chegar às gemas preciosas. É uma forma de investigar, eliminando, sem discriminar os dejetos que, no caso, não são dispensáveis por se tratarem de avisos da proximidade, ou não, das pedras preciosas ou... Da elucidação dos homicídios ou de outros crimes!
BRUNO, de garimpeiro, passou o investigador de crimes ocorridos perto dele e até em outro município.
Com o mesmo estilo empregado no garimpo foi, passo a passo, avançando no desconhecido mundo dos policiais e dos bandidos até chegar a “apuração final”, destarte, não colhendo diamantes e, sim, os parias da sociedade que pretendiam ficar impunes e usufruindo dos bens que lhes chegariam às mãos sujas de sangue ou de... Veneno!
A SEGUIR, UM TRECHO DO LIVRO EM FOCO...
Vamos rememorar os acontecimentos sem declararmos os nossos nomes, em razão de acreditar que às “paredes possam ter ouvidos!”.
—Aqui nem paredes têm.
—É uma forma de falar! Omitindo os nossos nomes estaremos nos protegendo.
—Como você quiser, achando eu que deveremos também não falar em nome algum. Diga-me por qual razão você matou o vendeiro e, além disso, utilizando uma faca.
—A faca foi para desorientar a polícia e a perícia, pois, os projeteis de arma de fogo podem ser rasteados.
—Onde você aprendeu esse termo?
—Num livro policial e em noticias da televisão.
—E qual foi à razão do assassinato?
—Passei na venda “Dele” pata tomar uma cachacinha, lá estava somente o vendeiro, que me disse o nome e que era enfermeiro aposentado. Ele tinha uma conversa agradável e ficamos conversando enquanto ele fritava uns torresmos para “tirar o gosto da pinga”. Em determinado momento, vi sobre o balcão, num pedaço de papel de embrulho, o número da placa do meu Fiat Uno. Enquanto ele fritava os torresmos, aparentando a fisionomia de desinteresse, contudo... Interessado! Perguntou-me o meu nome, pego de surpresa, dei a ele o nome daquele “indivíduo que você sabe”.
—Qual?
—Ué! Você não disse para não falarmos nomes de ninguém.
—Dá uma pista!
—Do “Desaparecido!”.
Na segunda rodada de cachaça, já com os torresmos fritos e no balcão, o vendeiro perguntou:
“Está chovendo?”
Antes que eu o respondesse, ele pediu-me para ir até à porta e olhar se estava chovendo, alegando que tinha colocado umas roupas no varal. Ao voltar ao balcão disse que não estava, porém, li o nome que tinha lhe dado como sendo o meu, escrito no mesmo papel. Tive a certeza de que estávamos sob suspeita, só não sabia até que ponto.
—Nós... não! Apenas você.
—Que seja! Todavia, passei a falar bastante esperando ser imitado e, assim, descobrir até onde o comerciante iria chegar.
Conversamos sobre os mais variados assuntos, comigo dirigindo a conversa para policiais, crimes etc. Em determinado momento, ele, meio eufórico, me disse:
“Mandei um rapaz da roça, insuspeito na cidade grande, ir até ao Serro investigar sobre o desaparecimento de um rico comprador de diamantes”.
—Quem é o rapaz? Perguntei.
“Não sei o nome dele, ele apenas apareceu aqui num carro velho e tomou umas “pinguinhas”, disse-me que ia ao Serro, o convenci a “apurar” tudo o que pudesse sobre o rico desaparecido e, se ele descobrisse alguma coisa, repartiria com ele o prêmio que a família estava oferecendo por informações fidedignas do sumiço do comprador de diamantes. Ele aceitou e espero a resposta dele por estes dias, dei a ele um adiantamento para alimentação dele e do carro”.
Perguntei-lhe a razão do interesse estando residindo tão longe do Serro e a resposta foi a seguinte:
“Acho que o cadáver do comerciante está nesta região! Todos os dias passam pessoas comuns e até policiais disfarçados perguntando sobre estranhos na região”.
