Como acontece no relacionamento entre a mente e o corpo, assim também não pode haver mundo fenomenal separado do mundo essencial, nem pode haver mundo essencial separado do mundo fenomenal. Do mesmo modo, não pode haver um mundo espiritual separado do mundo físico, nem pode haver felicidade espiritual separada da felicidade física. A religião até agora tem colocado pouca ênfase no valor da realidade diária;
tem negado o valor da felicidade física a fim de enfatizar a consecução da alegria espiritual. Mesmo fazendo extremos esforços, o homem não pode cortar-se da realidade, nem aniquilar o desejo de ter a felicidade física que, como uma sombra, sempre o segue. Na realidade, o desejo de ter felicidade física, persistentemente se apodera dos homens de religião, conduzindo-os aos vales da agonia. Tais contradições existem mesmo na vida dos líderes espirituais. Muitos líderes espirituais tiveram um triste fim, dilacerados por tais contradições. Aqui está a principal causa da fraqueza e inatividade da religião de hoje: a fraqueza se encontra na contradição, que ainda não foi superada.
Também outro motivo tem conduzido a religião ao declínio fatal; o homem moderno, cuja inteligência está muito desenvolvida, exige provas científicas para todas as coisas. A doutrina religiosa, porém, que permanece inalterada, não interpreta as coisas cientificamente, isto é, a interpretação da verdade interna pelo homem (religião) e sua interpretação da verdade externa (ciência) não estão em acordo entre si.
2007-01-10
21:34:07
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Anonymous