Em determinado momento da conversa ele me disse: “Sei um remédio caseiro eficaz para a sua “berruga” do nariz”.
—Foi o “pingo d’água” e a assinatura da sua sentença de morte, com a pergunta dele, tive a certeza de estar “queimado”, se o deixasse vivo estaria perdido no futuro. Chamei o vendeiro para o lado de fora do balcão com a desculpa de que havia uma aranha saindo de um dos tijolos, quando ele saiu, apanhei uma “faca peixeira” que estava sobre o balcão e desferi-lhe uma única facada de cima para baixo no “peito”, iniciando na “goela” e terminando no umbigo, usando de muita força. Ele caiu roncando enquanto eu apanhava o papel com os dados por ele coletados as escondida, fechei uma das portas e a outra em que ele caíra sobre ela, empurrando o seu tronco com a porta, e sai entrando no meu carro e indo para Diamantina.
—Tem certeza de não ter sido visto por ninguém ao entrar e sair precipitadamente da venda?
—Absoluta! Não havia “viva alma” nas imediações.
—Quem será o rapaz recrutado pelo dono da venda, hoje dono de uma cova no cemitério ou de uma geladeira no necrotério?
—Nem imagino, todavia, vou investigar depois lhe contarei o resultado.
—Não podemos correr nenhum risco, há muito dinheiro envolvido!
—Nem me diga!
—Por qual razão você me telefonou colocando em risco o nosso relacionamento que sempre foi e deverá continuar sendo no sigilo?
—“Aquela” convidou testemunhas, antes desconhecidas dela, para a festa “Daquilo”, duas delas são policiais de outra cidade.
—Você conhece as testemunhas chamadas de longe?
—E bem! No entanto, até recentemente, “Aquela” não os conhecia, o que é muito estranho.
—Simpatia pode ocorrer de um momento para o outro e, daí, ao convite é um passo.
—Pode ser, todavia, estarei atento. Você vai à festa?
—Festa ou “Aquilo”?
—Você sabe.
—Claro que não perderia por nada, quero ver “Aquele” ébrio contumaz.
—Meu querido, de uns tempos para cá, tenho pensado nestes nossos encontros furtivos num campo em local isolado e falando por códigos, acredito que estamos fazendo papel de bobos.
—Foi você quem assim propôs.
—Todavia, os “serviços” já foram executados, só falta recebermos os prêmios, o que acontecerá daqui a uns dois meses.
—Porém, terá que haver mais dois desaparecimentos o de “A” e o de “I” para ficarmos com a “bolada”.
—Continuamos com os excessos de código, vamos acabar com isso! O “A” é Aldair?
—Claro que não, é Augusta e o “I” a mãe dela.
—Se vamos abrir um pouco a guarda exagerada de cuidados, pelo menos o meu nome não deverá ser declinado, lembre-se de que tudo que aconteceu até agora é o itinerário nosso para os quinze milhões e foi planejado por mim para ser entregue a você... ”Natal”!
—Falou o meu nome... Não é?
—Estava procurando testar a sua reação, entretanto, se o “comando” cair, também cairá você e o Aldair juntos, os demais já caíram e estão lacrados no fundo da terra à espera de Augusta e Irani.
—E, se for preciso... Aldair!
—Esse eu não quero que se vá, só acontecerá se não tiver outro jeito.
—A minha despedida de solteiro será ótima! Mesmo com a presença dos estranhos convidados pela noiva.
—Eu também estarei lá, se me perguntarem o motivo direi que foi por um pedido seu.
—Pedido, não! Eu exijo à sua presença.
—Nada mais havendo a tratar, vou-me embora, espere uns minutos e vá também.
—Até depois da festa!...
NOTA: TODO O LIVRO, VOCÊS SÓ CONHECERÃO ME PEDINDO OS ORIGINAIS EM PAPEL A-4, COM 93 FOLHAS, pelos E-mails: baracho@olivenet.com.br
2006-10-14 05:32:27
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answer #5
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answered by conansoin 4
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